O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, decidiu entrar em campo para atrair filiados para o Republicanos, seu partido, com o qual tem atravessado um momento de tensão. A movimentação marca praticamente sua estreia na costura partidária.
Tarcísio afirmou, em agosto, que não gostaria de ver o Republicanos como parte da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após ser perguntado sobre a possibilidade de que o partido assuma um ministério.
Lideranças do Republicanos, por sua vez, criticam Tarcísio por supostamente dar pouco espaço para indicações da sigla em sua gestão.
Os atuais três secretários do Republicanos —Sonaira Fernandes (Mulher), Roberto de Lucena (Turismo) e Coronel Helena Reis (Esporte)— são tidos como escolhas do governador e que não partiram de deliberações do partido.
A comparação frequente é com o PSD, de Gilberto Kassab, que, segundo representantes do Republicanos, tem recebido mais atenção.
Tarcísio sugeriu a Carlão Pignatari (PSDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, que migre para o Republicanos. A expectativa é de que o tucano consiga levar até cinco deputados com ele para o partido e ajude a organizar a relação do Executivo com o Legislativo.
Nas conversas com Pignatari, o governador sugeriu inicialmente o PP, ao qual está filiado Arthur Lima, seu braço direito e secretário da Casa Civil. Em um segundo momento, preferiu contemplar sua própria sigla.
O governador também pediu pessoalmente ao vice-prefeito de São Sebastião, Reinaldinho Moreira, ex-Podemos, que se filiasse ao Republicanos, o que aconteceu no começo de agosto.
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