A comerciante Beatriz de Espíndola Fermino Calado, 32 anos, foi encontrada morta a facadas sobre a sua cama, por volta das 10h30 de quarta-feira (19), no bairro Raposo Tavares (zona oeste da capital paulista).
O companheiro dela, um comerciante de 39 anos, é o principal suspeito pelo crime, segundo a polícia. Ele não havia sido localizado até a publicação desta reportagem.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), o suspeito teria esfaqueado Beatriz na sala, de onde arrastou o corpo dela até o quarto e colocou sobre a cama. Ela foi esfaqueada no rosto e também nas costas.
Ainda de acordo com a polícia, o suspeito teria retirado a bermuda que usou no crime, encontrada manchada de sangue na casa, e também deixado a faca supostamente usada no crime na residência.
Os pais de Beatriz afirmaram em depoimento que o genro os procurou por volta das 7h de quarta, afirmando que havia brigado com a mulher e que precisava pegar algumas roupas na casa dos sogros para viajar.
Após o suspeito se retirar, eles ficaram desconfiados e tentaram ligar para Beatriz, que não atendeu o telefone. Por conta disso, eles ligaram para a Polícia Militar, que foi até a casa da vítima, onde foi encontrada morta.
Segundo vizinhos e familiares, o casal estava junto há cerca de um ano e meio. Ambos costumavam beber com frequência e brigar, por conta de ciúmes. Eles também eram sócios em um bar na região do Butantã, também na zona oeste.
A polícia investiga o que teria motivado o crime, que foi registrado como feminicídio (quando a vítima é morta por ser mulher).
Feminicídios crescem na capital e no estado de SP
Os feminicídios aumentaram na capital paulista e no estado de São Paulo, respectivamente, 51,7% e 33,8%. Os dados são da SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB).
Foram 29 casos na capital em 2018 e 44 no ano passado. Já no estado foram registradas 136 ocorrência em 2018 e 182 em 2019.
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