|
Próximo Texto | Índice
Painel
VERA MAGALH�ES - [email protected]
Vai que dá
Renan Calheiros (PMDB-AL) orientou sua tropa no
Conselho de Ética a não pedir vista nem apresentar
voto em separado ao pedido de cassação feito por Jefferson Péres (PDT-AM) no caso da suspeita de uso de
laranjas para comprar veículos de comunicação.
O sinal verde do presidente licenciado, que já havia
concordado com a intenção do interino Tião Viana
(PT-AC) de levar o processo ao plenário na próxima
quinta-feira, deve-se à aritmética: Renan estima ter
votos suficientes para escapar mais uma vez. Ele diz a
colegas que sabe como desmontar o relatório de Péres, em seu entender "fraco" e "não-conclusivo". Insistirá na tecla, martelada ontem pelo porta-voz Almeida Lima (PMDB-SE), de que a inelegibilidade por
15 anos equivaleria a uma "pena de morte política".
Chamada. O líder do PSDB,
Arthur Virgílio (AM), procurou um a um os tucanos titulares ou suplentes no Conselho de Ética e pediu que não
viajassem, para garantir quórum à votação dos processos
remanescentes contra Renan.
Sob nova direção. Na
primeira votação do Conselho
pós-licença de Renan, a secretária-geral da Mesa do Senado, Cláudia Lyra, que vinha
pilotando todas as reuniões
do órgão, não apareceu.
Miudezas. De Wellington
Salgado (PMDB-MG) para
Fátima Cleide (PT-RO), estimando o preço para aprovar a
CPMF no Senado: "Vai ter de
dar um asfaltinho aqui, um
chinelinho novo ali...".
Barreira. O governo se agarra ao fato de que o PSDB não
fechou questão contra a
CPMF para garimpar votos de
senadores do partido mais receptivos à negociação. Ciente
dessa zona de perigo, a ala tucana radical no combate ao
imposto bate o pé para que a
sigla oficialize o "não".
Recarregar. Dilma Rousseff, recentemente hospitalizada em razão de uma diverticulite, vai tirar dez dias de férias a partir de hoje. Por recomendação médica e também
de Lula, segundo quem a ministra da Casa Civil deve se
poupar e diminuir o ritmo.
A reboque. Só 15 dos 144
projetos que se tornaram lei
este ano foram de iniciativa
de deputados e senadores, diz
levantamento do PSOL.
O céu é o limite 1. As
emendas apresentadas pelos
deputados estaduais paulistas
ao Orçamento-2008 somam
quase R$ 53 bilhões, o equivalente a algo como 70% dos
gastos previstos na peça elaborada pelo Executivo (cerca
de R$ 76 bilhões, já descontadas as transferências constitucionais para os municípios).
O céu é o limite 2. O
maior beneficiário da bondade dos parlamentares é, disparado, o Tribunal de Justiça
de SP, que mereceu emendas
num total de mais de R$ 18 bilhões. O valor da suplementação reivindicada pelos deputados para o TJ-SP supera os
gastos previstos pelo Executivo para as secretarias da Saúde e da Segurança somadas.
Veteranos. O Supremo decidiu que só pode ser eleito
presidente de TJ um dos três
membros mais velhos do tribunal. Os outros dois devem
ocupar a vice e a corregedoria.
Vota e confirma. Marco
Aurélio Mello, presidente do
TSE, fala hoje no Chile sobre a
tecnologia da urna eletrônica
brasileira, dentro de conferência dos países da região a
respeito do processo eleitoral.
Cadeira vazia. Até adversários reconhecem que Ricardo Berzoini se deu bem ao evitar o debate em Salvador entre candidatos à presidência
do PT. Os concorrentes José
Eduardo Cardozo e Valter Pomar quase se engalfinharam.
Visita à Folha. João Carlos Duarte Paes, presidente da
Abifibro (Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Produtos de Fibrocimento) visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de
Roberta Provatti, da Yellow
Comunicação.
Tiroteio
"Os aliados na Câmara fizeram o que o governo
queria. A partir daí, alguém tem dúvida de
quais Estados e municípios serão beneficiados
pelos repasses do PAC no período eleitoral?"
Do deputado CARLOS SAMPAIO (PSDB-SP), sobre a aprovação da
medida provisória que permite ao governo liberar gastos do PAC durante a campanha de 2008 sem as restrições impostas pela legislação.
Contraponto
Trilha sonora
Na última reunião entre o ministro Guido Mantega e alguns senadores tucanos em busca de um acordo para
prorrogar a CPMF, as conversas foram interrompidas por
um intenso ruído de marretadas vindo do andar de cima.
O líder da bancada do PSDB, Arthur Virgílio, não perdeu a oportunidade de alfinetar o governo:
-Pelo jeito, o PAC aqui está a todo vapor.
O petista Aloizio Mercadante rebateu:
-Nada disso! Esse barulho todo foi encomendado pelos
outros senadores tucanos. Eles estão fazendo qualquer
negócio para azedar o clima das negociações...
Próximo Texto: Conselho condena Renan e outra cassação vai a plenário Índice
|