No presente, criamos produtos, tecnologias, prédios, automóveis, roupas, alimentos… Criamos de tudo o tempo todo num modo de “piloto automático” em que pouco paramos para pensar sobre qual legado estamos criando coletivamente como sociedade e quais mudanças estão acontecendo – nos nossos hábitos, nossa maneira de comprar, de nos locomover, de criar, de trabalhar, de viver – enquanto estamos vivendo nossas vidas a 100km/h. Vivendo nessa intensidade e velocidade extrema, criamos uma geração de pessoas ansiosas – lembrando que a ansiedade é sempre sobre o futuro, a incerteza, a insegurança, a falta de controle dessa salada toda. A curiosidade, porém, é humana. O ser humano sempre estará curioso pelo futuro. Vai em cartomantes, consulta tarólogos, lê horóscopo, faz oração… É natural querer conhecer o futuro porque ele é um grande ponto de interrogação. Mas, tenho uma opinião muito particular: acredito que é da nossa natureza querer conhecer o futuro, minimamente que seja, porque isso nos ajuda a moldar o presente que buscamos. Da mesma forma que o presente constrói o futuro, a nossa projeção de futuro nos ajuda a propor coisas novas ao nosso agora. |