S�o Paulo, s�bado, 26 de novembro de 1994
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O primeiro tiro

NELSON DE S�
DA REPORTAGEM LOCAL

� Ex�rcito dispara o primeiro tiro.
O que a manchete da CBN chamou de primeiro tiro, citando o pr�prio comandante da a��o, foi "a maior opera��o" realizada pelos militares no Rio, at� agora, na express�o un�nime da Globo, da Bandeirantes, da Cultura, da Manchete, do SBT.
� a escalada da Opera��o Rio, que vai esquecendo de vez a a��o psicol�gica para entrar em campo bem mais perigoso, minado.
Ainda assim, os resultados de ontem foram simb�licos, at� onde se sabe. Um traficante, uma arma desenterrada, e mais, segundo a Globo: "Os soldados retiraram o cruzeiro que ficava no alto da favela e era o s�mbolo do dom�nio do Comando Vermelho."
Um s�mbolo, mas n�o deixa de ser a prova de que voltou a mandar o Estado. O problema � que ainda v�m muitos tiros por a�.
Detalhes outra vez
Segundo a Bandeirantes, "a equipe de transi��o j� definiu os temas mais urgentes para a revis�o: as reformas fiscal, previdenci�ria e administrativa". Como na primeira tentativa de revis�o, nada de privatiza��o, ou de flexibiliza��o dos monop�lios.
Deve ser por isso que Marco Maciel, o vice-presidente eleito, deixou a reuni�o com a tal equipe dizendo � r�dio CBN que "� cedo para falar em qualquer coisa, � cedo para descer a detalhes".
Por falar no vice, o presidente eleito mandou a sua assessoria "esclarecer que ele, Fernando Henrique, n�o sofreu press�o, por parte do PFL, para nomear Marco Maciel como principal coordenador das negocia��es quanto � revis�o".
Greve �s quartas
Os tr�s dias de greve dos funcion�rios da Petrobr�s, que deixaram a popula��o "apavorada", segundo a Manchete, animaram outros setores p�blicos. O mais engra�ado, por assim dizer, � o dos funcion�rios do Congresso.
O presidente do sindicato amea�ava, ontem na Bandeirantes: "A categoria est� revoltada com os baix�ssimos sal�rios. N�s pararemos as atividades do Congresso na pr�xima quarta." Em outro dia, n�o haveria mesmo o que parar.

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