São Paulo, sábado, 12 de outubro de 2002

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Duelo pós-Parmalat pode redimir time

DA REPORTAGEM LOCAL

Órfãos da Parmalat, Palmeiras e Juventude duelam hoje em condições totalmente diferentes do tempo em que tinham o respaldo financeiro da empresa italiana.
Naquela época (de 1992 a 2000), palmeirenses desfilavam estrelas e encabeçavam a lista de favoritos. Em oito anos de co-gestão, 11 títulos, o último, a Copa dos Campeões, ganho no ano em que a parceria acabou -são 27 meses de ""fila", maior período sem títulos desde a chegada da Parmalat.
Paralelamente os gaúchos experimentavam o maior crescimento de sua história com os milhões da empresa. Chegaram à divisão de elite e ganharam o Estadual em 1998 e a Copa do Brasil em 1999.
Devido às suas limitações, o Juventude lutou para se manter na primeira divisão, não pelo título -a melhor posição foi oitavo lugar (97). Mas neste ano o clube está na primeira colocação, e o Palmeiras, na zona de rebaixamento.
José Carlos Brunoro, homem-forte da Parmalat na parceria com Palmeiras e Juventude, diz que ainda mantém laços com o time gaúcho, mas não com o paulista.
"Implantei a co-gestão nos dois clubes. Hoje conheço mais a situação do Juventude. Mesmo após a saída da Parmalat, eles me ligam sempre, trocam idéias. Lá continua o projeto a longo prazo que começou em 94. Investiram nas equipes de base, ampliaram o estádio, construíram CT com seis campos. Dirigentes do Palmeiras, após a Parmalat, quiseram tocar o clube por eles mesmos", disse.
Mesmo com só 15 pontos em 17 jogos, o técnico Levir Culpi não está preocupado com o rebaixamento, e, sim, com a classificação. "Aprendi que você tem que alimentar esperanças. Se temos instrumentos para conseguir os objetivos, por que não ser otimista? Quero passar isso aos jogadores."
Os jogadores não pensam assim. Muñoz, que volta ao time, diz que "não dá para fugir da realidade". "Estamos mais para o lado ruim [rebaixamento] do que para o bom [classificação"", disse ele, que deve atuar com Itamar.
Sem Alexandre, suspenso, Culpi deve alterar o esquema 3-5-2 que vinha usando e escalar só dois zagueiros -César e Marco Aurélio. O Juventude deve mudar o ataque. Edmílson, que marcou na Lusa, será titular. (EAR E RBU)



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