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17 novembro 2024
Secretário-geral da ONU participa de coletiva de imprensa no G20
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15 novembro 2024
Secretário-geral da ONU realiza coletiva de imprensa no G20, neste domingo (17) às 16h
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13 novembro 2024
Brasil e UNIDO lançam fase preparatória de projeto para inovação tecnológica sustentável na indústria de cimento
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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21 agosto 2023
Campanha pela #AmbiçãoClimática
A campanha apoia os jovens, influenciadores digitais e a sociedade civil a promover evidências científicas sobre a #MudançaClimática e participar em iniciativas globais relacionadas à #AçãoClimática.
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07 novembro 2024
UNOPS apoia Prefeitura de Belo Horizonte no levantamento de boas práticas sustentáveis
Quintais produtivos agroecológicos que garantem a segurança alimentar e a permeabilidade do solo. Jornada produtiva para inclusão de ambulantes, feirantes, foodtrucks, caixeiros e shoppings populares, com estímulo à formalização do trabalho. Incentivo à economia circular e solidária, por meio de parcerias com comerciantes locais e a realização de feiras e capacitações.Essas foram algumas das 480 ideias debatidas em uma oficina realizada pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para integrar e promover boas práticas urbanas sustentáveis. A atividade reuniu 65 pessoas e faz parte do Programa de Qualificação das Centralidades, iniciativa da PBH e do UNOPS que busca reestruturar a dinâmica urbana da capital mineira, promovendo a inclusão social e o desenvolvimento econômico em novos polos pela cidade. Durante o encontro, os participantes se debruçaram sobre boas práticas já implementadas por diferentes órgãos da PBH, com foco nas dimensões social, ambiental, econômica e espacial. Essas iniciativas serão catalogadas e incorporadas ao Guia de Oportunidades para Centralidades, uma ferramenta que deve ser lançada no primeiro semestre do ano que vem para acelerar a implementação de políticas públicas e oferecer alternativas para o crescimento sustentável da cidade. A iniciativa está em consonância com as premissas trazidas pelo Plano Diretor de Belo Horizonte."A oficina envolveu várias secretarias da PBH, em um movimento de cooperação essencial para desenvolver essa ferramenta poderosa que será o Guia de Oportunidades para Centralidades”, destacou o subsecretário de Política Urbana, Pedro Maciel. Ele enfatizou o caráter colaborativo do Programa de Centralidades: "O programa, por sua natureza, envolve cooperação e união de forças e experiências, permitindo que despertemos as potencialidades desses novos polos de desenvolvimento na cidade. Foi gratificante ver todos envolvidos em discussões participativas muito produtivas, que, sem dúvida, trarão benefícios para as centralidades e para Belo Horizonte como um todo."A gerente de Projetos do UNOPS Carolina Roccon ressaltou a importância de uma visão integrada sobre inclusão social, sustentabilidade e desenvolvimento econômico para a elaboração do Guia. “A oficina foi um momento crucial de colaboração entre os diversos setores da Prefeitura, refletindo o conhecimento prático de quem vivencia a cidade e entende seus desafios”, comentou.A colaboração intersetorial foi um ponto-chave do evento, com a participação ativa de representantes de várias secretarias, coordenadorias e demais órgãos da Prefeitura. Uma nova oficina para coleta de insumos para o guia será realizada ainda este ano, ouvindo também outras organizações.
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13 novembro 2024
Brasil e UNIDO lançam fase preparatória de projeto para inovação tecnológica sustentável na indústria de cimento
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) lançaram a fase preparatória do Projeto GEF - Controle e Redução de Emissões de Mercúrio da Indústria de Cimento no Brasil durante um workshop híbrido realizado nesta segunda-feira (11/11) em Brasília - DF. Financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), a nova iniciativa visa fortalecer a capacidade do governo brasileiro de monitorar e controlar as emissões de mercúrio na produção de cimento. A principal meta do projeto é apoiar novos processos produtivos e soluções tecnológicas capazes de mitigar a emissão de 3 milhões de toneladas de CO₂ e 7,8 toneladas de mercúrio A equipe do projeto trabalhará em conjunto com o setor industrial e a academia, apoiando os compromissos do Brasil com a Convenção de Minamata – acordo ambiental internacional ratificado pelo Brasil em 2017 – e com as metas nacionais de descarbonização.As principais atividades do projeto serão:Revisão regulatória.Desenvolvimento de um sistema de monitoramento e controle de emissões de mercúrio.Diretrizes para melhores práticas e tecnologias com maior sustentabilidade ambiental.Soluções para mitigação de emissões de CO2 que garantam que o mercúrio não seja introduzido na composição de combustíveis alternativos.Promoção da reciclagem de concreto e cimento.Workshop de lançamento O evento reuniu, na sede do MMA em Brasília - DF, representantes das instituições parceiras, pesquisadores, especialistas da indústria e líderes do setor para apresentar e discutir os objetivos e desafios do novo projeto, que começa a ser desenhado.Especialistas da UNIDO também apresentaram as atividades planejadas para os próximos seis meses, período em que o documento do projeto será formulado, com início da implementação previsto para 2025.Em seu discurso de boas-vindas, o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf, destacou a importância do projeto para a sustentabilidade na indústria de cimento: “Este projeto é um passo significativo no fortalecimento da capacidade de monitoramento da indústria de cimento do Brasil, possibilitando a análise e aplicação das melhores práticas ambientais globais.”O chefe da Divisão de Economia Circular e Indústria Verde da UNIDO, Smail Alhilali, ressaltou o compromisso do Brasil com práticas industriais sustentáveis: “O Brasil é um membro muito importante da UNIDO, e temos aqui uma oportunidade de implementar um projeto que apoia o desenvolvimento industrial inclusivo e sustentável, alinhado aos esforços do Brasil para descarbonização e desintoxicação.”O representante da UNIDO no Brasil, Clovis Zapata, enfatizou os esforços do Brasil na cooperação internacional para catalisar a descarbonização industrial nacional: “A Convenção de Minamata é um grande esforço internacional, e estamos comprometidos em ajudar o Brasil a alcançar suas metas nacionais. Este projeto é uma oportunidade que a indústria possa avaliar novas tecnologias sustentáveis, seja por meio de plantas-piloto ou sistemas específicos, consolidando a imagem de liderança do setor já reconhecida internacionalmente.”Sobre o projetoO Projeto GEF - Controle e Redução de Emissões de Mercúrio da Indústria de Cimento no Brasil visa envolver o governo federal, o setor privado, instituições internacionais, universidades e a sociedade civil na implementação das melhores práticas ambientais e tecnologias existentes para a produção sustentável de cimento no Brasil. A iniciativa inclui a promoção de combustíveis alternativos e a reciclagem de cimento, considerando as necessidades específicas do setor de fabricação de cimento nacional.Em sua apresentação no workshop de lançamento, a coordenadora nacional do projeto pela UNIDO, Renata Marques, explicou a fase atual: “Estamos na fase preparatória deste projeto, focados em expandir a capacidade institucional para demonstrar como tecnologias avançadas e práticas sustentáveis podem ajudar a reduzir as emissões de mercúrio, beneficiando tanto o meio ambiente quanto as comunidades impactadas.”O oficial de Desenvolvimento Industrial da UNIDO, Vladimir Anastasov, destacou o papel do GEF no projeto: “A parceria com o GEF oferece uma possibilidade de fortalecer iniciativas nacionais e aumentar as credenciais ambientais do país, apoiando o compromisso do Brasil com a redução de emissões. Ela incentiva uma abordagem integrada para o desenvolvimento de novos padrões e práticas técnicas adaptadas ao cenário brasileiro.”Para saber mais, visite a página do projeto no site do GEF (em inglês): https://www.thegef.org/projects-operations/projects/11574 Contato para imprensa: Raphael Makarenko, Escritório de Representação da UNIDO no Brasil: [email protected]
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11 novembro 2024
Hub de Descarbonização da Indústria divulga três chamadas públicas para empresas no Brasil
