S�o Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
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Agr�nomo carrega sacos, pinta cercas e cata pedras o dia todo

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

O engenheiro agr�nomo Durval Rosa Borges J�nior, 23, ficou pouco mais de um m�s descarregando sacos de ra��o, catando pedras e pintando cercas em Winsconsin (meio-oeste dos EUA) sem conversar com quase ningu�m.
Ele foi recrutado pela Fellow Ranchers, apesar quase n�o falar ingl�s. "A fam�lia n�o conversava comigo ou com a outra estagi�ria. E n�s tamb�m n�o convers�vamos porque ela era japonesa e n�o falava ingl�s."
O agr�nomo ficou sabendo do "est�gio" por meio de um panfleto colado em um mural na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, em Piracicaba, onde cursava o �ltimo ano. "Era uma chance de eu aprender ingl�s e ainda me aperfei�oar na �rea."
Ap�s pagar US$ 1.500, Borges J�nior foi enviado para S�o Franciso, onde teve uma palestra. "Era lavagem cerebral. Eles diziam que a gente n�o poderia reclamar e que homem que era homem mostrava que sabia trabalhar", conta.
"Liguei para eles (os representantes da empresa nos EUA) e disseram que era para eu ficar calmo. Ent�o, vi que n�o tinha jeito."
O problema � que Borges J�nior n�o tinha passagem de volta, e a c�pia do seu visto tinha ficado presa. "Pedi para que eles devolvessem o meu visto, mas eles disseram que n�o podiam. Me sentia preso. Foi quando decidi fugir."
Teve a id�ia de aproveitar que sairia da fazenda para participar de um semin�rio fora da fazenda e pegar um avi�o da cidade.
"Comprei a passagem de volta com o cart�o de cr�dito do meu pai", diz.
(LM)

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