Mercedes raro que foi de Ayrton Senna é inundado por enchentes no RS

As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul afetaram milhares de carros, incluindo algumas relíquias. Entre elas, uma chamou a atenção: um raro Mercedes-Benz 600 SL 1993 que foi de Ayrton Senna e estava fazendo reparos na FuelTech, empresa especializada em injeção eletrônica sediada na capital, Porto Alegre, que teve a sua sede invadida pela água durante a fase mais aguda das chuvas.

Segundo Leonardo Fontolan, CEO da FuelTech, o carro é de um amigo colecionador, que havia deixado o carro na empresa duas semanas antes da enchente. “Ele deixou conosco para que pudéssemos fazer [o veículo] voltar a andar, pois estava sem os módulos [de injeção] originais”, explica o executivo.

Com a água já baixando, o Mercedes deixou de estar submersos e, agora, os danos estão sendo calculados pela empresa. “Já estamos vendo o que será necessário para recuperar todos os carros”, afirma Fontolan. A FuelTech analisará nas próximas semanas quais itens terá de restaurar no carro.

Segundo ele, além da Mercedes, há um BMW, os carros da empresa — um Chevrolet Celta e um Fiat Doblò —, um Chevrolet Chevette e um Volkswagen Up! submersos no local. Estes últimos fazem parte de um novo projeto de eletrificação da empresa, que se especializou em converter veículos a combustão em elétricos.

“Conseguimos salvar um DeLorean raríssimo e uma Ferrari F355 do meu sócio, Anderson Dick, que conseguimos colocar no elevador”, conta o CEO. Além desses dois, outros carros foram retirados a tempo, como um Volkswagen Gol e um Volkswagen Fusca, ambos transformados em carros elétricos.

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Como é a Mercedes SL 600 que foi de Ayrton Senna

Fontolan conta em seu Instagram que esta unidade do Mercedes 600 SL foi importado pela marca para presentear o tricampeão de Fórmula 1. A placa, CSE 8888 foi especialmente escolhida para significar Campeão Senna, com a lembrança do primeiro título em 1988.

O 600 SL é equipado com um motor V12 6.0 a gasolina com 394 cv de potência e 58 kgfm de torque. Para chegar aos 100 km/h, o conversível de Senna demorava 6,1 segundos, de acordo com o fabricante. A velocidade máxima é limitada a 250 km/h.