Com caules robustos e muitas folhas ao longo do corpo, a murta é uma das favoritas de Anna Luiza Rothier para a criação de cercas-vivas (Foto: André Nazareth/ Divulgação)

Com caules robustos e muitas folhas ao longo do corpo, a murta é uma das favoritas de Anna Luiza Rothier para a criação de cercas-vivas (Foto: André Nazareth/ Divulgação)

Avalie esta proposta pacífica: em vez de perder a paciência com a intromissão alheia, você pode presentear vizinhos curiosos com uma bela paisagem. Vem daí o princípio básico da cerca-viva, um paredão verde que deixa luz e vento passarem com parcimônia, embeleza os arredores e garante a privacidade para o ambiente em questão.

“A ideia é escolher plantas cheias e retilíneas para formar uma espécie de parede”, ensina a paisagista Anna Luiza Rothier, do Rio de Janeiro. Vem dela outra dica valiosa, de pensar também de cima para baixo. “Um jasmim plantado no alto vai pender e agir como uma cortina, outra forma bonita de incrementar a privacidade”, complementa.

O jasmim pendente se encontra com o hibisco e, juntos, criam a cortina verde deste projeto de Anna Luiza Rothier (Foto: Juliano Colodeti/ MCA Estúdio/ Divulgação)

O jasmim pendente se encontra com o hibisco e, juntos, criam a cortina verde deste projeto de Anna Luiza Rothier (Foto: Juliano Colodeti/ MCA Estúdio/ Divulgação)

Em locais sujeitos a sol e vento, clúsia, e pleomele, espécies comuns em restingas, dão conta do serviço com maestria. Podocarpo e hibisco se comportam muito bem se expostos ao sol, mas pedem proteção contra o vento. Já a areca-bambu marca bela presença à meia-sombra. Em comum, todas essas plantas apresentam crescimento verticalizado e encorpado, capaz de vedar a passagem dos olhares atrevidos. Para que fiquem robustas em vasos, opte por uma jardineira com pelo menos 40 cm de profundidade, capaz de acolher confortavelmente as raízes de um arbusto de pequeno ou médio porte.

Murta e bambu criam a barreira visual, complementada com graça pela fênix, que aberta na base, apenas complementa o paisagismo (Foto: André Nazareth/ Divulgação)

Murta e bambu criam a barreira visual, complementada com graça pela fênix, que aberta na base, apenas complementa o paisagismo (Foto: André Nazareth/ Divulgação)

Se sua intenção é vedar com plantas grandes áreas abertas, a aroeira-pimenteira, o maricá e o sansão-do-campo são opções nativas que cumprem a missão com competência. Vale investigar ainda algumas variedades de bambu – elas chegam a crescer quatro metros por ano – o que faz desta planta uma opção sempre interessante pela velocidade de expansão.

O podocarpo, também conhecido como palmeira-do-buda, cria a barreira no alto, com o complemento de buchinho e da grama-amendoim como forrações. Projeto de Anna Luíza Rothier (Foto: André Nazareth/ Divulgação)

O podocarpo, também conhecido como palmeira-do-buda, cria a barreira no alto, com o complemento de buchinho e da grama-amendoim como forrações. Projeto de Anna Luíza Rothier (Foto: André Nazareth/ Divulgação)

Manter seu paredão verde em dia, no entanto, é algo trabalhoso. Pelo menos uma vez ao mês devem ser feitas as podas de crescimento, que ajudam a manter a formação na altura ideal e dá força para que a plantinha siga encorpada, cumprindo sua missão como cerca-viva.