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Região da Paulista fica 5 horas sem energia
Rompimento de cabos subterrâneos causou apagão em trecho da avenida e de ruas no entorno, segundo a Eletropaulo
Trânsito ficou complicado com
semáforos desligados e
faculdade teve de suspender
aulas; governo diz que Procon
cobrará providências
ROGÉRIO PAGNAN
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
Parte da avenida Paulista e de
ruas do entorno -como Bela
Cintra, Frei Caneca, Haddock
Lobo e Campinas-, na região
central de SP, ficaram sem
energia elétrica ontem por mais
de cinco horas. Há uma semana,
uma série de miniapagões afetou vários bairros da capital.
O novo problema ocorreu, segundo a concessionária AES
Eletropaulo, por volta das 17h
com o rompimento de cabos da
rede subterrânea. A empresa
disse não saber explicar, até o
fechamento desta edição, o que
provocou o rompimento. Tinha
colocado, porém, 50 homens
para solucionar o problema.
O trânsito, normalmente
complicado nesse horário, piorou ainda mais com os semáforos desligados. Às 21h30, o congestionamento superava 2 km.
A universidade Anhembi Morumbi, na Paulista, suspendeu
as aulas. Alguns bares na região
funcionaram à luz de velas.
"As garrafas estão no gelo.
Não posso servir chope, café
nem suco", disse o gerente Marcos Henrique, 40, que estimou
uma redução em 40% do faturamento do bar na Augusta com a
rua Antônio Carlos.
Na semana passada, devido a
fortes chuvas, partes de ao menos 16 bairros -como Perdizes,
Santana e Pinheiros- ficaram
sem luz por mais de 24 horas.
Nesse caso, a empresa alegou
que suas equipes tiveram problemas para conseguir chegar
em alguns pontos em razão de
alagamentos e trânsito lento.
Afirmou ainda que algumas
árvores que caíram sobre a rede
demoraram a ser retiradas por
prefeitura e bombeiros.
Nesse primeiro incidente, o
governo de São Paulo ameaçou
multar a empresa. Ontem, voltou a se manifestar. "É lamentável que os cidadãos paulistanos tenham que passar por uma
situação de falta de energia elétrica de novo. Desta vez, parece
que não tem conexão com a
chuva. Então, a Eletropaulo deve novas explicações", disse o
secretário da Justiça, Luiz Antonio Marrey, em nota.
De acordo com ele, o Procon-SP vai cobrar providências. A
Eletropaulo não se manifestou.
A professora Estela Rocha,
que mora num prédio na esquina da Paulista com a Haddock
Lobo, diz ter pensado se tratar
de outro apagão no país todo.
"Da varanda dava para ver tudo
escuro, até próximo ao shopping Paulista", conta.
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