| S�o Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996 |
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restaurantes imperd�veis na praia da boa comida por Marisa Ad�n Gil O prazer de comer, esporte favorito de paulista, n�o morre na praia O melhor motivo para descer a serra passa longe da areia. Fica no meio de uma floresta e, para chegar at� ele, � preciso enfrentar rua de terra e ponte de madeira. Vale a pena: comer no Manac�, em Camburi, � um prazer inesquec�vel. O restaurante � um del�rio de Edson Vieira Engel, 40, e Wanda Nogueira Engel, 43. "Queria que as pessoas deixassem o mundo l� fora", conta Edinho (como � conhecido), explicando a entrada misteriosa, cercada por vegeta��o mediterr�nea. Mineiro de Uberl�ndia, chegou a se formar em Ci�ncias Sociais na USP, mas preferiu abrir seu pr�prio neg�cio no litoral norte paulista. "Ningu�m em s� consci�ncia faria um investimento desses", diz, lembrando o in�cio do Manac�, em 1988: o �nico acesso � casa (s� um bar, na �poca) era por uma trilha no meio da mata. O pr�prio Edinho se encarregou de abrir uma estradinha de terra. O passo seguinte foi contratar os servi�os da Flora S�lvia, empresa que "reinventou" a mata com uma cole��o de plantas do mundo inteiro. A cozinha � um cap�tulo � parte: Edinho se inspira nas culin�rias italiana, francesa e espanhola. "Mas com um toque cai�ara", diz, lembrando a farinha de mandioca que salpica em alguns pratos. Os nomes j� d�o uma id�ia: camar�o flambado na vodca com creme de a�afr�o, lagostim ao molho de curry com cuscuz marroquino e por a� vai. Quem conseguir sentar em uma das 13 mesas vai ter que arcar com os pre�os, bem salgados. "Mas as por��es s�o bem servidas", diz. Dinheiro n�o � seu forte. Quem cuida dessa parte � Wanda, a ex-marchand que largou S�o Paulo para tocar seu Vietn� privado. "� um casamento perfeito", diz ela. Viagens ins�litas Comer bem olhando para o mar� poss�vel no Hotel Cassino Sol e Vida, na praia da Enseada, em Ubatuba. Especializado em frutos do mar, tem como maior charme a decora��o bolada pelo casal paulistano Mariazinha Abramovay, 53, e Isidoro Abramovay, 74. Cada detalhe vem de uma viagem: nas mesas, lampi�es trazidos da Holanda; nas paredes, plantas importadas da It�lia. "Quer�amos um hotel sofisticado, como aqueles que voc� encontra na Riviera Francesa", diz Mariazinha. Castigo Quando recusou o convite do pai para ir aos EUA, em 1965, Nelson Oz�rio de Albuquerque n�o pensava em restaurantes. S� n�o queria entrar de gaiato no navio -no caso, um petroleiro comandado pelo pai. O castigo foi duro: Nelson foi abandonado � pr�pria sorte em S�o Sebasti�o, com a roupa do corpo e um emprego na Petrobr�s. Nelson, 55, foi dono de butique e locadora. Acertou a m�o em 1985 com o Super Flipper, hoje uma das casas mais tradicionais de S�o Sebasti�o. O carro-chefe da casa � o fil� a bradesco, homenagem a funcion�rio do dito banco que frequenta o restaurante h� d�cadas. Volta ao mundo H� 30 anos, chegar ao �ncora era uma aventura. "O Guaruj� era um mato s�", diz Gian Franco D'Amore, 60, um dos propriet�rios do restaurante mais antigo da cidade -ao lado de Franco Alberto Attili, 47. Hoje, uma multid�o faz fila na porta do italiano. De cada vez, sete pedem o penne � italiana, um deleite feito de massa, creme de leite, fungui secci, camar�es e parmes�o. A receita veio de Roma, terra natal de D'Amore. De Vigo, na Espanha, veio Agostinho Alvarez Perez, 53. Aqui, foi ajudante de cozinha, gar�om, copeiro. Em 1977, fundou o Vista ao Mar, onde s�o servidas at� hoje por��es fartas de paella, polvo ou mariscos -os ingredientes v�m da Espanha. "Fui o primeiro a servir paella em Santos", diz. Hoje, compete com os espanh�is de S�o Paulo, com uma vantagem: a praia mora ao lado. Texto Anterior: Ubatuba tem praia nota dez Pr�ximo Texto: SUPER FLIPPER; �NCORA; VISTA AO MAR; MAIS PRAZER �ndice |
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