S�o Paulo, ter�a-feira, 15 de fevereiro de 1994
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Texto recebeu v�rias vers�es

DA REPORTAGEM LOCAL

Um vendedor de imagens de santos na zona do mangue do Rio de Janeiro envolve-se com uma prostituta, Edul�ia. Com o dinheiro que tira dela, "seu" Olavo, o Santeiro, compra leite para o filho que teve com sua mulher, Deolinda, cujo leite secou. Esse � o enredo do texto de Oswald de Andrade que Z� Celso encena hoje.
Publicado em 91 com o t�tulo "O Santeiro do Mangue e Outros Poemas", o texto foi v�rias vezes reescrito por Oswald entre 1936 e 1950. As vers�es t�m t�tulos diferentes, como "Ros�rio do Mangue" e "Mist�rio Gozoso � Moda de �pera". Essa �ltima, de 67, d� t�tulo ao espet�culo de hoje, inicialmente grafado pelo diretor como "Mist�rios Gozozos".
Na pe�a, o enredo serve de ilustra��o para as teses do estudante marxista, personagem respons�vel pela s�ntese pol�tico-ideol�gica da obra: "O que existe � a classe. O indiv�duo n�o existe. Edul�ia e Deolinda s�o a mesma pessoa que se sucedem num quartinho do Mangue. Para uma criancinha viver. Mas o que importa a uma sociedade organizada � possuir e manter o seu esgoto sexual. A fim de que permane�a pura a institui��o o casamento. Para que n�o seja necess�rio o div�rcio. E vigorar a monogamia e a heran�a. A burguesia precisa do Mangue."

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