S�o Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
Texto Anterior | Pr�ximo Texto | �ndice

Suspeitas contra professor s�o 'balela', diz advogado

ROGERIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Tales Castelo Branco, contratado pela fam�lia do professor Leonardo Teodoro de Castro, 59, suspeito de ter colocado uma bomba no v�o 283 da TAM, disse ontem que todas as suspeitas contra o seu cliente n�o passam de balela. "At� agora � tudo balela. Os elementos levantados s�o como uma bolha de sab�o", afirmou.
O professor teve os t�mpanos perfurados pela explos�o no avi�o no �ltimo dia 9 e, tr�s dias depois do acidente, foi atropelado por um �nibus na av. Santo Amaro (zona sudoeste de SP). Ele est� na UTI do Hospital S�o Paulo.
Branco, que tamb�m � advogado da ex-ministra Z�lia Cardoso de Mello, diz que assumiu o caso porque ficou tocado pela situa��o. "Fiquei indignado com os procedimentos da pol�cia, que est� sendo precipitada, gulosa e ansiosa por um resultado r�pido", disse.
O advogado alega que a PF infringiu os direitos humanos ao obrigar um homem com os t�mpanos perfurados a depor por cinco horas. "Isso � tortura. Eu gostaria de saber depois de quanto tempo surgiu a quest�o do endere�o falso da escola de S�o Jos�."
O advogado levanta a seguinte hip�tese: "� poss�vel que ele tenha realmente ido procurar um emprego na escola, mas chegou l� e a escola n�o funcionava no endere�o que ele tinha. J� pensou se ele falasse isso � pol�cia? Teria de depor por outras cinco horas."
"E se ele foi se encontrar com uma mulher e n�o queria que ningu�m soubesse? Acredito na inoc�ncia dele at� que provem o contr�rio", disse o advogado. Ele disse que o professor deixou uma carta-testamento para a fam�lia, mas afirmou desconhecer seu teor.
Sobre o fato de o seu cliente ter suportamente tentado o suic�dio, ele diz n�o ter dados suficientes para comentar o fato. "N�o sei dizer o que aconteceu. Mas isso n�o � motivo para acus�-lo de colocar uma bomba em um avi�o", disse.
Segundo Branco, a fam�lia acredita na inoc�ncia do professor e est� muito preocupada com a preserva��o da imagem de "seu ente querido".
Castro � "escoltado" no Hospital S�o Paulo, onde est� internado, por agentes da PF � paisana. O �ltimo boletim m�dico diz que o professor teve uma pequena melhora, mas ainda respira por aparelhos.
A Pol�cia Federal tamb�m investiga ap�lices de seguro de vida que Castro teria, no valor de R$ 10 mil cada uma. Os policiais n�o confirmaram o n�mero de ap�lices nem o benefici�rio.

Texto Anterior: Atos acontecem no PA, MG e PR
Pr�ximo Texto: PC quis comprar deputados, diz advogado
�ndice


Clique aqui para deixar coment�rios e sugest�es para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manh� S/A. Todos os direitos reservados. � proibida a reprodu��o do conte�do desta p�gina em qualquer meio de comunica��o, eletr�nico ou impresso, sem autoriza��o escrita da Folhapress.