A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) abriu três chamadas públicas para convocar o setor privado a encaminhar propostas voltadas para a descarbonização do setor industrial brasileiro.As chamadas contam com o apoio do Hub de Descarbonização da Indústria (ID Hub), uma plataforma coorganizada pelos governos do Brasil e do Reino Unido para mobilizar investimentos nacionais e internacionais em descarbonização, com coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A UNIDO lidera o Secretariado do ID Hub.Empresas e instituições privadas, incluindo consórcios entre empresas nacionais e internacionais, podem participar das chamadas para atuação no Brasil.Para o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, “as chamadas abertas pelo ID Hub são oportunidades para o setor privado contribuir diretamente com soluções inovadoras." Ele enfatiza que:"Estamos determinados a tornar o Brasil uma referência global em descarbonização industrial, alinhando crescimento econômico com sustentabilidade." O representante da UNIDO no Brasil, Clovis Zapata, explica a importância do ID Hub para a descarbonização industrial nacional: “É uma iniciativa inovadora que traduz os desafios climáticos em oportunidades concretas de projetos capazes de fortalecer diversos setores industriais e fomentar o desenvolvimento sustentável no Brasil. Com o ID Hub, os governos do Brasil e do Reino Unido oferecem uma plataforma que permite ao setor industrial nacional se engajar de forma estratégica na descarbonização e na melhoria dos padrões produtivos, por meio de assistência técnica e financiamento internacional."Informações sobre as chamadas: Contratação de consultoria para a elaboração dos capítulos sobre o setor industrial do Plano Clima e atualização da proposta de Estratégia Nacional de Descarbonização: Empresas e instituições selecionadas devem começar os trabalhos a partir de janeiro de 2025. Entre as atividades previstas, está a identificação de prioridades e tendências do setor industrial, com foco em setores de alta intensidade energética.Contratação de consultoria para a elaboração de estudos sobre o setor de cimento: Empresas e instituições selecionadas devem começar os trabalhos a partir de janeiro de 2025. Entre as atividades previstas, estão a atualização do roadmap de descarbonização, elaboração de estudo de eficiência energética, eletrificação e uso de hidrogênio, e o desenvolvimento de uma ferramenta digital de análise de soluções tecnológicas e de matchmaking.Contratação de consultoria para a elaboração de estudos sobre o setor de aço: Empresas e instituições selecionadas devem começar os trabalhos a partir de janeiro de 2025. Os estudos devem incluir a atualização do roadmap tecnológico de descarbonização, propor uma metodologia para cálculo de emissões de gases de efeito estufa (GEE), analisar a viabilidade de tecnologias inovadoras, e verificar a viabilidade financeira de soluções tecnológicas.O prazo para apresentação de propostas para as três chamadas se encerra em 3 de dezembro de 2024, às 12h (horário de Brasília). Para mais informações sobre as chamadas, incluindo os critérios de elegibilidade e o processo de aplicação, visite o Portal da UNIDO: https://www.unido.org/get-involved-procurement/procurement-opportunitiesDúvidas relacionadas às convocações do ID Hub devem ser direcionadas ao escritório da UNIDO no Brasil: [email protected]
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18 outubro 2023
Como combater o discurso de ódio nas redes sociais?
"Lidar com o discurso de ódio não significa limitar ou proibir a liberdade de expressão. Significa evitar que o discurso de ódio se transforme em algo mais perigoso, particularmente o incitamento à discriminação, hostilidade e violência, que é proibido pelo direito internacional."
- António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
Confira as 10 dicas para ajudar a combater o discurso de ódio nas redes sociais:
1. Coloque-se no lugar das outras pessoas:
Pense duas vezes antes de expressar um julgamento ou opinião nas redes sociais e pergunte a si mesmo(a) se isso pode prejudicar, ofender ou agredir alguém.
2. Submeta as opiniões, informações e imagens a 3 filtros:
CONFIANÇA: vêm de uma pessoa, meio ou fonte confiável?
VERIFICAÇÃO: baseia-se em fatos verificados, evidências e informações comprovadas?
UTILIDADE: qual é o propósito e quais benefícios traz para mim e para outras pessoas?
3. Converse sobre direitos e temas complexos da realidade social com seus familiares, amigos e colegas:
4. Perca o medo de identificar discursos de ódio e discriminação:
Se um membro da sua família ou pessoa conhecida compartilhar uma piada ou expressão racista, sexista ou que promova o ódio ou discriminação, informe, de forma gentil e cordial, que tal mensagem não está correta e explique de maneira clara e concisa o porquê.
5. Aja com responsabilidade nas redes sociais:
Use as redes sociais para aprender coisas novas, reunir seus amigos e pessoas queridas, criar oportunidades econômicas e fortalecer laços de amizade.
6. Não caia na provocação:
Evite entrar em conversas violentas, ameaçadoras ou que promovam a agressão.
7. Denuncie:
Quando encontrar uma mensagem que promova o ódio ou a discriminação, utilize as ferramentas oferecidas pela rede social para denunciar.
8. Informe-se:
Busque informações, guias e apoio contra o discurso de ódio.
9. Busque apoio legal:
10. Liberte-se dos costumes e padrões culturais que geram ódio e discriminação:
Nem todos os costumes ou expressões culturais promovem a inclusão e a convivência saudável. Revise seus costumes e práticas diárias.
Saiba mais:
Informe da ONU sobre integridade da informação nas plataformas digitais
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) publicou, em outubro de 2023, a versão em português do Informe de Política sobre Integridade da Informação nas Plataformas Digitais, preparado pelo secretário-geral da ONU.
“O nosso objetivo é apoiar uma discussão nacional ampla e inclusiva sobre o papel da integridade da informação para a paz e o desenvolvimento sustentável”, explicou a diretora do UNIC Rio, Maria Ravalli.
O Informe de Política apresenta conceitos e propostas para proteger os direitos fundamentais de acesso à informação e liberdade de expressão, e defendê-los das crescentes ameaças representadas pela proliferação de mentiras, desinformação e discurso de ódio nas plataformas digitais.
Um estudo realizado em 142 países - apresentado no Informe do secretário-geral - mostrou que 58,5% dos usuários regulares de internet e redes sociais ao redor do mundo estão preocupados em encontrar informações falsas on-line.
Para tomar decisões que afetam o dia a dia e o futuro, todas as pessoas necessitam de informação. O acesso à informação é um direito humano fundamental que possibilita a construção do conhecimento sobre a realidade social. É um alicerce para a liberdade, o convívio social e o desenvolvimento.
A integridade da informação que precisamos para realizar nossos direitos vem sendo cada vez mais comprometida com a disseminação de informações falsas, da desinformação e do discurso de ódio, que encontraram um terreno fértil nas plataformas digitais e redes sociais.
A estratégia e o plano de ação da ONU
Em resposta à tendência alarmante do aumento do discurso de ódio em todo o mundo, o secretário-geral da ONU lançou, em 18 de junho de 2019, a Estratégia e Plano de Ação das Nações Unidas sobre Discurso de Ódio.
Buscando melhorar a resposta da ONU ao fenômeno global do discurso de ódio, essa estratégia é o resultado de uma estreita colaboração entre 16 entidades do Grupo de Trabalho da ONU sobre Discurso de Ódio e é coordenada pela Assessora Especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio.
A Estratégia assume o firme compromisso de intensificar a ação coordenada para combater o discurso de ódio, tanto em nível global quanto nacional.
Visão
A Estratégia e o Plano de Ação reconhecem que o discurso de ódio tem o potencial de incitar a violência e minar a unidade social. A Estratégia reconhece que o discurso de ódio tem sido um precursor de crimes atrozes, incluindo genocídio, nos últimos 75 anos.
A abordagem de coordenação dos esforços de todo o sistema da ONU para identificar, prevenir e confrontar o discurso de ódio está fundamentada em padrões internacionais de direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de opinião e expressão, princípios de igualdade e não discriminação, bem como outros direitos fundamentais.
A Estratégia tem como objetivo dar às Nações Unidas o espaço e os recursos para enfrentar o discurso de ódio, que representa uma ameaça aos princípios, valores e programas da ONU. Ela orienta o sistema das Nações Unidas sobre como lidar com o discurso de ódio e inclui maneiras de apoiar a ação dos coordenadores residentes da ONU nos Estados-membros.
Princípios e compromissos fundamentais
A Estratégia e o Plano de Ação consistem em 13 compromissos de ação do sistema das Nações Unidas, com base em quatro princípios fundamentais:
A Estratégia e sua implementação devem estar alinhadas com o direito à liberdade de opinião e expressão, já que a ONU apoia um discurso mais positivo - e não menos discurso - como a principal forma de lidar com o discurso de ódio.
