Europa vai taxar carros elétricos da China, mas alemães dizem não
Dez países da União Europeia votam a favor do aumento de tarifas sobre os veículos elétricos fabricados na China e cinco são contra
Dez países da União Europeia votam a favor do aumento de tarifas sobre os veículos elétricos fabricados na China e cinco são contra
Em junho deste ano, a União Europeia (UE) estabeleceu tarifas altas para a importação de carros elétricos chineses, seguindo o exemplo dos Estados Unidos para tentar frear a ‘ameaça’ chinesa em seu mercado. No entanto, as taxas definidas, que chegam a 38,1% do valor do veículo, devem aumentar ainda mais graças à nova votação do bloco econômico.
No início de outubro, dez membros da UE votaram a favor da aplicação de novas tarifas sobre os elétricos fabricados na China, enquanto cinco se manifestaram contra a medida e 12 se abstiveram. Mesmo com esse resultado, nada está fechado ainda, já que as negociações entre autoridades do bloco e da China ainda estão em aberto.
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As discussões entre os lados provavelmente moldará o resultado final dessa ação, mas o aumento dos impostos parece certo, resta saber se será alto ou mais moderado. A única maneira de os aumentos tarifários serem anulados seria se uma maioria qualificada, nesse caso 15 membros da UE, tivesse votado contra eles.
A Comissão Europeia confirmou que continuará negociando com Pequim para chegar a um acordo sobre o tema e que as mudanças tarifárias devem ser implementadas no final de outubro. Uma provável medida para chegar nesse consenso seria estabelecer preços mínimos de venda de carros elétricos chineses na Europa.
A maior economia da Europa, a Alemanha, estava entre os cinco países que votaram contra os aumentos de tarifas. E não foi só o governo que se manifestou contra essa ação que prejudica carros elétricos chineses, mas também três grandes montadoras.
O presidente executivo da BMW, Oliver Zipse afirmou: “A votação de hoje é um sinal fatal para a indústria automotiva europeia (…). O que é necessário agora é um acordo rápido entre a Comissão Europeia e a China para evitar um conflito comercial do qual ninguém ganha. O fato de a Alemanha ter votado contra as tarifas é um sinal importante e aumenta as chances de um acordo negociado”.
Enquanto isso a Mercedes também descreveu essa medida como um “erro”, propondo que a Comissão Europeia adie sua implementação para permitir que as negociações continuem. Já a Volkswagen, segundo a Reuters, observa que a VW também se opõe ao aumento das tarifas para até 45% e pediu que as autoridades encontrem uma “solução política”.
Esse posicionamento de gigantes do mundo automotivo não é simplesmente de bom grado, já que isso poderia prejudicar essas marcas. Caso as taxas tenham um aumento expressivo, as montadoras alemãs estão expostas a contramedidas da China e muitas expressaram preocupações sobre uma guerra comercial de retaliação.
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