Um policial militar de 40 anos matou a tiros um prestador de serviço da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) na noite desta quinta-feira (13) em Santana, na zona norte de São Paulo.
Por causa da morte, manifestantes que haviam bloqueado a rodovia Fernão Dias durante a madrugada, fecharam por cerca de uma hora o km 86 da rodovia federal no fim da tarde desta sexta (14).
O crime ocorreu na avenida General Pedro Leon Schneider. Segundo familiares, Alberes Fernandes de Lima, 34, instalava uma faixa de trânsito que caiu com a força do vento e acabou atingindo o policial de folga e um amigo. O policial teria se irritado e, após discussão, atirou contra o prestador de serviço do órgão municipal.
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), Lima "fez menção a estar armado, momento em que o policial interveio".
O PM foi indiciado sob suspeita de homicídio e passará por audiência de custódia nesta sexta (14) no Tribunal de Justiça de São Paulo. O nome dele não foi divulgado.
O caso foi registrado no 13º DP (Casa Verde). A Polícia Militar foi questionada, mas afirmou que apenas a SSP se manifestaria. Ainda segundo a pasta da segurança, testemunhas prestaram depoimento e as diligências prosseguem para esclarecer os fatos.
A Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito, que responde pela CET, afirmou que "lamenta a ocorrência que resultou na morte de um prestador de serviço de empresa terceirizada".
Após a morte, um grupo com cerca de cem manifestantes interditou o km 85 da rodovia Fernão Dias, em São Paulo, sentido Belo Horizonte, no início da madrugada desta sexta. A vítima morava em uma comunidade próxima, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Os manifestantes atearam fogo em pneus e gritaram por justiça. A rodovia ficou completamente interditada até por volta das 2h, quando foi liberada para o tráfego de veículos.
Policiais rodoviários federais, policiais militares e bombeiros atuaram no local. Imagens registradas pela PRF mostram o trânsito parado e o fogo em pneus.
A passageira de um carro de aplicativo relatou ter ficado mais de uma hora parada na rodovia, escutando o barulho de bombas.
No fim da tarde desta sexta, por volta das 17h20, cerca de 150 manifestantes, segundo a PRF, voltaram a fechar o mesmo trecho da rodovia, no sentido Belo Horizonte. A estrada foi liberada uma hora depois.
Imagens da TV Globo mostraram a Polícia Militar usando bombas de efeito moral para conter a manifestação.
De acordo coma PRF, os manifestantes, que atearam fogo em pneus, gritavam palavras de ordem e por Justiça.
Ainda segundo a Polícia Rodoviária Federal, a pista local da Fernão Dias foi mantida bloqueada, a pedido da própria PM. Os manifestantes se dirigiram para um condomínio de prédios populares.
Segundo a concessionária Arteris, que administra a rodovia, às 18h30 havia 4 km de congestionamento.
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