Unifesp
desenvolve pesquisa
com compulsivos sexuais
RODRIGO DIONISIO
da Folha Online
Evelson
de Freitas/Folha Imagem
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"Normalmente saio do trabalho com tempo para relaxar, ler, namorar,
essas coisas que todo mundo faz. Mas quando me dou conta estou
indo na dire��o da sauna, o carro seguindo e eu pensando no
festival dionis�aco de tantos corpos bonitos. Transo com o primeiro
que me agradar, depois com outro, depois vou para um cinema
no centro da cidade e transo novamente. Nesses espa�os n�o h�
o que regatear, n�o se pensa em afeto, s� em sexo. � arrear
as cal�as e transar. Isso tudo faz muito mal para mim." Leia
mais |
Ninfomania,
satir�ase, ginecomania e onanismo. O dicion�rio registra e, desde
a Gr�cia antiga, h� relatos e defini��es para h�bitos considerados
abusivos ou exagerados em rela��o � pr�ticas sexuais. Muitas vezes
tomadas como simples quest�o moral ou alvo de discuss�es religiosas
(sobre o assunto, leia artigo
do colunista Josias de Souza, no site Pensata), a compuls�o sexual
ganhou espa�o nos notici�rios e uma pesquisa sobre as possibilidades
de cura, aqui no Brasil.
O projeto desenvolvido pelo Proad
(Programa de Orienta��o e Atendimento a Dependentes) da Universidade
Federal de S�o Paulo (Unifesp) nasceu do grupo de apoio a compulsivos
sexuais, que atende pacientes gratuitamente desde 1995. Atualmente,
somam-se aproximadamente 50 pacientes que passaram pelo programa e
outros 14 participando de um estudo sobre a efic�cia do uso de antidepressivos
(Prozac) no tratamento da patologia.
"Hoje em dia, voc� encontra textos publicados relatando dois ou tr�s
casos tratados. N�s queremos trabalhar com pelo menos 40 pacientes,
dar fundamenta��o cient�fica para os resultados. Se eu conseguir 100
pacientes, publico o resultado na 'Nature'", explica (e brinca) o
coordenador do Ambulat�rio de Tratamento do Sexo Patol�gico do Proad,
dr. Aderbal Vieira Jr. (clique aqui
para ler entrevista).
O Proad tamb�m divulgou, em junho deste ano, um question�rio que detecta
a possibilidade de um indiv�duo sofrer de sexo patol�gico (clique
aqui para saber mais). "Muitas
vezes as pessoas perdem fam�lia, emprego ou adquirem uma doen�a grave
e acreditam apenas n�o ter sorte, n�o percebem ter um problema psicol�gico
s�rio", afirma Vieira.
Leia mais:
Entrevista
com o o dr. Aderbal Vieira Jr.
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