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Duelo pós-Parmalat pode redimir time
DA REPORTAGEM LOCAL
Órfãos da Parmalat, Palmeiras e
Juventude duelam hoje em condições totalmente diferentes do
tempo em que tinham o respaldo
financeiro da empresa italiana.
Naquela época (de 1992 a 2000),
palmeirenses desfilavam estrelas
e encabeçavam a lista de favoritos.
Em oito anos de co-gestão, 11 títulos, o último, a Copa dos Campeões, ganho no ano em que a
parceria acabou -são 27 meses
de ""fila", maior período sem títulos desde a chegada da Parmalat.
Paralelamente os gaúchos experimentavam o maior crescimento
de sua história com os milhões da
empresa. Chegaram à divisão de
elite e ganharam o Estadual em
1998 e a Copa do Brasil em 1999.
Devido às suas limitações, o Juventude lutou para se manter na
primeira divisão, não pelo título
-a melhor posição foi oitavo lugar (97). Mas neste ano o clube está na primeira colocação, e o Palmeiras, na zona de rebaixamento.
José Carlos Brunoro, homem-forte da Parmalat na parceria com
Palmeiras e Juventude, diz que
ainda mantém laços com o time
gaúcho, mas não com o paulista.
"Implantei a co-gestão nos dois
clubes. Hoje conheço mais a situação do Juventude. Mesmo
após a saída da Parmalat, eles me
ligam sempre, trocam idéias. Lá
continua o projeto a longo prazo
que começou em 94. Investiram
nas equipes de base, ampliaram o
estádio, construíram CT com seis
campos. Dirigentes do Palmeiras,
após a Parmalat, quiseram tocar o
clube por eles mesmos", disse.
Mesmo com só 15 pontos em 17
jogos, o técnico Levir Culpi não
está preocupado com o rebaixamento, e, sim, com a classificação.
"Aprendi que você tem que alimentar esperanças. Se temos instrumentos para conseguir os objetivos, por que não ser otimista?
Quero passar isso aos jogadores."
Os jogadores não pensam assim. Muñoz, que volta ao time, diz
que "não dá para fugir da realidade". "Estamos mais para o lado
ruim [rebaixamento] do que para
o bom [classificação"", disse ele,
que deve atuar com Itamar.
Sem Alexandre, suspenso, Culpi
deve alterar o esquema 3-5-2 que
vinha usando e escalar só dois zagueiros -César e Marco Aurélio.
O Juventude deve mudar o ataque. Edmílson, que marcou na
Lusa, será titular.
(EAR E RBU)
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