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Metropolitan exibe feminilidade
de vestidos de Christian Dior
CLÁUDIA TREVISAN
de Nova York
"Christian Dior", em exibição
no museu Metropolitan de Nova
York, reúne cerca de 80 criações
do estilista francês realizadas entre
1947 e 1957, ano de sua morte.
No dia 12 de fevereiro de 1947,
Dior assombrou o mundo da alta
costura com uma coleção apresentada em Paris. Sugestivamente, a
coleção foi chamada de "New
Look" pela imprensa mundial.
Nela, Dior estabeleceu seu ideal
de feminilidade: resgatou a cintura
marcada, a silhueta estruturada, o
uso generoso de tecidos e a saia
quase longa, na altura da canela.
Nos dez anos seguintes, Dior foi
considerado o estilista mais influente da alta costura.
É esse período que está retratado
na mostra do Metropolitan, que
termina no dia 23 de março.
Glamour
As criações de Dior são glamourosas e extremamente femininas.
``Nossa civilização é um luxo e nós
a estamos defendendo'' foi uma
das frases de Dior para justificar
seu trabalho.
Outra característica das criações
de Dior é o uso de conceitos masculinos em roupas para mulheres.
Em 1949, por exemplo, o estilista
utilizou elementos do smoking para desenhar um vestido de noite
em lã preta marcado por uma faixa
de seda drapeada na cintura.
A inspiração masculina está presente em várias outras peças da
mostra do Metropolitan.
O conjunto ``Bar'' (no sentido de
corte de Justiça) é outro clássico da
mostra. A peça tem os elementos
básicos apresentados por Dior em
seu ``New Look'': cintura marcada, silhueta estruturada e saia ampla e quase longa.
Celebridades
Na opinião dos curadores da
mostra, Richard Martin e Harold
Koda, a sofisticação e opulência de
Dior eram irresistíveis na cultura
pós-Segunda Guerra Mundial.
As peças da mostra são todas originais e muitas delas foram desenhadas para celebridades.
Eva Péron, mulher do ditador argentino Juan Domingo Perón,
possuiu quatro costumes que estão no Metropolitan. Todos de
noite, com saias amplas e bordados elaborados.
Dois outros vestidos foram desenhados para atriz alemã Marlene
Dietrich. A mostra inclui ainda um
conjunto cinza desenhado para a
atriz sueca Ingrid Bergman.
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