Indústria automotiva

A Renault anunciou que a produção na fábrica de São José dos Pinhais (PR) está suspensa por tempo indeterminado por conta de uma greve. Os funcionários foram notificados em assembleia realizada nesta terça-feira (7) pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. A fábrica é responsável pela produção dos modelos Kwid, Stepway, Kardian, Oroch e Duster.

Recentemente, a marca confirmou que a produção do Stepway com motor 1.6 foi encerrada no local. O Kardian, mais recente lançamento da empresa, acabou ocupando essa faixa na linha da empresa.

Renault consegue liminar

A Renault diz ter sido pega de surpresa pela paralisação, uma vez que está conduzindo negociações para a renovação do Programa de Participação nos Resultados (PPR) e do Acordo Coletivo de Trabalho. Além disso, a marca francesa conseguiu uma no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região o fim da greve. Segundo a marca, foi determinado o retorno imediato ao trabalho, sob pena de multa diária pela Entidade representante dos trabalhadores.

Conforme apurado por Autoesporte, a cota de participação não foi aprovada pelos funcionários, que, insatisfeitos, optaram pela greve.

Renault Kardian na linha de produção de São José dos Pinhais — Foto: Divulgação
Renault Kardian na linha de produção de São José dos Pinhais — Foto: Divulgação

Em nota, a Renault diz estar disposta a dialogar com os trabalhadores de São José dos Pinhais para encerrar a paralisação e retomar as atividades. Veja o pronunciamento na íntegra ao final da matéria.

A paralisação ocorre cinco meses após a Renault ter anunciado investimento de R$ 2 bilhões para a produção de um SUV inédito com motor híbrido no Paraná. Este aporte faz parte do investimento total de R$ 5,1 bilhões até 2025.

Confira o pronunciamento da Renault:

“A Renault do Brasil informa que a paralisação iniciada em 7/05 foi recebida com surpresa, visto que as negociações para a renovação do PPR (Programa de Participação nos resultados) estavam em andamento e já havia datas pré-acordadas com o Sindicato para discussão dos demais itens do Acordo Coletivo de Trabalho. Além de não ter sido respeitado o prazo legal para aviso de greve.

A Renault do Brasil deu início ao processo de díssidio coletivo para continuidade das negociações e encerramento da paralisação.

A proposta da empresa contempla:

  • PPR (Programa de Participação nos resultados) 2024: valor total de R$ 25.000 com antecipação da 1ª parcela no valor de R$ 18.000
  • Data-base: INPC a ser aplicado em set/24
  • Vale-mercado: INPC a ser aplicado em set/24

Condições vinculadas à continuidade das ferramentas de flexibilidade e retomada da produção. O pagamento da antecipação do PPR ocorrerá em três dias úteis, após a aprovação em assembleia. Os demais itens serão aplicados no mês da data base (setembro).

A Renault do Brasil é reconhecida pelos colaboradores e pelo mercado como uma ótima empresa para trabalhar. Dentre os mais de 35 benefícios e ações de bem-estar oferecidos aos colaboradores, se destacam o maior PPR, o maior vale-mercado e o maior piso salarial para operadores de produção entre os fabricantes de veículos de passeio e comerciais leves no país.

A Renault do Brasil permanece aberta para dialogar.”

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