Nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a Folha e mais 15 veículos de comunicação de países como Afeganistão, Alemanha, Japão, Líbano e Suíça publicam reportagens que abordam os desafios em torno da desigualdade de gênero no mundo todo.
As reportagens fazem parte do projeto "Towards Equality" (Rumo à Igualdade), capitaneado pela criadora de conteúdo de origem francesa Sparknews.
Os jornais que fazem parte do programa produzirão reportagens relacionadas ao tema e publicarão textos traduzidos dos outros parceiros. Os assuntos escolhidos pela Folha abordam educação sexual nas escolas à violência contra a mulher.
Abaixo, o manifesto da coalização de mídia:
Igualdade de gênero, uma responsabilidade que todos compartilhamos
Quase 90% das pessoas têm pelo menos um viés de gênero baseado em normas sociais. Esse percentual, de um estudo global do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, mal mudou ao longo dos últimos dez anos.
Os preconceitos contra as mulheres permeiam todas as áreas de nossas vidas —desde coisas aparentemente triviais, tal como nos vestimos ou como falamos, até questões mais importantes, como quem tem o direito de governar um país ou até quem merece acesso a direitos humanos fundamentais. Eles são tão enraizados que pode ser difícil reconhecê-los em nós mesmos e nos outros. E quando o fazemos, apontá-los individualmente pode rapidamente levar a discussões e conflitos, o que só aprofunda a divisão de gênero. Vemos isso acontecer todos os dias online. Então, como podemos reduzir a lacuna?
A mídia pode desempenhar um papel importante. Não é surpresa que os preconceitos baseados em gênero também apareçam no jornalismo, impactando quais histórias são contadas e como. E embora a mudança não possa acontecer da noite para o dia, é importante levar em consideração como as normas sociais de gênero influenciam a cobertura de notícias e tentar combater concepções errôneas e simplificações excessivas.
Para marcar o Dia Internacional da Mulher deste ano, nos unimos à Sparknews e a 16 veículos de notícias de todo o mundo para trazer a você uma visão internacional de como é o mundo para meninas e mulheres em 2024.
Por meio dessa colaboração, pretendemos abordar alguns dos obstáculos que ainda obstruem o caminho para a igualdade de gênero, mas também para destacar as mulheres, homens, ONGs, movimentos cidadãos e políticas que estão enfrentando a lacuna de gênero em diferentes níveis.
Esperamos que conectar as histórias de veículos de mídia no Afeganistão, na Argentina, no Brasil, na França, na Alemanha, no Japão, no Quênia, no Líbano, no Marrocos, na Nigéria, na Espanha, na Suíça e nos Estados Unidos ajude a ver o quadro geral. A igualdade de gênero não é apenas uma questão das mulheres, é uma prioridade para todos nós, globalmente. Se quisermos criar um mundo melhor, não pode ser um mundo com preconceitos.
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