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Nem erro de juiz evita fiasco do Corinthians
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem a ajuda do juiz Wilson
Luiz Seneme evitou a derrota do
Corinthians para a Ponte Preta
por 2 a 1, ontem, em Campinas.
Ele errou ao anotar um pênalti
inexistente de Angelo em Coelho,
aos 18min da etapa final.
Rogério, que entrou em campo
uma semana após a morte de um
de seus irmãos, cobrou para fora.
A derrota tirou os corintianos,
que começaram a rodada no
quarto lugar do Grupo 1, da zona
de classificação para a próxima fase do Campeonato Paulista.
Com oito pontos, a equipe está
na sétima posição, com dois pontos de vantagem sobre o Sorocaba, lanterna da chave. Os quatro
primeiros avançam e o último de
cada grupo será rebaixado.
Essa foi a primeira derrota do
técnico Oswaldo de Oliveira em
sua volta ao clube e a terceira do
time em sete jogos no Estadual.
Em sua estréia, o Corinthians
venceu o Juventus por 3 a 2, na última quinta-feira.
O time de Campinas manteve-se invicto e na vice-liderança da
chave, com 13 pontos.
Os gols da Ponte foram marcados por André Cunha e Weldon.
Cunha fez primeiro, aos 46min
da etapa inicial, com um belo chute de fora da área no ângulo esquerdo de Fábio Costa.
Weldon ampliou a vantagem,
aos 37min do segundo tempo,
num contra-ataque, tocando na
saída do goleiro Fábio Costa.
A equipe da casa poderia ter
marcado antes. Aos 15min da etapa inicial, Fábio Costa defendeu
pênalti cobrado por Anselmo.
O gol corintiano aconteceu só
aos 43 minutos do segundo tempo. O lateral Fininho fez jogada
individual pela esquerda e chutou
para balançar a rede.
Oliveira apostou numa formação com três volantes (Fabrício,
Rogério e Rincón), nenhum armador e três atacantes (Édson
Araújo, Wilson e Gil).
Esse sistema ajudou a derrubar
seu antecessor, Juninho, que escalara o time dessa forma na vitória
por 2 a 0 sobre o Botafogo-PB.
Naquela ocasião, os gols saíram
depois que o sistema foi mudado.
Jogadores e dirigentes criticaram
Juninho, aumentando a pressão
sobre ele, que foi demitido só depois da derrota para o São Paulo.
Ontem, o trio de volantes teve o
mesmo problema da partida na
Paraíba: dificuldade na armação.
Sem a ajuda de um especialista
na função, os atacantes não recebiam a bola. Deslocado para o
meio-campo, o lateral-direito Rogério tinha a função de criar as jogadas, mas Fabrício foi o mais
acionado da equipe. Ele recebeu
47 bolas dos companheiros.
Sem outra opção, os corintianos
tentaram as finalizações de fora
da área. No primeiro tempo foram quatro arremates, três deles
de longe. Mas faltou pontaria. O
goleiro Lauro fez só uma defesa
nessa etapa, contra três de Fábio
Costa, uma delas na cobrança de
pênalti. O time da casa fez sete finalizações na etapa inicial.
A derrota também foi o primeiro golpe na estratégia adotada por
Oliveira de dar espaço aos atletas
que fracassaram com o time no
Brasileiro-03, principalmente os
jovens, e deixar em segundo plano os 13 atletas contratados pela
diretoria para a temporada.
Fábio Costa, Valdson, Rincón e
Edson Araújo foram os únicos
dos atletas que chegaram neste
ano escalados para começar o jogo em Campinas. Porém Araújo
saiu na volta do intervalo, para a
entrada do atacante Jô, outro jogador revelado no clube e que
atuara no ano passado.
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