S�o Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
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Saiba como funciona a bolsa de valores

. As Bolsas pelo mundo
Abertura dos preg�es pelo hor�rio de Bras�lia
Nova York - 10h30
T�quio - 21h
S�o Paulo - 10h
Londres - 4h

. Painel
O painel eletr�nico mostra "on line" as cota��es. As informa��es s�o jogadas no painel pela administra��o da Bolsa, que as recebe por meio dos boletos que os operadores preenchem a cada neg�cio realizado

. Tipos de investidores
Pequeno: Entra no mercado por meio dos fundos de renda vari�vel administrados por bancos ou corretoras. Mas tamb�m podem investir em pap�is espec�ficos, usando uma corretora como intermedi�ria. Nos �ltimos meses, muitos entraram na Bolsa, aumentando a demanda e inflando os pre�os

Especulador: Com bagagem na �rea, o especulador costuma entrar no jogo com bala para gastar, ou seja, com um saldo banc�rio capaz de absorver preju�zos, adiando a hora da sa�da at� que a mar� vire a seu favor. Aproveita as oscila��es, no curto prazo. Pode lucrar quando uma a��o sobe mas tamb�m quando cai

Institucional: S�o investidores de peso, os que possuem volumosos recursos e aplicam com regularidade. Como mant�m um fluxo relativamente constante de investimento, com perspectiva de longo prazo, d�o seguran�a e liquidez ao mercado

. Operador de preg�o
� o profissional que representa as corretoras, aquele que efetivamente fecha os neg�cios, no chamado preg�o "viva voz", ou seja, gritando ofertas de compra ou de venda. Cada roda de operadores negocia uma a��o. Pelo aparelho, recebe instru��es das corretoras: at� que o pre�o pode ir, quantas a��es deve negociar. Tamb�m abastece as corretoras com informa��es

. O dinheiro que entra*
- 24% Estrangeiros
Boa parte do f�lego das Bolsas brasileiras veio das aplica��es de fundos e investidores estrangeiros, que buscam mercados emergentes para lucrar mais. Nos �ltimos meses eles se retra�ram

- 41% Institui��es Financeiras
Administrados por bancos e corretoras, os fundos captam dinheiro do grande p�blico. a partir de R$ 500 uma pessoa pode participar do mercado de a��es adquirindo cotas de fundos

- 21% Investidores institucionais
Os principais s�o os fundos de pens�o de estatais, que investem os recursos em a��es, t�tulos p�blicos, im�veis etc. Seguradoras e bancos tamb�m aplicam parte de suas reservas na Bolsa

- 10% Investidor individual
Quem tem muito dinheiro para investir tamb�m monta carteira pr�pria de a��es por interm�dio de corretoras ou bancos (private banking). Hoje � dif�cil um s� investidor manipular o mercado como no passado

* Em junho

. O dinheiro que sai
- O dinheiro dos estrangeiros est� sempre saindo e entrando na Bolsa. Nos �ltimos meses, cresceram as sa�das. No primeiro semestre, o saldo l�quido ainda foi positivo em R$ 1,4 bilh�o

- Quando o cotista de um fundo de a��es tradicional ou carteira livre quer dinheiro na m�o, ordena o resgate de cotas. O fundo, para fazer dinheiro, tem de vender a��es

- Investidores institucionais (fundos de pens�o etc.) tamb�m vendem a��es para cobrir despesas (aposentadorias etc.), se reenquadrar nos limites legais ou realocar sua carteira de investimentos

- Da mesma forma que um cotista de fundo, o investidor individual tamb�m pode ordenar a venda de a��es para ter dinheiro vivo na m�o e cobrir alguma despesa ou destin�-lo para aplica��es de renda fixa (juros)

. Gloss�rio

A
A��es: T�tulos que representam parcela do capital social de uma empresa
A��o ordin�ria: Que d� direito de participar da assembl�ia de acionistas
A��o preferencial: Que tem prefer�ncia no recebimento de dividendos (lucro) da empresa
Alavancagem: Tentativa de uma institui��o financeira obter mais lucro com menos recursos
Andar de lado: Quando a Bolsa tem movimento fraco e os pre�os das a��es oscilam pouco

B
Bolsa de Valores: Entidade que organiza a negocia��o p�blica de a��es de empresas
Balan�o: Demonstrativo cont�bil da situa��o econ�mico-financeira de uma empresa
Bue chip: A��o que tem liquidez (a venda � f�cil), em geral de grandes empresas

C
Carteira de a��es: Conjunto de t�tulos que formam o investimento de uma pessoa f�sica ou jur�dica
Corretoras: Institui��es que fazem a intermedia��o da compra e da venda de a��es
Cota: Fra��o do patrim�nio de um fundo de investimento em a��es
CVM: Comiss�o de Valores Mobili�rios, �rg�o federal que regula e fiscaliza o mercado de a��es
Crack: Quando os pre�os das a��es em geral caem para n�veis muito baixos

D
Dividendo: Parcela dos lucros de uma empresa, distribu�da aos acionistas na propor��o da quantidade de a��es possu�das

E
Estar comprado: Ter assumido posi��o em contrato futuro apostando na alta do pre�o de uma a��o, �ndice, moeda etc.
Estar vendido: Ter assumido posi��o em contrato futuro apostando na queda do pre�o de uma a��o, �ndice, moeda etc.

F
Fundo: Esp�cie de condom�nio de investidores em a��es, administrado por uma institui��o financeira que cobra uma taxa pelo servi�o

H
Hedge: Tomar posi��o no mercado futuro em posi��o parecida por�m contr�ria � que det�m no mercado � vista, visando se proteger de perdas

I
Insider: Investidor que tem acesso privilegiado a informa��es que s� depois s�o conhecidas do mercado (o contr�rio � o outsider)
Ibovespa: �ndice medido em pontos que mostra a evolu��o da m�dia dos pre�os das a��es mais negociadas na Bolsa SP

L
Lote padr�o: Constitu�do por um n�mero predeterminado de a��es. Atualmente no Brasil � de 1.000 unidades no mercado � vista

M
Mercado futuro: Onde s�o firmados contratos em que os investidores apostam na alta ou na baixa do pre�o de uma a��o, de um �ndice etc. em data futura
Mico: Quando a��o ou outro t�tulo perde totalmente a liquidez (n�o se consegue vender, a n�o ser por um pre�o irris�rio). � o mesmo que virar p�

O
Op��o: Direito de vender ou comprar a��es em data futura, a pre�o predeterminado, conforme contrato firmado antes
Operador: Representante de corretora que executa ordens de compra ou venda de a��es no preg�o da Bolsa

P
Preg�o: Recinto da Bolsa onde s�o negociados as a��es
P/L: Quociente da divis�o do pre�o de mercado de uma a��o por seu lucro l�quido anual. Indica n�mero de anos que se levaria para reaver capital gasto na compra de uma a��o

R
Realiza��o de lucros: Movimento de venda de a��es com a finalidade de auferir lucro em cima de uma alta de pre�os que ocorreu anteriormente

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