Honda terá 10 motos elétricas até 2025 e o primeiro lançamento será no final deste ano

Motocicletas correspondem a dois terços dos 30 milhões de veículos que a Honda vende por ano em todo o mundo. A marca enxerga potencial de crescimento, uma vez que muitas pessoas estão substituindo seus automóveis por motocicletas, não apenas pelo trânsito nas grandes cidades, mas também pela elevação nos preços.

O planejamento também inclui baterias intercambiáveis, já que as quatro gigantes japonesas (Honda, Suzuki, Kawasaki e Yamaha) selaram um acordo para padronizar suas motos. Dessa forma, um dono de uma moto Honda poderá parar em uma estação de troca e substituir sua bateria com outra da Kawasaki, por exemplo.

Este arranjo de baterias compartilhadas já existe no Brasil, mais precisamente em São Paulo, onde a Voltz instalou algumas estações de trocas para entregadores do iFood e outros usuários. Em todo o mundo, fabricantes correm para aumentar a oferta de modelos elétricos. Regiões como a União Europeia e o Reino Unido vão proibir a venda de veículos a combustão a partir de 2035.

Em julho, a Honda lançou a nova MS01, uma mobilete elétrica exclusiva para o mercado chinês. O chefe de design da Honda, Kenya Hara, desenhou a MS01 baseada em uma antiga bicicleta que fez muito sucesso na China e era vendida em uma franquia de supermercados. Essa é a origem da pintura preta e branca com muitas partes foscas, pois na cultura do minimalismo, o objetivo é que as cores não cansem os olhos.

Assim como a Mobylette, a Honda MS01 tem acelerador eletrônico e pedal assistido – portanto, o ciclista poderá escolher se prefere pedalar ou descansar as pernas. Apesar da simplicidade, se fosse vendido no Brasil, o modelo precisaria de emplacamento e CNH para conduzir.

A MS01 tem rodas aro 17 calçadas em pneus sem câmara, que segundo a Honda, são adequados para qualquer piso urbano. O motor de 400W permite velocidade máxima de 25 km/h. A bateria de 48V proporciona autonomia para rodar 65 km apenas no modo elétrico, sem pedalar. Segundo a Honda, um usuário padrão terá que recarregar a MS01 uma ou duas vezes na semana.

A MS01 está muito longe de chegar ao Brasil. Apenas 5 mil unidades serão vendidas, todas com foco no mercado chinês, pelo equivalente a R$ 4 mil. Isso a torna mais barata que a nossa Caloi Mobylette, que custa R$ 10 mil.

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