S�o Paulo, quinta-feira, 3 de mar�o de 1994
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Mercado p�ra lan�amentos

TELMA FIGUEIREDO
DA REPORTAGEM LOCAL

"Fazer uma parada estrat�gica" � a quest�o de ordem dirigida aos empres�rios da constru��o civil que est�o procurando com insist�ncia o Secovi (sindicato do setor) em busca de orienta��es sobre qual a melhor forma de procedimento para as novas regras dos contratos. Ricardo Yazbek, 41, presidente da entidade, diz que a fase ainda � de an�lise. Na pr�tica, o setor praticamente paralisou os lan�amentos de im�veis e o fechamento de novos neg�cios, por ainda estar detectando poss�veis preju�zos nos contratos indexados � URV e com direito a reajuste somente a cada 12 meses.
Rui Gragnani, 35, diretor comercial da Rossi Residencial, diz que a empresa est� aguardando defini��es mais claras para prosseguir os lan�amentos do chamado "Plano 100". "� insensato sair vendendo sem saber direito o que acontece com o contrato", diz. Por enquanto a Rossi suspendeu o lan�amento de aproximadamente 700 apartamentos, que come�ariam a ser vendidos este m�s. Os im�veis seriam lan�ados em S�o Paulo (no Morumbi e na Vila Prudente), Campinas e Salvador.
Yazbek afirma que essa paralisa��o no mercado � natural. Segundo ele, apenas os an�ncios de lan�amentos que j� foram contratados devem aparecer nos jornais e na TV. "Os demais provavelmente ser�o suspensos em um primeiro momento", diz.
Hoje "a pedra no sapato" dos empres�rios da constru��o � o reajuste anual dos contratos. "Nossa moeda � o tijolo. Os �ndices setoriais, que refletem os custos da constru��o precisam ser levados em conta. A periodicidade de reajuste anual � uma quest�o delicada quando se trabalha com contratos de financiamento direto de at� oito anos", diz Yazbek. O Secovi pretende expor essas quest�es no almo�o marcado, para a pr�xima quarta-feira em S�o Paulo, com o ministro Fernando Henrique.

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