São Paulo, segunda-feira, 01 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Nem erro de juiz evita fiasco do Corinthians

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem a ajuda do juiz Wilson Luiz Seneme evitou a derrota do Corinthians para a Ponte Preta por 2 a 1, ontem, em Campinas.
Ele errou ao anotar um pênalti inexistente de Angelo em Coelho, aos 18min da etapa final.
Rogério, que entrou em campo uma semana após a morte de um de seus irmãos, cobrou para fora.
A derrota tirou os corintianos, que começaram a rodada no quarto lugar do Grupo 1, da zona de classificação para a próxima fase do Campeonato Paulista.
Com oito pontos, a equipe está na sétima posição, com dois pontos de vantagem sobre o Sorocaba, lanterna da chave. Os quatro primeiros avançam e o último de cada grupo será rebaixado.
Essa foi a primeira derrota do técnico Oswaldo de Oliveira em sua volta ao clube e a terceira do time em sete jogos no Estadual.
Em sua estréia, o Corinthians venceu o Juventus por 3 a 2, na última quinta-feira.
O time de Campinas manteve-se invicto e na vice-liderança da chave, com 13 pontos.
Os gols da Ponte foram marcados por André Cunha e Weldon.
Cunha fez primeiro, aos 46min da etapa inicial, com um belo chute de fora da área no ângulo esquerdo de Fábio Costa.
Weldon ampliou a vantagem, aos 37min do segundo tempo, num contra-ataque, tocando na saída do goleiro Fábio Costa.
A equipe da casa poderia ter marcado antes. Aos 15min da etapa inicial, Fábio Costa defendeu pênalti cobrado por Anselmo.
O gol corintiano aconteceu só aos 43 minutos do segundo tempo. O lateral Fininho fez jogada individual pela esquerda e chutou para balançar a rede.
Oliveira apostou numa formação com três volantes (Fabrício, Rogério e Rincón), nenhum armador e três atacantes (Édson Araújo, Wilson e Gil).
Esse sistema ajudou a derrubar seu antecessor, Juninho, que escalara o time dessa forma na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo-PB. Naquela ocasião, os gols saíram depois que o sistema foi mudado. Jogadores e dirigentes criticaram Juninho, aumentando a pressão sobre ele, que foi demitido só depois da derrota para o São Paulo.
Ontem, o trio de volantes teve o mesmo problema da partida na Paraíba: dificuldade na armação.
Sem a ajuda de um especialista na função, os atacantes não recebiam a bola. Deslocado para o meio-campo, o lateral-direito Rogério tinha a função de criar as jogadas, mas Fabrício foi o mais acionado da equipe. Ele recebeu 47 bolas dos companheiros.
Sem outra opção, os corintianos tentaram as finalizações de fora da área. No primeiro tempo foram quatro arremates, três deles de longe. Mas faltou pontaria. O goleiro Lauro fez só uma defesa nessa etapa, contra três de Fábio Costa, uma delas na cobrança de pênalti. O time da casa fez sete finalizações na etapa inicial.
A derrota também foi o primeiro golpe na estratégia adotada por Oliveira de dar espaço aos atletas que fracassaram com o time no Brasileiro-03, principalmente os jovens, e deixar em segundo plano os 13 atletas contratados pela diretoria para a temporada.
Fábio Costa, Valdson, Rincón e Edson Araújo foram os únicos dos atletas que chegaram neste ano escalados para começar o jogo em Campinas. Porém Araújo saiu na volta do intervalo, para a entrada do atacante Jô, outro jogador revelado no clube e que atuara no ano passado.


Texto Anterior: Atletas fazem festa por vitória obtida no samba
Próximo Texto: Rincón leva 4� amarelo em 5 jogos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.