Fernando Haddad (PT) cresce nas pesquisas. Jair Bolsonaro (PSL) intensifica ataques contra o petista, que prefere apresentar propostas. Em poucos dias, é Bolsonaro que passa a subir na intenção de voto, deixando o rival com rejeição maior.
Esse foi o resumo das estratégias dos candidatos nos últimos sete dias, aponta o GPS Eleitoral, sistema criado pela Folha de monitoramento semanal das campanhas.
A análise publicada nesta quinta (4) abrange período que começa no último dia 27.
No dia 28, o Datafolha apontava crescimento de Haddad de seis pontos na corrida e estagnação de Bolsonaro.
A campanha do candidato mudou a estratégia e elevou os ataques a Haddad e à esquerda ao assunto mais presente em seus vídeos publicados no YouTube (24,8% das menções).
Essas críticas não estavam nem entre os cinco tópicos mais citados na semana anterior. Naquele período, liderou o que Bolsonaro chama de "kit gay" —material sobre diversidade que seria distribuído às escolas quando Haddad era ministro da Educação.
Nesta semana, o assunto permaneceu entre os mais citados por Bolsonaro (4º).
Nestes últimos sete dias, a campanha de Haddad priorizou propostas sobre emprego/educação e segurança.
O movimento de ataque mais intenso de Bolsonaro, sem reação direta de Haddad, pode ajudar a explicar o resultado das pesquisas divulgado nesta semana.
No Datafolha da última terça (2), o candidato do PSL subiu quatro pontos e foi a 32%.
Haddad oscilou de 22% para 21%, e sua rejeição aumentou de 32% para 41%.
Divulgados os resultados das pesquisas, a campanha petista decidiu aumentar as críticas ao rival, o que ainda não foi captado pela ferramenta de monitoramento.
O GPS Eleitoral faz a transcrição de todos os vídeos publicados pelas campanhas em seus canais oficiais. Também analisa os programas eleitorais obrigatórios na TV.
Nestes últimos sete dias, foram avaliadas 4 horas de vídeos, que foram convertidas em 38,5 mil palavras.
Modelo estatístico analisa o material e aponta os temas mais citados pelos candidatos.
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