O combate ao discurso de ódio é responsabilidade de todas as pessoas. Isso significa que todos(as) nós devemos agir: governos, sociedades, o setor privado, começando pelos indivíduos.
A ONU pretende apoiar uma nova geração de cidadãos digitais, capacitados para reconhecer, rejeitar e enfrentar o discurso de ódio na era digital.
Como uma ação eficaz deve ser apoiada por um melhor conhecimento, a Estratégia exige a coleta coordenada de dados e pesquisas, inclusive sobre as causas básicas, os motivadores e as condições que impulsionam o discurso de ódio.
Saiba mais e faça sua parte:
Quais são as consequências do discurso de ódio?
Como proteger as crianças do discurso de ódio?
Confira a mensagem do secretário-geral da ONU para o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio de 2023.
Visite a página do Escritório da Assessora Especial para a Prevenção do Genocídio (em inglês).
Para mais informações, entre em contato com o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio): [email protected].
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História
25 outubro 2024
Dia da Visibilidade Intersexo 2024
No Dia Internacional da Visibilidade Intersexo, celebrado em 26 de outubro, a campanha Livres & Iguais da ONU destaca a luta contra a discriminação e violações de direitos enfrentadas por pessoas intersexo, a partir da experiência da presidente da Associação Brasileira Intersexo (ABRAI), Thais Emilia.As pessoas intersexo nascem com caraterísticas sexuais físicas (anatomia, os órgãos reprodutores, os padrões hormonais e/ou cromossomos, por exemplo) que não se enquadram nas definições típicas para corpos masculinos ou femininos. Assim, é um termo guarda-chuva que descreve diversas variações corporais, que, segundo estimativas, compreendem até 1,7% da população mundial.Em 2016, Thais Emília, uma das fundadoras e atual presidente da Associação Brasileira Intersexo (ABRAI), já mãe de dois filhos e atuante na área de educação inclusiva, teve Jacob Christopher*. Mesmo sabendo desde o pré-natal que seu filho era intersexo, isso não dissipou as dúvidas.“As orientações médicas iniciais foram para fazer uma vagina nele e educá-lo como menina. Questionei, então outro médico disse que, depois de adultos, muitos voltavam pedindo para reverter, mas que, infelizmente, era impossível. Então eu falei que não ia operar coisa nenhuma”, ela decidiu.Por conta da indefinição quanto ao sexo, a família não conseguiu registrar o nascimento da criança e, sem esse documento, a mãe não teve direito à licença maternidade.Nesse contexto, Thais Emília conhece Olívia Denardi, que viria a ser a primeira presidente da ABRAI. “Ela é a primeira pessoa que eu conheço do ativismo intersexo. Ela me conta a história dela, me acolhe e eu sinto necessidade de uma associação que cuide de crianças intersexo, que dê orientação”, relembra Thais Emília.Dessa forma, a ABRAI surge do encontro entre ativistas que se reuniram em torno do trabalho que já vinha sendo realizado na página do Facebook, “Visibilidade Intersexo”. Finalmente, em 2020, com o apoio da OAB, a associação é formalizada.Atualmente, a ABRAI tem 13 projetos, sendo os principais a articulação para apoiar e desenvolver políticas públicas para a população intersexo, capacitações voltadas para médicos e atuação direta com mães de crianças intersexo. “Em 2017, eu perguntava nas palestras quem sabia o que era intersexo, ninguém ou muito poucos levantam a mão. Hoje, metade do auditório sabe”, compara Thais Emília.Assim como ocorre com a ABRAI, ao redor do mundo, organizações de direitos das pessoas intersexo desempenham um papel fundamental, oferecendo apoio, educando e rebatendo preconceitos, além de coletando dados sobre essas violações.A atuação da sociedade civil também contribui com o Estado na promoção de políticas públicas voltadas à população intersexo. Somente neste ano, o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ aprovou um formulário padrão sobre identidade de gênero, orientação sexual e características sexuais para melhorar a coleta de dados e políticas públicas. E, em maio, a portaria 1.693 do Ministério da Saúde ajustou os sistemas do SUS para permitir que pessoas intersexo agendem consultas e exames, reconhecendo suas identidades de gênero autodeterminadas.* Jacob Christopher, filho de Thaís Emília, faleceu antes de completar 2 anos de idade, e hoje inspira a atuação da ABRAI, para que crianças intersexo possam exercer o direito de existir tal como são.Apoio internacional: a ONU Direitos Humanos e pessoas intersexoCompletando uma década no Brasil em 2024, a Livres & Iguais, liderada pela ONU Direitos Humanos no Brasil, é a campanha da ONU para a igualdade LGBTIQ+, atua para o fortalecimento de capacidades e a facilitação do diálogo entre a sociedade civil e as instituições do estado.“Desde antes da fundação da ABRAI, a ONU e a Livres & Iguais já estavam em contato conosco para apoiar e ouvir nossas questões, procurando facilitar que nossas vozes fossem ouvidas”, afirma Thais Emília.Como os sugeridos para Jacob, procedimentos médicos para adequar a aparência aos estereótipos binários de gênero são comuns, mas podem causar dor, infertilidade, incontinência urinária e perda do prazer sexual.Em abril, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou a resolução que apela para que os Estados intensifiquem os esforços de combate à discriminação, à violência e às práticas nocivas contra as pessoas intersexo. Além disso, a ONU Direitos Humanos recomenda que os países proíbam esses procedimentos desnecessários, garantindo a integridade física e a autonomia das pessoas.Neste Dia da Visibilidade Intersexo, reafirmamos o compromisso com a igualdade de direitos, reconhecendo os passos dados, mas também reforçando o combate a falta de visibilidade, os preconceitos e os tabus que perpetuam as violações de direitos das pessoas intersexo.Conheça mais sobre o tema:Nota técnica da Campanha Livres & Iguais sobre pessoas intersexoNota Informativa sobre Violações de Direitos Humanos das Pessoas IntersexoEm 2018, durante a Conferência Internacional [SSEX BBOX], a Livres & Iguais entrevistou ativistas que explicam o que é ser intersexo https://youtu.be/TUGv8axyhzYVozes da Diversidade, documentário realizado pela ABRAI: https://youtu.be/xj3NUqre514
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História
25 outubro 2024
Uma corrente de esperança em meio às chuvas no Sul
Em Canoas, no Rio Grande do Sul, uma cena comum após as enchentes que devastaram a região entre abril e maio de 2024 era a de famílias tentando reconstruir suas vidas. Entre elas, estava Elisabete Conceição da Silva, uma avó que cuida de seus três netos: Pedro Henrique, de 11 anos, Manuela, de 6, e Ravi, de 4 anos, que é autista. Assim como milhares de pessoas no estado, eles perderam quase tudo — desde documentos até os brinquedos que antes enchiam a casa de alegria. A vida de Elisabete foi virada de cabeça para baixo pela enchente. "Eles perderam tudo, eles não têm mais identidade, eles não têm brinquedos, não têm bicicleta, não têm o quartinho deles, foi tudo fora", conta ela com um misto de tristeza e resignação. Com o início das aulas ainda incerto, as crianças enfrentavam mais do que a perda material: a falta de rotina e de um espaço seguro afetava profundamente seu bem-estar emocional. "Eles já estavam quase em depressão, sabe? Eles só me perguntam quando vai começar as aulas e a gente não sabe responder." Foi em meio a essa incerteza que Elisabete e sua família encontraram o “Espaço da Gurizada”, um local seguro e acolhedor criado pelo UNICEF, tendo a Visão Mundial como parceiro de implementação, para apoiar crianças e adolescentes impactados pelas enchentes no Sul do país. Seu marido descobriu o espaço localizado no bairro Mathias Velho em uma manhã e, com entusiasmo, Elisabete decidiu levar Pedro e Manuela naquela tarde. Ao chegar, ela se emocionou ao ver a reação dos netos no novo ambiente, uma opção para auxiliar no cuidado das crianças. "Eu chorei. Eu digo: ‘Ai, de tarde eu vou levar eles pra lá’. E chegando aqui, encontrando esse montão de brinquedo, foi um paraíso. É tudo o que a criança gosta, o que eles não têm, porque perderam." Os “Espaços da Gurizada” são mais do que apenas locais para brincar. Eles oferecem atividades lúdicas e educativas, apoio psicológico e orientações sobre saúde e prevenção de violências, sempre com o objetivo de garantir o bem-estar e a proteção das crianças. Elisabete sentiu esse acolhimento ao ver os netos felizes novamente. "Eu vi o Pedro muito feliz, a Manuela muito feliz. Então eu tenho certeza de que cada avó, cada mãe que deixar