S�o Paulo, ter�a-feira, 15 de fevereiro de 1994
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Batista cobra mais discuss�o

DA REPORTAGEM LOCAL

O embaixador Paulo Nogueira Batista afirma que o Mercosul, que "envolve m�ltiplos aspectos e tem muitas implica��es na vida de seus pa�ses membros", n�o pode ser apenas uma pol�tica de governo, mas de toda a sociedade. Ele diz que o Mercosul � um compromisso irrevers�vel do governo brasileiro. Mas critica a falta de um debate maior sobre o tema no Congresso brasileiro.
Apesar disso, Batista diz que a implanta��o do Mercosul est� agora numa fase "muito ativa" por causa da negocia��o da tarifa externa comum. "� isso que caracteriza a exist�ncia de uma uni�o aduaneira, que � a segunda grande etapa num processo de integra��o econ�mica entre pa�ses e, futuramente, n�s temos � nossa frente a possibilidade ou pelo menos o objetivo de realizar uma integra��o mais profunda e que seria a constitui��o de um Mercado Comum propriamente dito".
Batista discorda do ponto de vista de alguns setores da opini�o p�blica, segundo o qual o Mercosul estaria enfrentando uma grande crise. Para ele, os problemas do Mercosul, um "projeto ambicioso", decorrem da "falta de tempo".
"O Tratado de Assun��o determina a conclus�o de uma �rea de livre com�rcio em pouco menos de quatro anos e p�e em vigor tamb�m, no mesmo prazo uma uni�o aduaneira. � um espa�o de tempo curto, que n�o permite ou que n�o d� muita folga aos setores empresariais para se ajustarem �s novas condi��es competitivas".
Segundo Batista, os problemas e dificuldades s�o "normais". Para ele, a identifica��o dessas dificuldades � que vai permitir o "aperfei�oamento" do Mercosul. "N�o h� uma crise, h� problemas que ser�o resolvidos",diz.
Para Batista, a "a pior coisa" que poderia acontecer ao Mercosul neste momento seria tentar ignorar esses problemas.
Desta forma, diz, o Mercosul estaria sendo condenado a um insucesso. "Da maneira pragm�tica com que o assunto est� sendo encarado a minha convic��o � que n�s encontraremos solu��o para os problemas que o Mercosul enfrenta".

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