Começa nesta quarta-feira (20) e vai até domingo (24) o 2° Congresso Brasileiro de Trilhas, no Caminho Niemeyer, em Niterói (RJ). Ao longo de cinco dias, são esperados mais de 3 mil participantes que poderão assistir a 100 palestrantes com tradução simultânea para inglês e espanhol.
Esse mega-evento organizado pela Associação Rede Brasileira de Trilhas, em conjunto com a Prefeitura de Niterói, tem tudo para configurar-se como o maior evento de trilhas do mundo e vai reunir gestores de unidades de conservação; pesquisadores da conservação da biodiversidade e geodiversidade, ecologia da paisagem e planejamento territorial; coordenadores de trilhas de longo curso, operadores do turismo nas trilhas, educadores ambientais e demais interessados no tema.
A demanda por inscrições foi tanta que os organizadores, depois de as primeiras 3 mil vagas se esgotarem, abriram a possibilidade de novos participantes, que poderão fazer a inscrição (gratuita) na portaria, a depender de disponibilidade de cada atividade.
Para Hugo de Castro, presidente da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, a procura pelo evento reflete o momento peculiar que vive o turismo de aventuras. "Depois da pandemia, todo esse tipo de viagens para áreas naturais viu um boom", explica. E, no caso específico das trilhas —que a Rede contabiliza, já, 10 mil quilômetros mapeados em diversos estados— outro fator vem contribuindo para o aumento da procura.
"Há um conceito novo que vem crescendo, que é a procura pelo slow travel, as viagens menos corridas para lugares naturais, que não têm a ver com o turismo tradicional, mas tem tudo com as trilhas de longa distância", explica ele. "As pessoas querem se desconectar de tudo o que os cerca no mundo moderno, querem visitar cachoeiras, viver a natureza, é uma tendência mundial e no Brasil não é diferente, o que impulsiona as trilhas de longa distância", acrescenta.
Nos próximos cinco anos, a Rede espera ver mapeados um total de 20 mil quilômetros de trilhas. Só falta combinar com os cofres da entidade. "O maior desafio que a gente enfrenta é o financiamento, porque tudo custa dinheiro, a demarcação, a sinalização, a infraestrutura, e ainda estamos estudando um modelo que permita às trilhas se sustentarem", diz Castro.
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