seu netinho ou seu filhinho aqui vai se sentir realizado." Em um momento tão difícil, Elisabete se agarrou à esperança e à solidariedade que surgiu em sua comunidade. "Muito obrigada, gente, obrigada de coração por essa oportunidade maravilhosa para os meus netinhos e para essa comunidade tão sofrida." O espaço no qual Elisabete e seus netos foram acolhidos funcionou por vários meses, apoiando as famílias nos momentos em que mais precisavam. Conforme a situação em cada local foi melhorando, esses espaços foram sendo adaptados ou encerrados. Esse é um dos pontos fortes da resposta do UNICEF às chuvas: a capacidade de estar lá não apenas no momento agudo da Emergência, mas ao longo dos meses seguintes, adaptando espaços e estratégias de acordo com as necessidades das crianças e suas famílias ao longo da resposta emergencial. Atualmente, outros Espaços da Gurizada continuam em operação nos territórios, com dois locais em São Leopoldo, dois em Canoas e cinco em Porto Alegre, oferecendo suporte a quem ainda precisa de acolhimento e atividades recreativas e psicossociais. A história de Elisabete é um lembrete poderoso de como espaços seguros e iniciativas de acolhimento, como os “Espaços da Gurizada”, fazem a diferença em momentos de crise. Em meio à devastação, eles oferecem não só um lugar para as crianças serem crianças novamente, mas também um recomeço para famílias como a dela. A resposta do UNICEF às chuvas no Rio Grande do Sul conta com parceiros estratégicos como MSD e Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (Echo, na sigla em inglês); com a parceria da Kimberly-Clark e da Takeda; e com o apoio de Amanco Wavin; Beiersdorf, casa de NIVEA e Eucerin; Instituto Mosaic; Klabin; e Serena Energia. Para os Espaços da Gurizada, em Canosas, o UNICEF conta com a parceria de implementação da Visão Mundial. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página do UNICEF sobre a resposta humanitária às enchentes no Rio Grande do Sul: https://www.unicef.org/brazil/enchentes-no-rio-grande-do-sul
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História
18 fevereiro 2022
"Brasil nas Nações Unidas": Filme de 1954 revela imagens históricas da sede da ONU
Uma parte da história das Nações Unidas passou os últimos 68 anos muito bem guardada em um apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro. Imagens mostrando os primórdios da Organização e o funcionamento da sede em Nova Iorque foram recuperadas há um ano pela família Strauch. Trata-se de um filme de pouco mais de dez minutos, que agora ganha importância de documento histórico.O material foi encontrado entre os pertences de Abigail Strauch, matriarca da família que faleceu em abril de 2021, perto de completar 99 anos. Dentro de uma lata estava o rolo de filme de 16 milímetros com a etiqueta “O Brasil nas Nações Unidas”, de 1954, produzido pelo conhecido dublador Herbert Richers e narrado por Waldemar Galvão – cuja fama na época vinha de seu trabalho como locutor da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.Nas imagens, é possível ver como era o prédio em seus primeiros anos de funcionamento, com destaque para o serviço de tradução simultânea das reuniões e assembleias. Também aparecem as primeiras obras de arte que viriam a marcar a história da sede, como o Sino da Paz Japonês – badalado anualmente na abertura da Assembleia Geral–, a réplica da estátua Poseidon de Artemísio e até mesmo a menção ao espaço onde três anos depois seriam expostos os painéis “Guerra e Paz”, do artista brasileiro Cândido Portinari. O registro do passeio pelos corredores é feito através da perspectiva de um grupo de visitantes, composto por um menino e três brasileiras, sendo uma delas Abigail. O menino é seu filho primogênito, Carlos Henrique. “Nunca ouvimos falar deste filme antes. Eu e minha irmã imaginamos que minha mãe nunca o mencionou por ser uma memória dolorosa”, conta o engenheiro Guilherme Strauch, filho mais novo de Abigail, em entrevista concedida ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) em 2022.O filme da visita é um dos últimos registros de Carlos Henrique, que faleceu aos 13 anos, pouco tempo após as gravações. “Foi uma surpresa encontrarmos estas imagens dele e da minha mãe lá. Até então, só sabíamos que o meu pai havia feito parte da delegação brasileira na ONU”, conta.Delegação do Brasil Não à toa a família Strauch é uma das protagonistas do vídeo. O patriarca Ottolmy Strauch foi um dos primeiros brasileiros a participar das atividades da ONU logo em sua fundação. Em 1946, quando ainda funcionário do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), foi indicado ao Itamaraty para ser um dos nomes a compor a secretaria do governo brasileiro nas Nações Unidas.Em seguida, entre 1952 e 1954, integrou as comitivas brasileiras que participaram das Assembleias Gerais em Nova Iorque e chegou a ser eleito, em 1953, para ocupar um cargo no Comitê de Contribuições da Organização. Recebeu 50 votos de um total de 54, estabelecendo naquele ano um recorde na eleição do Comitê.É por este destaque que Ottolmy aparece no vídeo. Durante alguns segundos é possível acompanhar parte de seu discurso ressaltando o papel do Brasil na tarefa de garantir que as finanças da ONU fossem geridas da forma mais eficiente possível, assegurando assim recursos para a paz e o desenvolvimento social dos países mais vulneráveis.“Eu acho difícil desassociar a surpresa em ter encontrado esse vídeo histórico da emoção em rever minha família e o orgulho da participação do meu pai. Ali a ONU estava começando, o mundo tinha acabado de sair de uma grande guerra e a Organização estava tentando estabelecer acordos, reconstruir a paz. É um grande orgulho saber que o Brasil tinha um grande destaque nisso”, relata Guilherme. A coordenadora-residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, destaca a importância do Brasil na diplomacia internacional e do filme:“Conhecemos, por documentos históricos, a participação do Brasil na fundação da Organização das Nações Unidas e acompanhamos, por décadas, esse protagonismo se materializar em forma de acordos que ajudaram a construir e até hoje guiam as ações da ONU em todo o mundo, como a própria Agenda 2030. Ter a oportunidade de assistir a uma pequena parte desse processo nesse vídeo é emocionante”. DigitalizaçãoO achado da família coincide com a recente capacitação do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da Universidade Federal Fluminense (LUPA-UFF) para digitalização de filmes. Inaugurado em 2017, o LUPA é o único espaço do tipo a operar dentro de uma universidade e foi só no ano passado que conseguiu os equipamentos necessários para digitalizar filmes como este. Focado em rastrear vídeos amadores e que remontem pedaços da história do Rio de Janeiro, o LUPA é comandado pelo professor Rafael de Luna Freire. Foi para ele que a família Strauch entregou a cópia de “O Brasil nas Nações Unidas” para digitalização e restauração.“A gente deu sorte porque filmes para durarem precisam ser guardados em baixa umidade e temperatura, sob condições estáveis. E este estava em relativo bom estado, até porque não foi muito exibido e ficou na lata por muito tempo, guardado no mesmo lugar”, explica o professor. ConteúdoContente com a surpresa de encontrar tantos nomes famosos envolvidos na produção, o especialista em cinema avalia que a peça documental seja um cinejornal – formato popular de informativos que eram exibidos em cinemas antes das atrações principais, numa época em que a televisão ainda não era parte da rotina das famílias.“Esse é um típico filme feito nesse contexto, onde cada audiovisual estrangeiro precisava ser exibido com um complemento nacional junto. Mas como historicamente os exibidores dos filmes não remuneravam os produtores pela criação destes curtas, era preciso que os produtores procurassem outras formas de financiar esses informativos”, explica Freire. “Geralmente este financiamento vinha em forma de propaganda ‘disfarçada’, tanto para empresas privadas como órgãos públicos etc. Era muito comum na época cinejornais como este trazerem esse tom mais institucional.”A aposta do professor é que o filme foi gravado originalmente em 35 milímetros e a cópia de 16 milímetros, considerada para fins amadores, entregue para a família Strauch como forma de agradecimento pela participação.Agora que as imagens foram digitalizadas, o LUPA ficou responsável pela preservação do rolo original, podendo exibir o conteúdo em sessões online. Com autorização da família Strauch e do LUPA, o filme completo “O Brasil nas Nações Unidas” também pode ser visto nos canais digitais da ONU Brasil.
