São Paulo, sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010 |
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Painel RENATA LO PRETE - [email protected] Cavalo de pau
Pouco antes de o STJ determinar a prisão de José
Roberto Arruda, estava em curso no Distrito Federal
uma operação para fazer o vice, Paulo Octávio, submergir. Com uma série de denúncias nas costas, o empresário fora orientado tanto por políticos quanto por
advogados a se manter longe do epicentro da crise. Tinha viagem marcada para os EUA. Sala vip. "PO" monitorou a prisão de Arruda a partir do escritório do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. De lá, falou mais de uma vez por telefone com o agora governador afastado. Afasta de mim. De um cardeal do DEM, sobre os caminhos abertos pela prisão de Arruda: "Para nós, o melhor seria a intervenção federal". Mais um. Piada instantânea ouvida ontem em Brasília: "o PMDB já está de olho no cargo de interventor". Íntimo... Um dos argumentos que embasaram o pedido de prisão feito pela Procuradoria Geral da República foi a proximidade de Arruda com os agentes da suposta tentativa de subornar Edson Sombra para atrapalhar as investigações sobre o mensalão candango. O secretário particular Rodrigo Arantes era tratado como filho do governador. ...e pessoal. Haroaldo Carvalho, diretor da Companhia Energética de Brasília, atuou como cabo eleitoral de Arruda, de quem é amigo desde os anos 80. Antonio Bento da Silva, preso na semana passada, também era da CEB. Churrasco. Em depoimento à PF, Bento se referiu a Haroaldo. Disse que, na ocasião do flagrante, estava "na festa de casamento de um amigo" no Porcão. Era o próprio. Deu pau. Segundo quem viu a nova leva de vídeos nas mãos dos procuradores, há cena de Márcio Machado, ex-secretário de Arruda, enchendo uma pasta de laptop com maços de dinheiro. Outro lado. Paulo Octávio nega ter levado Marcelo Toledo, suspeito de operar o mensalão candango, para uma conversa com Arruda. Remendo. De um petista que irá ao Sambódromo do Rio sobre o infortúnio da Beija-Flor, cujo enredo comemora os 50 anos de Brasília: "A escola será obrigada a improvisar uma ala dos panetones". De molho. Mas nem tudo é piada no PT-DF. Antes mesmo da prisão de Arruda, a candidatura do neopetista Agnelo Queiroz ao governo já fazia água. A recente e descontraída conversa com o gravador-geral Durval Barbosa ajudou a complicar a situação do ex-ministro do Esporte. Elo perdido. Quem aposta nas chances de Paulo Octávio se segurar no cargo alega que Durval teria interesse em preservar o agora governador, na tentativa de aproximá-lo de Joaquim Roriz (PSC). Esboços. Uma ala do DEM no DF flerta com a possibilidade de o secretário Alberto Fraga (Transportes) herdar o espólio eleitoral de Arruda, saindo candidato com Maria de Lourdes Abadia (PSDB) na chapa para o Senado. Seria um desenho de palanque para José Serra, cujo partido tem negociado com Roriz. Telhado. Candidata à reeleição no Pará, a governadora Ana Júlia Carepa (PT) anunciou ontem que doará a Granja do Icuí, residência oficial na qual ela não mora, para a construção de casas populares. "Faz muito mais sentido construir centenas de casas naquela imensa área." com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER Tiroteio Brasília sempre alegou como desculpa que os bandidos vinham de fora. Agora é humilhada, pois tem uma gangue inteira para exportar. De CHICO VIGILANTE (PT-DF), sobre a prisão do governador José Roberto Arruda e de outros envolvidos no mensalão candango. Contraponto Quem fala o que quer...
Em discurso ontem no Show Rural, feira realizada no
município paranaense de Cascavel, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, defendeu as realizações do governo federal para o setor agropecuário. Logo em seguida, o
governador Roberto Requião cutucou: |
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