S�o Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997
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CSN confirma for�a e interesse no leil�o

Cons�rcio Brasil diz ter n�cleo s�lido

SILVANA QUAGLIO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

O Cons�rcio Brasil, liderado pela CSN (Companhia Sider�rgica Nacional) tem um n�cleo s�lido que n�o desistir� de competir pela compra da Vale do Rio Doce, por mais longa que a espera pelo leil�o possa ser.
O diretor do conselho de administra��o da CSN, Benjamin Steinbruch, fez a afirma��o, rebatendo coment�rios de que seu cons�rcio poderia estar se enfraquecendo em fun��o da demora do leil�o.
Os coment�rios n�o correm por acaso. Desde segunda-feira, duas empresas pr�-qualificadas para participar do cons�rcio balan�aram. A multinacional Alcoa, maior produtora de alum�nio do mundo, desistiu.
Anteontem, a Suzano, empresa nacional que fabrica papel e celulose, n�o chegou a um entendimento com os demais parceiros do cons�rcio e amea�ava n�o participar da compra da Vale, pelo menos na etapa do leil�o, a mais importante do processo.
Steinbruch explicou, ontem, que a espinha dorsal do seu cons�rcio � formada pela CSN, pelos bancos Opportunity e Nations Bank e por quatro fundos de pens�o. Esses ser�o os respons�veis por grande parte do dinheiro do grupo.
Quase tudo vir� de fora do pa�s. "� mais vantajoso. O dinheiro � mais barato l� fora", disse Steinbruch. Por isso o Cons�rcio Brasil foi inscrito na Bolsa de Valores do Rio como grupo estrangeiro.
O Opportunity criou um fundo batizado de "Sweet River" (Rio Doce), formado basicamente por investidores do exterior. O dono do banco, o economista Daniel Dantas, est� nos Estados Unidos fechando acordos com novos cotistas, enquanto o Cons�rcio aguarda o leil�o no Brasil.
A principal diferen�a entre os dois cons�rcios que dever�o disputar a compra da Vale � que o grupo liderado pelo empres�rio Antonio Erm�rio de Moraes � formado por duas empresas grandes: Votorantim e Anglo-American, que perseguem 80% do controle acion�rio da Vale. Tem, portanto, um perfil operador.
J� no grupo de Steinbruch (que al�m da CSN � do grupo Vicunha), praticamente s� ele tem este perfil. Steinbruch, ali�s, tem posi��o de for�a no cons�rcio, j� que a Vicunha tamb�m entra por interm�dio de sua holding, a Text�lia.
Os demais participantes s�o profissionais do mercado financeiro, especialistas em captar dinheiro. O grupo tem um perfil investidor.
At� mesmo o megainvestidor americano, George Soros, dever� entrar com pelo menos R$ 150 milh�es. Soros teria acertado sua participa��o com o Nations Bank, que entraria com outros R$ 150 milh�es. Juntos eles pretendem comprar cerca de 8% das a��es da Vale.
� exatamente esse perfil investidor que pode afugentar empresas interessadas em �reas espec�ficas de produ��o da Vale, como o alum�nio (caso Alcoa) ou o papel e celulose (caso Suzano).
A proposta do grupo para a Vale � de controle compartilhado -ou seja, nenhum acionista teria o controle absoluto da empresa.

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