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História
21 outubro 2024
Tecendo sonhos em São Paulo
Arody Carmen Vargas Poma, 35 anos, é uma costureira boliviana que passou a viver em São Paulo em 2020. Desde sua chegada ao Brasil, enfrentou uma série de desafios, como a falta de documentação, a ausência de uma residência fixa e a barreira do idioma. A costureira, que já passou por situações de trabalho análogo à escravidão em alguns locais onde trabalhou, é casada há um ano e agora planeja constituir uma família assim que alcançar maior estabilidade financeira. Ela é uma das participantes do curso presencial do projeto Tecendo Sonhos, conduzido pela organização não governamental Aliança Empreendedora por meio do Programa Moda Justa Sustentável, e focado em mulheres imigrantes que possuem uma oficina de costura na cidade de São Paulo. O grupo foi contemplado em uma ação de promoção da autonomia financeira e empreendedorismo que incluiu a entrega de equipamentos essenciais, como máquinas de costura industriais, extintores de incêndio, linhas de costura, tesouras de alfaiate e óculos de proteção. Dezenove costureiras que se certificaram no curso receberam kits individuais, contendo itens de segurança e ferramentas para melhorar a produtividade e garantir condições de trabalho mais seguras. Além disso, três máquinas de costura industriais foram entregues às empreendedoras destaques, escolhidas pela própria turma. Arody foi uma delas. "Foi um grande presente, são ferramentas essenciais para o nosso trabalho. A máquina foi uma grande bênção." As aquisições foram realizadas pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), com recursos destinados pelo Ministério Público do Trabalho em São Paulo - Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região. O UNOPS possui um acordo de cooperação com o MPT que permite a aplicação de recursos oriundos das ações de fiscalização da legislação trabalhista em projetos nas comunidades que sofreram danos relacionados ao direito do trabalho. A coordenadora do Programa Moda Justa Sustentável e presidente da Aliança Empreendedora, Cristina Filizzola, destacou a importância das doações: "As doações de equipamentos, materiais de segurança e ferramentas de trabalho foram fundamentais para complementar as ações do projeto com mulheres imigrantes. Além de auxiliar na adesão do grupo, elas se sentiram valorizadas. Essas entregas atendem a necessidades reais, promovendo maior segurança e agilidade no trabalho das costureiras." “Meu sonho é poder montar uma oficina organizada, como nos ensinaram, e, quem sabe, gerar trabalho para outras mulheres que também buscam independência financeira. Muitas mulheres como eu querem se sustentar e ter segurança, especialmente antes de pensar em ter filhos. Acredito que ajudar outras a conquistar isso seria uma grande realização”, diz Arody. Compras estratégicas Antes de realizar as aquisições, o UNOPS fez um estudo para conhecer a realidade das trabalhadoras da cadeia da moda no estado de São Paulo. O diagnóstico, elaborado em parceria com o MPT e a ONU Mulheres, revelou as condições precárias enfrentadas por mulheres costureiras. A pesquisa abrangeu 39.467 trabalhadoras - das quais 80% são mães e 79,3% vivem na capital paulista - e identificou desafios significativos, como terceirização, informalidade e dupla jornada, além de situações de trabalho forçado e condições análogas à escravidão. A responsabilidade produtiva recai desproporcionalmente sobre essas mulheres, que enfrentam obstáculos adicionais devido à sobrecarga de tarefas domésticas. Como parte da resposta a esses desafios, o UNOPS e o MPT desenvolveram um plano estratégico voltado ao empoderamento econômico dessas trabalhadoras. Além das entregas feitas no âmbito do projeto Tecendo Sonhos, da Aliança Empreendedora, o UNOPS também equipou galpões de dois outros grupos de costureiras: Coletivo Flor de Kantuta, atualmente sediado no Instituto Cultural Israelita Brasileiro (Casa do Povo).Coletivo Sartasiñani, apoiado pela Associação Latino-americana de Micro, Pequenas e Médias Empresas (Alampyme.BR), um dos fornecedores cadastrados no Portal do Uniforme para fornecimento dos uniformes escolares da cidade de São Paulo. A equipagem dos galpões incluiu a aquisição de máquinas, aviamentos e móveis diversos. A gerente adjunta de Projetos do UNOPS Brasil, Cecília Abdo, destacou a importância das compras estratégicas como uma ferramenta de transformação social: “As aquisições que fazemos têm um papel fundamental no apoio a essas trabalhadoras. Queremos garantir que elas tenham acesso às condições básicas de segurança e qualidade necessárias para exercer suas atividades de forma digna.” Para saber mais, siga @unops_official e @onubrasil nas redes!
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História
21 outubro 2024
Alimentação escolar transforma a vida de produtores de pequena escala no Distrito Federal
As compras públicas da agricultura familiar para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) mudaram a vida do agricultor familiar Anaildo Porfírio, da cidade de Brasília. “Essa política foi estruturante e mudou a vida dos produtores de alimentos daqui”, afirma Anaildo, que faz parte das 46 famílias do Assentamento Chapadinha, localizado a 32 km do centro da capital federal.Anaildo recebeu no mês de maio uma missão internacional formada por representantes de 10 países da América Latina, que visitou sua propriedade rural para conhecer como funciona na prática a participação da agricultura familiar no PNAE. A missão foi organizada pelo projeto de alimentação escolar executado no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO. Em sua propriedade de 10 hectares, Anaildo produz morangos, cenouras, beterrabas, alfaces, repolhos e batatas. Além de atender a feiras e mercados, sua produção faz parte da alimentação de estudantes da rede pública de ensino de Brasília, que conta com cerca de 450 mil pessoas. Anaildo participa do PNAE desde 2015. “Antes de vender para a alimentação escolar, minha produção era para o consumo mesmo. Quando tivemos a possibilidade de entrar e participar desse programa, aumentou bem a renda. Alguns agricultores não tinham condições, mas com o PNAE conseguiram fazer melhorias na sua chácara, colocaram cercamento, melhoraram a produção. Então, realmente é uma política que ajuda a gente a prosperar”, conta Anaildo, que vive na propriedade com sua esposa e dois filhos.O agricultor familiar passou a fornecer alimentos para a alimentação escolar do Distrito Federal por meio da associação do assentamento, a Associação dos Trabalhadores Rurais da Agricultura Familiar do Chapadinha (Astraf), instituição que preside atualmente. Para participar do PNAE, os agricultores apresentam uma proposta de produção e, no decorrer do ano, vão recebendo o pagamento em parcelas. Desde 2009, por lei, a alimentação escolar da rede pública de ensino do país deve adquirir pelo menos 30% dos alimentos da agricultura familiar."Antes era todo mundo vivendo em barraco de madeira. Mas a partir do momento que passamos a nos organizar, a nos estruturar, fomos crescendo, hoje já atendemos outros mercados, melhoramos nossas casinhas, nossas propriedades. Isso foi dando dignidade para todas as famílias que hoje vivem no assentamento”, afirma o agricultor, que destaca como é gratificante produzir alimentos orgânicos e destiná-los para uma alimentação mais saudável dos estudantes. Para melhorar a produção, o assentamento conta com apoio da Secretaria da Agricultura (SEAGRI) do Distrito Federal e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) em várias áreas do processo produtivo – desde a assistência para as melhores técnicas de produção até a organização das famílias para acessar as políticas de compras públicas. Essa formalização é importante porque os programas de compras públicas adquirem diretamente de cooperativas ou associações e, quanto mais organizados, mais fácil estes agricultores e agricultoras poderão atingir mercados maiores e melhores. “Melhoramos a irrigação, as técnicas de produção, aumentamos as áreas. Com a associação fica mais fácil também a questão do transporte e melhoria do nosso rendimento.”A associação usa dois caminhões cedidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para o transporte da produção. “A assistência técnica ajuda demais o agricultor. Eles nos ajudam a identificar qual o melhor período de plantio, o melhor tipo de adubação, o que devemos ou não fazer, quais as tecnologias podemos usar para gastar menos água, produzir mais, tudo isso ajuda muito no dia a dia para a gente poder baratear os custos”, afirma. Além disso, há outras políticas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal, e o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (PAPA-DF), executado pelo governo distrital. De acordo com dados do GDF, cerca de R$ 23 milhões são investidos em produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar por ano e 700 produtores atendem o PNAE no Distrito Federal, número que vem aumentando a cada ano. Anaildo diz que somente por meio das políticas públicas se pode fortalecer a agricultura familiar, especialmente aquela localizada nos assentamentos rurais. “Precisamos de pessoas e gestores comprometidos para fazer essa aliança da parte da política, da assistência técnica, da alimentação escolar, da agricultura familiar, da assistência social, para acabar com a miséria e cuidar da população passando fome”. Para saber mais, visite a página do Programa de Cooperação Brasil-FAO: https://www.fao.org/in-action/programa-brasil-fao/pt/
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15 novembro 2024
Secretário-geral da ONU realiza coletiva de imprensa no G20, neste domingo (17) às 16h
Nesta sexta-feira (15), o secretário-geral da ONU, António Guterres, viaja para o Rio de Janeiro para participar da Cúpula de Líderes do G20, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro.Na Cúpula do G20, Guterres discursará em sessões sobre inclusão social e combate à fome e à pobreza, reforma das instituições de governança global, bem como desenvolvimento sustentável e transição energética.O secretário-geral também realizará uma reunião bilateral com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, além de se reunir com outros líderes mundiais que participarão do G20.
