|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Armínio tira férias de
um dia e divulga nota
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em meio à crise que corrói o
real e faz o dólar bater níveis recordes, o presidente do Banco
Central, Armínio Fraga, tirou um
dia de férias ontem. Segundo a assessoria do BC, a folga estava planejada desde o início da semana
passada.
Formalmente, Armínio não trabalhou, tanto que as circulares
que regulamentaram as novas
medidas para conter a alta do dólar foram assinadas pela diretora
de Fiscalização do BC, Tereza
Grossi, que ocupou interinamente a presidência da instituição.
Pela manhã, Armínio divulgou
nota para explicar as declarações
que deu na última quarta-feira, na
polêmica entrevista concedida
em Brasília, quando disse que
"existem limites" para a atuação
do Banco Central.
De sua casa, no Rio, participou
por telefone da reunião de diretoria na qual foram decididas as medidas anunciadas ontem. Até o final da tarde esteve em contato
com os demais diretores da instituição. A folga de Armínio contribuiu para alimentar os boatos no
mercado de que ele estava demissionário, o que foi negado pela assessoria do BC.
Conta do recado
Na nota divulgada pela manhã,
às 10h, Armínio disse que foi mal-interpretado na conversa com os
jornalistas e que "o BC continuará
trabalhando como sempre trabalhou em momentos difíceis no
passado, dando conta do recado".
Na entrevista, convocada pelo
próprio Banco Central, Armínio,
num discurso marcado pelo tom
político, cobrou mais clareza do
presidenciável Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) em suas propostas políticas, sem no entanto mencioná-lo diretamente.
O presidente do BC chegou a dizer que "não é suficiente repetir
um discurso ou divulgar um comunicado" para acalmar o mercado financeiro.
Texto Anterior: Leia a íntegra do texto Próximo Texto: Para analistas, calmaria dura uma semana Índice
|