Rodrigo de M�llo Brito, 26, sempre diz: "Cada um tem um papel". O dele � articular profissionais que trabalham para fortalecer o empreendedorismo em comunidades urbanas e rurais de baixa renda.

Quando come�a uma frase, o diretor-presidente da Alian�a Empreendedora, de Curitiba, n�o diz "eu", e sim "a gente". "Cada um � empreendedor de si mesmo para todos", filosofa sobre os valores da entidade.

A Alian�a une cinco �reas de aux�lio ao empreendedor, chamadas de acessos: conhecimento, capital, tecnologia e infra-estrutura, comercializa��o e cidadania e prote��o social.

"O objetivo � ser menos uma organiza��o e mais uma id�ia, uma uni�o de pessoas que fazem juntas o que n�o conseguiriam sozinhas", diz Rodrigo.

Cada um teve seu papel na forma��o desse empreendedor social. O pai, Piragibe, saiu do Rio Grande do Norte para fazer a vida como empreendedor em Curitiba. No processo, ajudou outras pessoas a construir seus pr�prios neg�cios.

A m�e, Mary Nilze, � professora da rede p�blica. Juntos, os pais instigaram os maiores gostos do filho: trabalhar e ler.

Mas o maior direcionamento para o empreendedorismo social foi o trabalho na JR Consultoria, empresa j�nior da Universidade Federal do Paran� de que Rodrigo foi diretor enquanto estudava administra��o."O meu cunho social veio antes, pela fam�lia, mas a faculdade foi a grande fa�sca disso."

los refor�ados
A id�ia da Alian�a Empreendedora, que nasceu em 2005, foi maturada com base em organiza��es que focam jovens. Mas a atua��o foi extrapolada para empreendedores e comunidades de todas as idades.

Rodrigo reconhece que n�o ficar� � frente da Alian�a para sempre. Quer continuar na linha de inclus�o econ�mica e com escala cada vez maior.

Para isso, refor�a o papel de cada um na corrente. Nas poucas vezes em que usa a primeira pessoa do singular, � para ressaltar sua atitude de agregador e provocador. "O que � a minha cara � a cultura de estimular que cada um crie seu espa�o."

Assim, constr�i mais um elo em dire��o a fazer da economia um lugar para todos. "Que a Alian�a seja um ecossistema, um ambiente de inclus�o em qualquer lugar. A id�ia n�o � s� ensinar a pescar, � ajudar a montar a peixaria", resume.

"Antes, macarr�o com massa de tomate a gente s� comia quando podia. Carne assada era um susto quando 'acontecia'." - IRACI DO CARMO DE ANDRADE, 29, benefici�ria da Alian�a Empreendedora