Depois do G20, o secretário-geral voltará para Baku, no Azerbaijão, onde está ocorrendo a COP29, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática.Coletiva de imprensa:O secretário-geral da ONU, António Guterres, concederá entrevista coletiva à imprensa neste domingo (17), às 16h, no centro de imprensa da Cúpula de Líderes do G20.Apenas jornalistas previamente credenciados para a cobertura do G20 terão acesso ao evento. Como a região estará com acesso restrito, nenhum profissional deverá dirigir-se diretamente ao Centro de Imprensa, no prédio do Vivo Rio.O transporte dos profissionais credenciados para o Centro de Imprensa será disponibilizado exclusivamente no prédio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), localizado na Praia de Botafogo, 190. Por favor notem que o transfer sairá a cada 30 minutos.Data: Domingo, 17 de novembro de 2024Horário: 16hTransmissão ao vivo pela ONU Web TVContatos para mais informações:Dúvidas relacionadas ao acesso Centro de Imprensa: Tiago Souza +55 (61) 99285-3086Questões relacionadas ao secretário-geral: Daniela Gross, porta-voz associada do secretário-geral da ONU [email protected]; Diêgo Lôbo, Centro de Informação da ONU no Brasil (UNIC Rio) [email protected]
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13 novembro 2024
Transformação dos sistemas agroalimentares brasileiros pode evitar custos de até US$ 427 bilhões por ano
Estudo aprofundado da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), envolvendo 156 países, confirma que os custos ocultos dos sistemas agroalimentares globais chegam a aproximadamente US$ 12 trilhões anualmente. No Brasil, esses custos são estimados US$ 427 bilhões. O relatório Estado da Alimentação e Agricultura 2024 (SOFA) baseia-se na edição de 2023 para fornecer uma análise detalhada dos custos e benefícios associados à produção, distribuição e consumo de alimentos. A análise inclui os custos e benefícios ocultos, aqueles que não estão refletidos nos preços de mercado. Para realizar a mensuração, o estudo utiliza a “contabilidade do custo real”, que captura os impactos das atividades agroalimentares sobre os capitais natural, social e humano. O objetivo é identificar alavancas eficazes para reduzir esses custos ocultos, permitindo processos de tomada de decisão informada, que beneficiem as pessoas e o planeta. No nível empresarial, a contabilidade de custo real (CCR) pode ser aplicada para identificar os impactos e dependências das empresas sobre os capitais e para identificar riscos. A CCR oferece a opção de monetizar os impactos, permitindo que eles sejam integrados aos balanços, estratégias de gestão e decisões empresariais. Custos ambientais, sociais e de saúdeO SOFA divide a origem dos custos ocultos em três categorias: ambientais, sociais e de saúde. No caso do Brasil, os custos originados na dimensão ambiental são os mais elevados, chegando a quase US$ 294 bilhões. Eles estão relacionados à emissão e escoamento de nitrogênio, de gases do efeito estufa e mudanças no uso da terra. Já as dietas pouco saudáveis, relacionadas a doenças não transmissíveis (DNT), como doenças cardíacas, derrames e diabetes, por sua vez, escondem custos de US$ 130 bilhões no Brasil. Os aspectos sociais, por sua vez, como subalimentação e pobreza dos trabalhadores rurais, somam quase US$ 3 bilhões (0,8%). Diferente do que acontece no Brasil, a maioria dos custos ocultos mundiais (cerca de 70%) advém dos impactos à saúde associados a doenças não transmissíveis. A ingestão insuficiente de grãos integrais, frutas e vegetais, entre outros riscos alimentares, está aumentando os custos ocultos relacionados à saúde, principalmente nos sistemas agroalimentares mais industrializados de países de renda média-alta e alta. Custos ocultos variam conforme o tipo de sistema agroalimentarHistoricamente, os sistemas agroalimentares transitaram de tradicionais para industriais, cada um com resultados e custos ocultos variados. Por esse motivo, o relatório explora como os custos ocultos se manifestam em diferentes tipos de sistemas agroalimentares ao redor do mundo. Para facilitar a análise, a pesquisa introduz uma tipologia que categoriza os sistemas agroalimentares em seis grupos distintos: crise prolongada, tradicional, em expansão, diversificado, formalizando e industrial. Esse arcabouço permite uma compreensão direcionada dos desafios e oportunidades únicos em cada sistema, possibilitando o desenvolvimento de políticas e intervenções sob medida. O Brasil está na escala “formalizando”, que seria uma categoria de transição em direção à industrial, levando em conta nível de urbanização, quantidade relativa de supermercados, quantidade de calorias provenientes de alimentos não-básicos, e valor adicionado na agricultura por trabalhador. Para a maioria dos sistemas agroalimentares estudados nas categorias industrial e em transição, como o Brasil, a chave da transformação está na mudança dos padrões alimentares, que não apenas diminuem os custos ocultos de saúde, mas também são uma maneira muito eficaz de reduzir os custos ocultos ambientais quantificados, ao liberar terras, reduzir e sequestrar gases de efeito estufa (GEE) e diminuir as emissões de nitrogênio.No caso dos sistemas agroalimentares brasileiros, analisados com mais profundidade no estudo, estima-se que a diminuição do consumo de carnes processadas e vermelhas e de bebidas adoçadas com açúcar podem contribuir pela maior parte da redução nos custos ocultos no país.Exemplos brasileirosO estudo da FAO destaca positivamente algumas políticas públicas brasileiras que consideraram os custos ocultos dos sistemas agroalimentares para o seu desenho, como o Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana (AUP) e a Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional para Cidades. Essas políticas foram resultado da colaboração entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e diversos ministérios (Meio Ambiente, Desenvolvimento Rural, Desenvolvimento Social, Trabalho e Emprego) na utilização de uma metodologia para calcular os custos econômicos dos ecossistemas e da biodiversidade.O SOFA também sublinha a importância de considerar as especificidades de cada território ao mensurar os impactos e custos ocultos dos sistemas agroalimentares, e menciona o Código Florestal brasileiro como um bom exemplo de política com metas ajustáveis conforme as características locais. Outro exemplo brasileiro relevante apresentado é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que tem desempenhado um papel crucial na promoção da agricultura familiar e no apoio a pessoas em situação de insegurança alimentar.O PAA resultou em um aumento de 13,1% no valor da produção dos agricultores familiares, especialmente os de menor renda, e ajudou a estabilizar a renda rural. Além disso, como uma importante fonte de alimentos saudáveis para crianças em situação de vulnerabilidade alimentar, o programa contribuiu para o aumento da frequência escolar, mostrando a eficácia das compras públicas na transformação dos sistemas agroalimentares.Um chamado à ação coletivaNo geral, o relatório apela para uma transformação dos sistemas agroalimentares orientada por valores para torná-los mais sustentáveis, resilientes, inclusivos e eficientes. Isso requer ir além de medidas econômicas tradicionais como o PIB, utilizando a contabilidade de custo real para reconhecer os custos ocultos. Com essa abordagem, os tomadores de decisão podem fazer escolhas mais informadas que aumentem o valor social dos sistemas agroalimentares, reconhecendo seus papéis essenciais na segurança alimentar, nutrição, conservação da biodiversidade e identidade cultural. Alcançar essa transformação também exige superar divisões setoriais, alinhar políticas entre saúde, agricultura e meio ambiente e garantir que os benefícios e custos sejam compartilhados equitativamente entre todas as partes interessadas.