Formação de Analista de Conteúdo da Awalé prepara mais 27 mulheres negras e indígenas para trabalhar com marketing digital

curso de marketing de conteúdo

A primeira turma da Formação de Analista de Conteúdo capacitou 27 mulheres negras e indígenas para trabalharem com marketing de conteúdo e teve a menor taxa de evasão desde a fundação da Awalé, apenas 12%. Ficamos imensamente felizes com essa conquista, pois a redução no índice de desistência está relacionada não apenas com a nossa escuta atenta às alunas, mas também às parcerias que firmamos para captar recursos e contratar novas tecnologias.

É importante ressaltar que a Formação de Analista de Conteúdo foi o nosso primeiro curso de média duração e só foi possível porque participamos do programa de aceleração Inpulso, da Ambev. Nele, além de recebermos treinamentos para acelerar nossa empresa, também recebemos recursos para rodar o nosso projeto-piloto.

Graças ao apoio da Ambev, conseguimos oferecer o curso a um valor social. No total, recebemos 96 inscrições e fechamos a turma com 20 bolsistas integrais e 31 pagantes do valor social. Além disso, também contamos com o apoio da Blaxp, Florir Digital, Maria Augusta Orofino, Danúbia Silva e Conexorama.

O que nossas alunas aprenderam em 4 meses de formação em marketing de conteúdo?

A Formação de Analista de Conteúdo foi criada a partir da necessidade de nossas alunas. Em 2021, lançamos o curso de Conteúdo Criativo e SEO para formar profissionais para trabalhar como freelancers, CLT ou digitalizando seus negócios. A área do Marketing foi escolhida por ser minha área de atuação e por existir um gap de 80% no mercado.

Lançamos 5 turmas do Curso de Conteúdo Criativo e SEO, apenas uma com apoio financeiro. No final da pandemia, entendemos que as mulheres não queriam apenas aprender técnicas de SEO e escrita criativa, mas também criar estratégias, analisar dados e, portanto, vislumbrar novas possibilidades de carreira no marketing. Nascia assim a Formação de Analista de Conteúdo.

Nele, as alunas passariam por todas as etapas do marketing de conteúdo

Para chegarmos nesses pilares, conversamos com ex-alunas, com gerentes de marketing, analistas de conteúdo experientes e redatoras que visam se tornar analistas. Foi um curso pensado para que as mulheres pudessem chegar mais preparadas ao cargo e reduzir o que elas falaram nas entrevistas: “aprendizado na dor”.

Qual o perfil das alunas da nossa primeira turma?

A Formação de Analista de Conteúdo da Awalé é exclusiva para mulheres negras e indígenas e tem como público-alvo:

  • Profissionais de Marketing Digital: mulheres que já trabalham ou têm interesse em ingressar na área de marketing digital, incluindo aquelas que desejam se especializar em criação e gestão de conteúdo.
  • Redatores e criadoras de conteúdo: mulheres que trabalham com conteúdo, como redatoras, blogueiras, criadoras de vídeos, e desejam aprimorar suas habilidades para atender às demandas do marketing de conteúdo.

A primeira turma foi formada por 58,62% de mulheres negras, 31,03% pardas e 10,34% indígenas, das cinco regiões do país. A maioria (46,4%) tem o ensino superior completo e 32,2% tem pós-graduação, sendo 17,9% MBA e 14,3% mestrado. As idades variam de 23 anos a 49 anos.

As alunas estão inseridas no mercado de trabalho como assistente de comunicação, jornalistas, redatoras, analistas de comunicação, entre outras. Contudo, 35,7% estão em busca de oportunidades no mercado de trabalho. 

A Formação de Analista de Conteúdo foi gamificada e as dez melhores alunas receberão mentorias e/ou participarão de cursos mais específicos na área de marketing, finanças e até para produção de podcasts.

O que dizem nossas alunas sobre a experiência da Formação de Analista de Conteúdo

Aline Martins

O curso de formação de analista de conteúdo foi transformador em vários sentidos. Foi bem completo, passando por habilidades necessárias no mercado de trabalho, sobre profissão em si, sobre ferramentas e principalmente a mentoria em grupo e individual. Em todos os encontros tínhamos trocas maravilhosas, tanto entre nós, estudantes, como também com mulheres muito inspiradoras que nos deram aulas e palestras.

Beatriz Carvalho Pimentel 

Ao longo destes 3 meses, pude compreender o real significado do esforço coletivo, planejamento e cuidado no qual  a equipe Awalé vem desempenhando. Tenho refletido muito sobre a palavra avançar, mas para mim, ela faz mais sentido quando conseguimos avançar compartilhando o que aprendemos com outras pessoas. Sem medo e sem julgarmos, este projeto se compromete e assume as demandas. Também percebo que existe uma preocupação na busca de melhorias e para que os cursos possam alcançar mais mulheres. Encerro esta jornada na certeza de que aprendi, errei e que também posso evoluir e acreditar em meu potencial enquanto comunicadora. Muito obrigada! 

