São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2010

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Aumento salarial é mais frequente que ascensão

Maioria dos ex-alunos obteve reajuste, que foi de 18,5%, em média

LARA SILBIGER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Entre quem fez a especialização, é mais comum receber incremento na remuneração -como 61% dos entrevistados pelo Datafolha- do que ser promovido (44%).
"Como o curso costuma ser feito por quem está em níveis mais altos da carreira, essa progressão horizontal acaba sendo uma evolução", afirma Fábio Mandarano, gerente de capital humano da consultoria Deloitte.
Willian Bull, líder da área de gestão de talentos e remuneração da Hewitt Associates, afirma que o reajuste é um modo de manter o funcionário no cargo e na função que desempenha bem.
Empresas que têm estruturas e quadros bem definidos limitam a margem de manobra vertical, que depende da criação de vagas, comenta Rosana Balote, superintendente de recursos humanos da Seguros Unimed.
"Aplicar o aumento é mais fácil porque já temos uma política de remuneração vinculada ao desenvolvimento do colaborador", explica.
Para 44% dos entrevistados, o curso contribuiu muito para ter aumento ou ser promovido. Mas, para as empresas, o título não basta.
"Olhamos também para performance em metas, experiência e capacidade de assumir funções mais complexas", afirma Mirella Ugolini, gerente de educação corporativa da Serasa Experian.

RETORNO RÁPIDO
Para a maioria dos ex-alunos beneficiados (56%), o aumento veio em até seis meses após o MBA, segundo o Datafolha. A celeridade se deve à iniciativa de reconhecer e reter o funcionário qualificado que conhece a cultura da empresa, avalia Irene Azevedo, professora de MBA da Brazilian Business School.
Ana Paula Milani, 35, trabalha com tecnologia da informação na Serasa Experian e fez a pós executiva.
Dois meses após o curso, teve aumento de 20% e passou da área de suporte técnico para a de projetos de testes e homologação. "O conhecimento foi se transformando em competências, como opiniões de maior valor para a companhia e participação em decisões estratégicas."


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