“As escolhas que fazemos agora, as prioridades que definimos e as soluções que implementamos determinarão nosso futuro compartilhado. A verdadeira mudança começa com ações e iniciativas individuais, apoiadas por políticas adequadas e investimentos direcionados. A transformação dos sistemas agroalimentares globais é fundamental para alcançar os ODS e garantir um futuro próspero para todos.” - QU Dongyu, diretor-geral da FAOO relatório destaca que essa transformação exige ação coletiva, envolvendo produtores primários, agronegócios, governos, instituições financeiras, organizações internacionais e consumidores. Embora o enfrentamento dos custos ocultos resulte em impactos desiguais entre as partes interessadas, países e prazos, políticas e regulamentos de apoio podem ajudar a minimizar as interrupções, especialmente para pequenos produtores e agronegócios, promovendo a adoção precoce de práticas sustentáveis e protegendo os grupos sociais vulneráveis.As principais recomendações incluem:Fornecer incentivos financeiros e regulatórios para avançar na adoção de práticas sustentáveis ao longo da cadeia de suprimento de alimentos e para limitar os desequilíbrios de poder entre as partes interessadas dos sistemas agroalimentares.Promover dietas mais saudáveis por meio de políticas que tornem os alimentos nutritivos mais acessíveis e reduzam os custos ocultos relacionados à saúde.Incentivar a redução de emissões de gases de efeito estufa e nitrogênio, mudanças prejudiciais no uso da terra e perda de biodiversidade através de rotulagem e certificação, normas voluntárias e iniciativas de diligência devida no setor.Empoderar os consumidores com informações claras e acessíveis sobre os impactos ambientais, sociais e de saúde das escolhas alimentares, enquanto garante que até mesmo as famílias vulneráveis possam se beneficiar dessas mudanças.Aproveitar o significativo poder de compra dos programas de alimentação institucional para reconfigurar as cadeias de suprimento alimentar e melhorar os ambientes alimentares, combinados com educação alimentar e nutricional abrangente.Garantir uma transformação rural inclusiva que evite a piora dos custos ocultos ambientais, sociais e de saúde durante as transições.Fortalecer a governança e a sociedade civil para criar um ambiente favorável para acelerar inovações para sistemas agroalimentares sustentáveis e equitativos.Sobre o SOFAO relatório SOFA é uma visão geral anual abrangente de tópicos relacionados ao mandato da FAO. Ele dá ênfase especial a áreas emergentes de desenvolvimento, como sistemas agroalimentares e tecnologias digitais na agricultura.Esta é a primeira vez que a publicação de destaque foca no mesmo tema por dois anos consecutivos, destacando a necessidade urgente de transformar os sistemas agroalimentares para garantir um futuro sustentável.Para saber mais, visite a página da FAO no Brasil e leia o relatório completo (em inglês ou espanhol) na página global da FAO. Contato para imprensa: Luiza Olmedo, Comunicadora do Escritório da FAO no Brasil: [email protected]
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13 novembro 2024
ONU-Habitat promove programação durante G20 Social
Para divulgar projetos e ampliar o diálogo sobre sustentabilidade e desenvolvimento urbano sustentável, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e em parceria com o ONU-Habitat, promove o Conexão 2030, três dias de debates e intercâmbios sobre boas práticas de sustentabilidade nas cidades. O evento será realizado de 14 a 16 de novembro e vai promover um espaço de encontro no G20 Social, reunindo atores urbanos e ampliando a participação da sociedade civil nas atividades e processos decisórios do G20. O Conexão 2030 faz parte da Cúpula Social, que antecede o encontro de líderes do G20, e será realizado no Armazém 1 B do Pier Mauá. As inscrições são abertas ao público e estão disponíveis neste link: bit.ly/Conexao2030.O ONU-Habitat será responsável por uma série de atividades no espaço por meio da iniciativa Rio Inclusivo e Sustentável. Entre elas, estão a premiação do Desafio dos ODS – concurso de boas práticas que envolveu 42 municípios e comitês de bacia hidrográfica do Rio de Janeiro em prol de soluções inovadoras relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) –, a participação na programação de debates e a ativação do espaço Rio Inclusivo e Sustentável, área dedicada para visibilidade das iniciativas dos municípios fluminenses para promover o desenvolvimento urbano sustentável.A programação de debates inclui uma palestra da diretora-executiva do ONU-Habitat, Anacláudia Rossbach, além de diversas mesas que envolvem os principais temas urbanos de destaque no Brasil. Desafio dos ODSA programação se inicia na quinta-feira (14) com a cerimônia de premiação do Concurso de Boas Práticas do Desafio dos ODS. A iniciativa, iniciada em abril, tem como objetivo acelerar a busca de soluções criativas para problemas críticos associados ao alcance dos ODS e ao aprimoramento das políticas locais em municípios do estado do Rio de Janeiro. Ao longo de 13 encontros realizados entre junho e julho, o Desafio mobilizou cidades e comitês de bacias hidrográficas para promover iniciativas vinculadas à Agenda 2030 reunindo o total de 86 municípios e mais de 516 pessoas. Na sequência, os municípios e comitês passaram pela etapa do Laboratório VirtualAo final dos encontros, os municípios foram convidados para participar do Concurso de Boas Práticas, que reconhece as iniciativas apresentadas. As iniciativas serão premiadas em seis categorias: Água e Preservação dos Oceanos | ODS 6 (Água potável e saneamento) e ODS 14 (Vida na água) Territórios Resilientes | ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis)Ação Climática | ODS 13 (Ação contra a mudança global do clima)Prêmio destaque | ODS 1 (Erradicação da pobreza) e ODS 5 (Igualdade de Gênero)Prêmio destaque | ODS 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes) e ODS 17 (Parcerias e Meios de Implementação)SDG20 – Do Global ao LocalIntegração Regional das Águas (Premiação de destaque para Comitês de Bacia Hidrográfica)Na sexta-feira (15), o foco será em debates sobre o futuro das cidades, trazendo atores multinível para discutir resiliência urbana, mudanças climáticas, acesso à moradia e liderança das juventudes. No último dia (16), a programação será fechada para os municípios, com as Oficinas de Escuta Ativa da Revisão Local Voluntária. Essas oficinas vão reunir representantes de municípios e comitês de Bacias Hidrográficas do Rio de Janeiro para avaliar, de forma participativa, as políticas públicas locais. O objetivo é identificar e priorizar ações municipais ou regionais que ajudem a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).Confira a programação completa da participação do ONU-Habitat:14/11, quinta-feira9h30 – Cerimônia de abertura11h40 – Cerimônia de Premiação das Melhores Práticas do Desafio dos ODS 15/11, sexta-feira9h30 – Keynote Speaker |Anacláudia Rossbach, Subsecretária Geral das Nações Unidas e Diretora-executiva do ONU-Habitat10h15 – Mudança climática e a construção da resiliência urbana11h30 – Resiliência urbana e adaptação climática14h – Acesso à moradia adequada no contexto de mudança climática15h – Cooperação para cidades verdes e resilientes16h – Juventude e cidadesServiçoConexão 2030 no G20 SocialEndereço: Pier Mauá, Armazém 1B – Av. Rodrigues Alves - Saúde | Rio de Janeiro - RJInscrições: As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 16 de novembro pelo site: https://bit.ly/Conexao2030Sobre o Rio Inclusivo e Sustentável - O Rio Inclusivo e Sustentável é uma parceria do ONU-Habitat com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade. A iniciativa tem o objetivo de promover a resiliência urbana e climática nos municípios do Rio de Janeiro, fortalecendo as metas da Agenda 2030 e os princípios da Nova Agenda Urbana em todo o estado. Além disso, trabalha para mobilizar os municípios para construir um Rio de Janeiro mais inclusivo e sustentável.Sobre o ONU-Habitat - O ONU-Habitat é a entidade das Nações Unidas responsável pela urbanização sustentável, com programas em mais de 90 países, apoiando formuladores de políticas e comunidades na criação de cidades e vilas social e ambientalmente sustentáveis. O ONU-Habitat promove a transformação urbana por meio de conhecimento, aconselhamento político, assistência técnica e ação colaborativa. Contatos para imprensa: Livia Freire, ONU-Habitat: [email protected] Aléxia Saraiva, ONU-Habitat: [email protected]