Mariana Beatriz Nogueira Martins de Sousa

Quando eu era só redatora, tinha muitas dúvidas em relação a como estruturar todo o conteúdo para atingir a persona e o público-alvo. A formação em Analista de Conteúdo foi um mergulho precioso nesse conhecimento e foi bastante inspirador aprender com outras mulheres racializadas que também estão iniciando nesse mundo. A contribuição das professoras, palestrantes e mentoras trouxe mais força ainda. Posso dizer que me sinto capaz de enfrentar o desafio de oferecer esse serviço para outras empresas. 

Sabrynna Gabryella Xavier Gomes da Cruz

O curso de Analista de Conteúdo é extremamente completo. Ele aborda todos os aspectos essenciais para essa carreira, desde os fundamentos de SEO, planejamento de conteúdo e definição de personas, até habilidades como atendimento ao cliente, elaboração de planos de carreira e desenvolvimento pessoal. Essa comunidade me proporcionou uma nova perspectiva sobre a carreira na escrita e no marketing de conteúdo. Participar dessa turma foi fundamental para minha construção profissional!

O que dizem as mentoras sobre sua contribuição para a turma?

Diane Ziemann

Ser mentora na formação da Awalé é uma experiência de crescimento conjunto, de aprendizado compartilhado. Um encontro com um imenso e diverso mundo que não poderia ocorrer de outra forma. Orientar as mulheres para fortalecerem sua potência criativa e vê-las evoluir com cada oportunidade mostra concretamente como é possível transformar realidades. Só tenho a agradecer por ser um pouco parte da mudança e da construção dessas histórias.

Evelin Gusmão

Ser mentora da Awale me mostrou que o “aquilombar” é uma das ferramentas mais poderosas para alavancar pessoas de grupos minorizados. Durante a minha participação na turma 6, pude compartilhar meus conhecimentos e acompanhar a evolução das meninas. Mas, ao mesmo tempo, recebi muito apoio e acolhimento durante um período difícil que enfrentei. Esse é um programa que traz força, incentivo e oportunidades para quem participa. Espero poder estar presente nas próximas turmas.

Juliana Castro

Ter a oportunidade de repassar meu conhecimento para mulheres tão potentes e saber que a minha experiência de vida e de carreira as inspira é muito gratificante. Nessa jornada, eu sou responsável por ajudá-las a ajustar o conteúdo em um texto otimizado para SEO. E, sério, é muito emocionante ler um texto antes e depois da mentoria, pelo menos pra mim, que não sou de fingir costume. Ver que elas entenderam o que discutimos e se empenharam para ser melhor, eu fico toda orgulhosa sempre que recebo o conteúdo depois de ajustado. Torço por elas e esse sentimento me renova e dá esperança.

Júlia Munhoz

Ser mentora na Awalé foi uma experiência única. Aprendi muito durante o processo de mentoria, e a troca de conhecimentos e experiências com minhas mentoradas abriu novos rumos positivos para minha trajetória pessoal e profissional. Esses aprendizados ficarão para sempre na minha memória!

O propósito da Awalé é corroborar para um mercado mais diverso e racializado

A Awalé nasceu do meu desejo de compartilhar conhecimento, usar meu superpoder de fomentar conexões de impacto para capacitar mulheres negras e indígenas para trabalharem em empresas digitais e balançar estatísticas.

Publicada no segundo trimestre de 2023, a pesquisa do Dieese (2023) salientou que 46,1% da população negra ocupada trabalhava informalmente. Já entre as mulheres negras, 46,5% trabalhavam sem carteira assinada e não contribuíam com a Previdência Social.

Além disso, enquanto as mulheres negras recebiam R$ 1.908, as mulheres não negras ganhavam a média de R$ 3.096, representando uma diferença salarial de 38,4%. Na época da publicação, apenas 2,1% das mulheres negras ocupavam cargos de liderança. Lamentavelmente, os dados do Pnad contínua não trazem informações das mulheres indígenas no mercado de trabalho.

Esses dados podem ser reforçados pelo 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial, que traz o recorte por raça e cor das mulheres. As mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho (2.987.559 vínculos, 16,9% do total), são as que têm renda mais desigual. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.040,89, correspondendo a 68% da média, a dos homens não negros é de R$ 5.718,40 — 27,9% superior à média. Além disso, esse levantamento traz que as mulheres negras ganham 66,7% da remuneração das mulheres não negras.

Os cursos oferecidos pela Awalé buscam reverter esse cenário, capacitando mulheres negras e indígenas para alcançarem posições mais elevadas no mercado de marketing digital e tecnologia. Com uma abordagem abrangente que vai além das habilidades técnicas, a iniciativa visa fortalecer as participantes em aspectos comportamentais e soft skills essenciais para a ascensão profissional.

Se você chegou até aqui e quer corroborar com o nosso propósito de aumentar o número de mulheres negras e indígenas trabalhando com marketing digital, que tal nos ajudar a fomentar a próxima turma? A nossa Formação de Social Media é a mais aguardada por nossa comunidade e estamos buscando empresas parceiras para colocar este projeto na rua. Basta clicar aqui, preencher os dados que logo entraremos em contato.

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