S�o Paulo, ter�a-feira, 15 de fevereiro de 1994
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S�o Paulo lidera ranking das expuls�es do Paulista

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O sistema de defesa do S�o Paulo � o mais violento deste Campeonato Paulista, segundo as arbitragens. Os seis jogadores com fun��o principal de marcar �laterais, zagueiros e volantes� j� foram suspensos ao todo seis vezes, por expuls�o ou trinca de cart�es amarelos. O �nico n�o punido � o volante Doriva. Segundo o t�cnico Muricy, os ju�zes est�o "muito rigorosos" contra o seu time.
O S�o Paulo lidera o "ranking" de expuls�es ao lado do Mogi Mirim, quatro cada. Na sequ�ncia, v�m Portuguesa e Guarani, com tr�s.
O campe�o dos cart�es vermelhos � o lateral-esquerdo Andr�, expulso duas vezes em cinco rodadas. Entre esses dois jogos (2 x 0 Santos e 1 x 0 Rio Branco, no s�bado), mais quatro s�o-paulinos foram suspensos: V�tor (1 x 1 Portuguesa) e V�lber, (2 x 3 Uni�o S�o Jo�o), foram expulsos; J�nior Baiano e Axel receberam tr�s cart�es amarelos.
Esse fen�memo acontece num clube com filosofia avessa ao antijogo, pregada pelo t�cnico Tel� Santana, de f�rias. Quando voltar, na quinta-feira, Tel� deve tomar medidas para reverter a situa��o. (leia texto nesta p�gina)
Na �ltima competic�o longa disputada pelo time, o Campeonato Brasileiro de 1993, o S�o Paulo teve dois jogadores expulsos. Em 14 jogos da primeira fase, nenhum jogador levou tr�s cart�es amarelos. O fato se repetiu nos seis jogos da segunda fase, iniciada com os cart�es zerados.
Em rela��o ao time do Brasileiro, a defesa sofreu dois desfalques importantes: o zagueiro Ronaldo, o maior �ndice de desarmes do Brasileiro, e o lateral-meia Cafu, o melhor jogador do �ltimo Paulista.
O t�cnico Muricy diz que v�rios cart�es foram imerecidos. "Contra o Rio Branco, quem deveria levar o amarelo era o advers�rio e n�o o Axel", diz. Muricy nega que seu time seja violento. "Antes dos jogos orientamos os jogadores a s� jogar futebol, n�o fazer falta, que � como o 'seu' Tel� gosta", completa.
Segundo Muricy, o time est� sentindo falta de entrosamento, causada por problemas de contrato, contus�es e suspens�es. "A bola vai ao ataque e volta logo, o que sobrecarrega a defesa."

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