S�o Paulo, ter�a-feira, 15 de fevereiro de 1994 |
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Samba de branco Samba de branco LUIZ CAVERSAN RIO DE JANEIRO � A express�o samba de branco sempre foi usada no passado para designar um tipo de m�sica "contaminada", distanciada de suas ra�zes para alguns obrigatoriamente negras, oriundas do "pov�o". Pol�mica a respeito sempre houve e, por incr�vel que pare�a, eis que surge de volta o disse-que-disse sobre o que pode e o que n�o pode no samba.No samba epecificamente de escola, de desfile, diga-se logo. � sobre este, e particularmente pelo espet�culo apresentado pela Mangueira e pela Viradouro no primeiro dia do desfile deste ano, que ressurge a pendenga. No caso da Mangueira, a "culpa", para muitos, resume-se ao excesso de paulistas em algumas alas. A Mangueira � a escola que tem a maior torcida em S�o Paulo. Diversos empres�rios patrocinam a escola e in�meros socialites desfilam todo ano. Mas este ano tem gente que acha que houve exageros, que teriam se refletido na evolu��o da escola na avenida. Eu discordo disso e acho que nada retira sua condi��o de estar entre as favoritas ao t�tulo. Mesmo assim, esta � uma discuss�o que vai continuar. Uma das escolas mais tradicionais do Rio sucumbir� ao poderio da burguesia branca endinheirada? Aguarde-se o pr�ximo Carnaval. Outro aspecto importante do desfile deste ano foi o retorno do brilho ofuscante e radical de Jo�osinho Trinta, aquele que quando usa rosa shocking � para chocar mesmo. Na realidade, esse papo sobre o "aburguesamento" da Mangueira tem tudo a ver com aquela pol�mica que surgiu anos atr�s quando Jo�osinho radicalizou no brilho e no luxo nos desfiles. Hoje ele � cultuado e seu retorno foi um show. Ser� que se Jo�osinho fosse o carnavalesco da Mangueira ele estaria preocupado com a cor e a proced�ncia dos seus foli�es? Texto Anterior: A MUSA PRESIDENCIAL (1); A MUSA PRESIDENCIAL (2); IMPRESS�ES DO CARNAVAL Pr�ximo Texto: O foli�o Itamar �ndice |
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