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Funcionários do BC fazem ato contra Armínio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Funcionários do Banco Central ligados ao PT e ao sindicato
que os representa divulgaram
ontem dois manifestos em "ato
de repúdio" a declarações dadas pelo presidente do BC, Armínio Fraga, na última quarta.
Cópias dos documentos foram distribuídas a quem passava em frente à sede do BC, em
Brasília. Organizadores da manifestação estimaram que 200
pessoas assistiram ao protesto.
Na entrevista, convocada pelo BC, Armínio cobrou do presidenciável Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), sem mencioná-lo
diretamente, que tornasse mais
claras suas propostas econômicas. Armínio deu a entender
que o mercado só se acalmaria
se Lula se manifestasse.
"Existe um clima de medo de
que não se vai prosseguir numa
trajetória de responsabilidade
fiscal e transparência, medo de
que não haverá um compromisso firme com a taxa de inflação baixa", disse Armínio.
Suas declarações, dadas logo
após almoço que teve com o
presidente Fernando Henrique
Cardoso e com o ministro Pedro Malan (Fazenda) no Palácio da Alvorada, soaram como
gesto político em favor do candidato do governo à Presidência, José Serra (PSDB).
José Ribamar Almeida, funcionário do BC, disse que Armínio fez papel de "moleque de
recados" do governo. "Queremos repudiar essa atitude, de
fazer terrorismo", discursou.
"Isso é terrorismo econômico para derrotar a classe operária, que vai chegar ao poder em
1� de janeiro", disse o deputado
distrital Paulo Tadeu (PT).
A assessoria do BC não se
manifestou sobre o assunto.
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