Mercado

Por Michelle Ferreira

Se a primeira coisa que você faz quando decide comprar um carro é visitar uma concessionária, está comprando da forma errada. No passado essa prática era comum, mas perdeu o sentido com tanta informação relevante na internet. Você (ainda) precisará ir até uma loja, mas há diversas coisas para fazer antes disso. A má notícia é que dá trabalho, porém você escolherá melhor e terá menos risco de perder dinheiro e se arrepender. Descubra o que é melhor para você: financiamento, consórcio ou carro por assinatura?

Liste as suas prioridades e desejos: um bom porta-malas é fundamental? Não abre mão de uma tela multimídia? Vai rodar muito? Consumo alto, nem pensar? Depois, defina um preço máximo, mas não pense só na parcela. Quanto mais caro um carro, maiores os custos.

Com os candidatos em mãos, seus preços e equipamentos, ligue para várias lojas e negocie com calma. Não tenha pressa: a pior compra é aquela feita por impulso. Anote o máximo de informações sobre os modelos escolhidos e coloque no papel todos os custos.

Se puder, faça até uma cotação com a seguradora. Visite algumas lojas, faça test drives e, depois de definir o modelo, escolha a forma de pagamento ideal para você.

Financiamento

O financiamento de carros é um dos mais baratos do Brasil — tem uma das menores taxas de juros do país. A taxa Selic é a taxa mãe do mercado. Sempre que a Selic aumenta, todas as taxas de juros praticadas no país também aumentam. Hoje ela está baixa, em torno de 2%. Isso joga a favor do financiamento, ou seja, o custo de pegar dinheiro emprestado está ainda menor. Mesmo assim, é importante dar a maior entrada possível e financiar no menor tempo que você conseguir para que a modalidade seja considerada vantajosa. Outro benefício do financiamento é ter o carro na garagem em poucos dias, o que é bom para quem tem pressa.

Vale lembrar que as lojas não podem cobrar TEB (Tarifa de Emissão de Boleto), TLA (Tarifa de Liquidação Antecipada), taxa de retorno e tarifa de análise de crédito. Outra dica é pedir para ver o CET (Custo Efetivo Total) antes de fechar negócio. Esse documento revela tudo o que você deverá pagar além do carro.

Consórcio

Comparado ao financiamento, o gasto é muito menor. O consórcio tem uma taxa fixa de administração, que tende a ser menor que os juros. Pode haver ainda outros custos, como uma porcentagem destinada a um fundo de reserva utilizado para cobrir possíveis perdas com inadimplência.

O consórcio não funciona para quem não pode esperar, mas é bom para aqueles que desejam fazer a troca programada do veículo. É indicado para quem quer trocar dentro de dois anos, por exemplo.

Quem contratar um consórcio terá de dar um lance, ou seja, pagar uma parte do valor, ou contar com a sorte para ser contemplado. Desistir de um também não é fácil: geralmente, você só recebe o dinheiro no final.

Carro por assinatura

Se colocar na ponta do lápis, alugar um carro na maioria das vezes sai mais caro do que comprar — é necessário fazer os cálculos antes de tomar essa decisão. Normalmente, isso só compensa se for um modelo mais barato, de entrada. Se você for rodar muito, também vale a pena calcular a quilometragem extra, já que as locadoras trabalham com um limite do quanto você pode andar e cobram pelo excedente. O carro não é seu, lembra?

Entretanto, alugar é boa opção para quem não quer ter dor de cabeça com burocracias. Já vem com seguro e impostos pagos. Você não precisa nem levar o carro para fazer revisões. Também dá para trocar de carro sem culpa, sem pensar na desvalorização nem se preocupar se fará bom negócio na troca do usado.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Mais recente Próxima Tesla investe US$ 1,5 bi em Bitcoins e Elon Musk quer que você compre carros com criptomoeda
Mais da Autoesporte