O procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, encaminhou nesta segunda-feira (21) ofício ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) afirmando não ter interesse em concorrer à promoção dentro da instituição no momento.
Ele poderia disputar, caso não recusasse, uma das dez vagas em aberto nas Procuradorias Regionais da República —nove em Brasília e uma em Porto Alegre. Com o desinteresse, Deltan deve permanecer no posto atual, na capital paranaense.
Em nota, o Ministério Público Federal no Paraná informou que Deltan tomou a decisão após conversar com os demais procuradores da força-tarefa e por conta de "aspectos pessoais e profissionais".
O Conselho Superior estipula regras de promoção dos seus membros por critérios de merecimento e antiguidade. Os nomes para ocupar as vagas devem ser decididos no próximo dia 5 de novembro. Os membros tinham até esta segunda para apresentar recusa aos postos.
Deltan coordena o grupo da Lava Jato em Curitiba há cinco anos.
A promoção —e consequente saída da Lava Jato— poderia ser um escape para o procurador, cada vez mais pressionado na função, desde o vazamento de mensagens do aplicativo Telegram obtidas pelo site The Intercept Brasil, que geraram reportagens em parceria com outros veículos, como a Folha.
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