Campos Altos deve ser a próxima região de Minas Gerais a pleitear o reconhecimento de indicação geográfica na modalidade denominação de origem para os cafés produzidos no local.
A região, situada entre as planícies do oeste de Minas e ao lado das serras da Canastra, da Saudade e do Salitre, tem relevo montanhoso, altitude média de 1.100 metros e está entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado.
No próximo dia 25, será lançada a "marca território" Região de Campos Altos. Este é o primeiro passo no caminho para solicitar o registro da denominação de origem ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
Segundo o Sebrae-MG, que auxilia a Associação dos Cafeicultores de Campos Altos neste processo, o pedido ao INPE deve ser feito até o final do ano, mas não há previsão de quando a entidade concederá a chancela.
Ainda segundo o Sebrae, o café de Campos Altos tem aroma e sabor de chocolate, melaço, caramelo e frutas vermelhas, com alta doçura e acidez cítrica.
A denominação de origem é um selo que designa um produto cujas qualidades se devam ao meio geográfico, como o que ocorre na Europa com o espumante da região de Champagne, na França, ou os queijos parmigiano reggiano, na Itália.
Outras regiões cafeeiras de Minas Gerais já conseguiram a chancela do INPI, como o Cerrado Mineiro, as Matas de Minas, a Mantiqueira de Minas, o Sudoeste de Minas e a Canastra.
ILLY LANÇA CAFÉ DO CERRADO MINEIRO CULTIVADO EM AGRICULTURA REGENERATIVA
A italiana illy, uma das mais tradicionais empresas do setor no mundo, lançou um café produzido exclusivamente no cerrado mineiro utilizando práticas de agricultura regenerativa, que permitem regenerar naturalmente o solo e reduzir as emissões de CO2.
O novo Arabica Selection Brasile Cerrado Mineiro tem notas de caramelo e frutas secas e está disponível em latas de 250g nas versões em grão e moído (R$ 56,00), tanto no ecommerce da marca (illy.com) quando em redes de supermercados selecionadas.
O produto, fruto de uma parceria da gigante italiana com a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, estará disponível em diversos locais do mundo ainda neste ano, com previsão de atingir 140 países até 2024.
Fundada em 1933 em Trieste, a illycaffè é uma das maiores empresas do setor e serve cerca de 8 milhões de xícara por dia nos mais de 140 países onde está presente.
O cerrado mineiro é uma das regiões cafeeiras mais tradicionais do Brasil. Foi, inclusive, a primeira a receber o selo de denominação de origem (DO) para café no país.
SANTO GRÃO LANÇA NOVOS MICROLOTES
A cafeteria Santo Grão lançou dois novos microlotes com perfis sensoriais bastante diferentes.
O microlote Rapadura é um grão da variedade catuaí vermelho cultivado nas Matas de Minas e, segundo a empresa, alcançou 90 pontos na escala de avaliação sensorial que vai de 0 a 100 –uma nota considerada bastante alta, portanto. Ele tem notas de rapadura, melaço, caramelo, nectarina e frutas cítricas.
Já o Levedura é um microlote fermentado pelo método anaeróbico e tem notas de malte, especiarias, avelã e frutas vermelhas e roxas. As técnicas de fermentação estão crescendo bastante. Os cafés fermentados costumam ter notas mais exóticas, o que tem atraído o paladar de alguns consumidores.
Os dois novos cafés podem ser adquiridos pelo e-commerce do Santo Grão, em pacotes de 250 g (R$ 62 o Rapadura; e R$ 59 o Levedura), ou consumidos em alguma das unidades da cafeteria –são seis em São Paulo e uma em Curitiba–, em uma degustação especial (R$ 28) em que ambos os lotes são servidos.
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