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07 novembro 2024
Relatório Mundial das Cidades: 2 bilhões de pessoas podem enfrentar aumento alarmante de temperatura até 2050
O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) apresentou, nesta terça-feira (5), o Relatório Mundial das Cidades, publicação que destaca os desafios urgentes impostos pelas mudanças climáticas e pela rápida urbanização em todo o mundo. Lançado durante a 12ª sessão do Fórum Urbano Mundial, o relatório alerta que mais de 2 bilhões de pessoas podem enfrentar um aumento adicional de pelo menos 0,5 grau Celsius na temperatura até 2040. O documento revela que os esforços para combater as mudanças climáticas nas áreas urbanas estão aquém da escala necessária para enfrentar os desafios crescentes.Um tema crítico abordado no relatório é o significativo déficit de financiamento para infraestrutura urbana resiliente. As cidades necessitam de um montante estimado entre 4,5 e 5,4 trilhões de dólares por ano para desenvolver e manter sistemas resilientes ao clima, mas o financiamento atual é de apenas 831 bilhões de dólares – uma fração do necessário. Essa lacuna deixa as cidades, especialmente as populações mais vulneráveis, cada vez mais expostas a riscos.O relatório também revela que algumas intervenções climáticas pioraram as condições para comunidades vulneráveis. Casos de “gentrificação verde”, em que iniciativas como a criação de parques deslocam famílias de baixa renda ou aumentam os valores imobiliários, destacam a necessidade de soluções climáticas mais justas e inclusivas.Apesar dos desafios, o relatório incentiva uma mudança de perspectiva, motivando que as áreas urbanas não sejam vistas apenas como parte do problema, mas também como fundamentais para a solução. “O conhecimento é a base da ação climática eficaz, e os insights que reunimos hoje são essenciais para moldar futuros marcos, como o próximo Relatório Especial do IPCC sobre Mudanças Climáticas e Cidades”, disse Anacláudia Rossbach, Subsecretária-geral das Nações Unidas e Diretora-executiva do ONU-Habitat, durante a coletiva de imprensa para o lançamento do relatório. “O recém-publicado Relatório Mundial das Cidades 2024 é um testemunho da importância de integrar as realidades urbanas às discussões climáticas. À medida que nos preparamos para a COP29, estamos comprometidos em aproveitar o conhecimento para informar estratégias que ressoem tanto com os esforços locais quanto globais.”O Relatório Mundial das Cidades defende um enfoque urbano mais forte nas estratégias climáticas, enfatizando a necessidade de alinhar a ação climática com objetivos mais amplos de desenvolvimento, incluindo melhoria dos serviços, redução da pobreza e saúde pública. Ele pede a integração de considerações climáticas em todos os setores, permitindo que as cidades façam investimentos eficazes e sustentáveis.O documento também destaca a necessidade de que a ação climática seja participativa e liderada pelas comunidades, levando ao desenvolvimento de soluções localmente apropriadas que atendam às necessidades únicas dos residentes - especialmente em assentamentos informais e bairros de baixa renda, frequentemente marginalizados nos processos de tomada de decisão.Acesse aqui a publicação online.
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06 novembro 2024
Comunicado de especialistas da ONU sobre condenação pelo assassinato de Marielle Franco
GENEBRA (5 de novembro de 2024) – As duas condenações pelos assassinatos da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e de seu motorista, Anderson Gomes, são um marco relevante, mas não o fim da luta por justiça para esse caso iniciado em 2018, disseram hoje especialistas da ONU, enfatizando que a justiça e a reparação são cruciais para todas as vítimas do racismo sistêmico generalizado, discriminação estrutural e violência presentes no Brasil.“As recentes condenações são um importante ponto de mudança, mas a luta por justiça ainda não acabou. Outros autores envolvidos no planejamento e acobertamento dos assassinatos também devem ser responsabilizados”, disseram as e os especialistas. “Para isso, as investigações devem continuar de acordo com padrões internacionais, incluindo o Protocolo de Minnesota sobre a Investigação de Mortes Potencialmente Ilícitas (2016). As famílias também devem receber soluções.”A defensora de direitos humanos Marielle Franco teria sido alvo por seu trabalho em defesa daquelas pessoas que enfrentam discriminação estrutural e interseccional no Brasil, como mulheres, afrodescendentes e pessoas LGBTQI+. “Marielle se manifestava contra o racismo sistêmico, a discriminação estrutural e a brutalidade policial. Ela mesma havia sido submetida a difícil interseção entre misoginia, racismo, classismo e preconceito com base na orientação sexual”, falaram as e os especialistas.Elas/es disseram que o caso de Franco e Gomes é emblemático para muitos dos mais graves problemas de direitos humanos no Brasil. “As condenações de dois perpetradores é um passo importante na longa luta de suas famílias por responsabilização e justiça. Além disso, também são um marco na luta mais ampla contra a impunidade generalizada pela violência no Brasil”, afirmaram as e os especialistas.“O veredito pode dar a todas as vítimas de discriminação estrutural e violência, bem como suas famílias, a esperança de que a justiça e as respostas eficazes estão ao seu alcance no Brasil, não sendo conceitos distantes e indefensáveis”, disseram as e os especialistas. “Para honrar essa esperança, o Brasil deve enfrentar o racismo sistêmico e a discriminação no sistema de justiça e fazer mais para garantir acesso rápido, imparcial e independente à justiça para todas as vítimas de violência no país.”As e os especialistas estão em contato com as autoridades brasileiras com relação a essas preocupações.FIM*As e os especialistas: Ashwini K.P., Relatora Especial sobre formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata; Gina Romero, Relatora Especial sobre os Direitos à Liberdade de Reunião Pacífica e de Associação; Morris Tidball-Binz, Relator Especial sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias; Reem Alsalem, Relatora Especial sobre violência contra mulheres e meninas, causas e consequências; Laura Nyirinkindi (Presidente), Claudia Flores (Vice-Presidente), Dorothy Estrada Tanck, Ivana Krstić, e Haina Lu, Grupo de Trabalho sobre Discriminação contra Mulheres e Meninas; Barbara G. Reynolds (Presidente), Bina D’Costa, Catherine Namakula, Isabelle Mamadou, and Miriam Ekiudoko, , Grupo de Trabalho de Especialistas sobre Pessoas de Afrodescendentes; Akua Kuenyehia (Presidente), Tracie L. Keesee, e Víctor Manuel Rodríguez Rescia, Mecanismo Internacional de Especialistas Independentes para Promoção de Justiça e Igualdade Racial na Aplicação da Lei; Graeme Reid, Especialista Independente sobre Proteção contra Violência e Discriminação com Base na Orientação Sexual e Identidade de Gênero.As Relatorias Especiais, Especialistas Independentes e os Grupos de Trabalho fazem parte do que é conhecido como Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos. Procedimentos Especiais, o maior corpo de especialistas independentes do sistema de Direitos Humanos da ONU, é o nome geral dos mecanismos independentes de apuração de fatos e monitoramento do Conselho que abordam situações específicas de países ou questões temáticas em todas as partes do mundo. As e os especialistas dos Procedimentos Especiais trabalham de forma voluntária; não são funcionárias ou funcionários da ONU e não recebem salário por seu trabalho. São independentes de qualquer governo ou organização e atuam em sua capacidade individual.ONU Direitos Humanos, página do país - Brasil Para consultas e pedidos de imprensa, entre em contato com: [email protected] Para pedidos de imprensa relacionados a outras e outros especialistas independentes da ONU, entre em contato com Dharisha Indraguptha ([email protected]) ou John Newland ([email protected]) Acompanhe as notícias relacionadas a especialistas independentes em direitos humanos da ONU no Twitter: @UN_SPExperts.
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