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Estádio do Parque do Peão precisa de sistema de drenagem
Chuva atípica transformou a arena projetada por Oscar Niemeyer em lamaçal na 1� semana da festa
MARCELO TOLEDO
EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA RIBEIRÃO
O que até então era uma das
principais atrações se transformou em preocupação para a organização da tradicional Festa
do Peão de Boiadeiro de Barretos. O estádio de rodeios, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer na década de 80, precisa
de um sistema de drenagem,
para que não se transforme no
lamaçal que afastou parte do
público da festa deste ano, na
primeira semana de agosto.
O problema foi "percebido"
porque tradicionalmente agosto é um mês seco, o que não
ocorreu neste ano. Segundo a
Defesa Civil do Estado, a cidade
teve 62,4 milímetros de chuva
em agosto, dos quais 44,8 entre
20 e 24 de agosto, primeiro final de semana do evento -a
média histórica do mês em Barretos é de 12,7 milímetros.
A chuva transformou a área
destinada aos rodeios num lamaçal, o que impediu, por
exemplo, que os fãs se aproximassem do palco no show de
Roberto Carlos, a principal
atração da festa deste ano.
"É preciso melhorar a drenagem do estádio. Se tivermos
chuva numa sexta, atrapalha o
sábado, que é o principal dia da
festa", afirmou o publicitário
Marcos Murta, novo presidente de Os Independentes, entidade realizadora da festa.
A organização não tem ideia
do custo do projeto, mas sabe
que ele terá de sair para que o
evento não fique comprometido -neste ano, com a chuva, a
festa foi "salva" financeiramente com cerca de R$ 2 milhões
em emendas liberadas por deputados.
"Há um sistema em que a escavação é feita a partir de dois
pontos delimitados, sem que
seja necessário escavar a área
toda", disse Murta. O sistema é
defendido também por Mussa
Calil Neto, vice-prefeito de
Barretos e ex-presidente de Os
Independentes.
Foi na gestão de Calil que o
Parque do Peão, área de 2 milhões de m2 que sedia o evento,
foi inaugurado, em 1985.
A falta de drenagem não é o
único no estádio de rodeios, na
avaliação de Calil Neto. Ele vê
os camarotes como uma descaracterização do espaço projetado por Niemeyer, em formato
de ferradura.
"Os camarotes da Brahma e
da JBS-Friboi não fazem parte
do projeto original. É preciso
ter a configuração do que foi
projetado", disse.
Exceto esses dois, os outros
camarotes são desmontáveis, o
que também contraria a planta
do centenário arquiteto.
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