Um auxiliar de farmácia de 23 anos foi preso após ser flagrado por policiais militares levando R$ 28 mil em medicamentos de alto custo, supostamente furtados do hospital Beneficência Portuguesa, por volta das 19h desta terça-feira (13), na Bela Vista (centro da capital paulista). O medicamento é usado em pacientes com câncer.
Segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), o suspeito foi libertado nesta quarta-feira (14), após audiência de custódia. A defesa dele não foi encontrada até a publicação desta reportagem.
O coordenador de segurança do hospital afirmou, em depoimento à polícia, que em datas anteriores já haviam sido identificados furtos de medicamentos de alto custo na farmácia da unidade. Por isso, a equipe de segurança ficou atenta a novos casos. Não foram informados quantos furtos já haviam ocorrido na unidade.
Nesta terça, acrescentou o coordenador, foi identificado o desaparecimento de quatro remédios, avaliados em R$ 7 mil cada, durante o expediente do auxiliar de farmácia. Por isso, procuraram pelo suspeito, que já estava na rua, momento em que policiais militares que passaram pelo local foram acionados.
Segundo vídeo feito pela PM, as quatro caixas de medicamentos foram encontradas dentro da mochila do funcionário do hospital. Ele argumenta, segundo as imagens, ser a primeira vez que desvia remédios, os quais pretendia vender por R$ 1.000 cada.
O suspeito, porém, não informou se já havia compradores para os medicamentos. Ele foi preso em flagrante e levado ao 78º DP (Jardins), onde o caso foi registrado como furto.
Em audiência de custódia, nesta quarta, o auxiliar foi liberado pela Justiça, para responder ao caso em liberdade. Porém, segundo o TJ-SP, o homem precisará justificar mensalmente suas atividades, além de manter seu endereço atualizado, enquanto o caso estiver em andamento. Ele também está proibido de permanecer na rua das 22h às 6h, "sob pena de revogação do benefício e imediato recolhimento à prisão", diz trecho de nota.
Também em nota, a Beneficência Portuguesa afirmou apurar o caso internamente. "Nenhum paciente da instituição sofreu qualquer impacto em seu tratamento por conta do ocorrido", afirmou a instituição.
O hospital não informou quais medidas já tomou e irá tomar com relação ao funcionário preso.
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