O debate do género na “Promesse” de Anne Rehbinder e Antoine Colnot com coreografia de Tânia Carvalho
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“Promesse” de Anne Rehbinder e Antoine Colnot com coreografia de Tânia Carvalho é uma peça que debate a questão do género. O espectáculo pode ser visto até ao próximo domingo, 21 de Julho, no Théâtre 11, em Avignon, no âmbito do festival OFF de Avignon.
![“Promesse” de Anne Rehbinder e Antoine Colnot com coreografia de Tânia Carvalho.](https://s.rfi.fr/media/display/544ca0e4-45ad-11ef-919f-005056bfb2b6/w:980/p:16x9/183563-__visuel_flyer_z6d8313-bd-1.jpg)
Em palco, cinco bailarinas, uma escritora e um encenador debatem a criação de um espectáculo sobre o género. Uma temática difícil onde cada uma delas se bate contra os limites da identidade, da imposição de papéis, das heranças geracionais.
Um espectáculo onde teatro e dança se fundem, como sublinhou ao microfone da RFI o encenador Antoine Colnot:
Tínhamos feito um espectáculo com cinco homens. E havia esse assunto do género. Então aceitamos esse tema. Mas é difícil, como um problema que não tem solução. Jogamos com esse tema impossível e fazemos um espectáculo impossível de se fazer. Há muito humor e emoção. A dança da Tânia Carvalho entra em relação com o nosso trabalho.
Em palco estão cinco bailarinas e uma escritora, cuja autoridade é questionada pelas intérpretes da peça. “Quando se fala em género, fala-se muito, muitas vezes em poder, nos jogos de poder e também na herança com a qual crescemos: a posição da mulher, a posição do homem. É muito difícil esta desconstrução” acrescenta Antoine Colnot.
![“Promesse” de Anne Rehbinder e Antoine Colnot com coreografia de Tânia Carvalho.](https://s.rfi.fr/media/display/73e44b14-45ad-11ef-a257-005056bf30b7/183563-_z6d9799-bd.jpg)
Tânia Carvalho é coreógrafa convidada deste espectáculo, à RFI explicou a sua contribuição para este “Promesse”:
Foi o Antoine Colnot que me contactou. Eu não os conhecia. Fizemos, primeiro, uma conversa por internet e eles explicaram o que queriam fazer e mostraram trabalhos deles.
Eles já tinham a ideia toda definida. Eu fiz o trabalho de encontrar aquilo que eles queriam. Também ia propondo mais movimento. Estive muito com eles nos ensaios. Pensei mais na parte coreográfica, a nível de forma. Como é que a forma pode complementar isto?
Mas eu não estava a pensar ter que fazer movimentos que retratam o género, estava mais a ver o que é que eles estavam a fazer, que movimentos é que faziam naturalmente já a falar e tentar trazer qualquer coisa para dar mais força às palavras, fossem elas quais fossem.
![“Promesse” de Anne Rehbinder e Antoine Colnot com coreografia de Tânia Carvalho.](https://s.rfi.fr/media/display/8923f196-45ad-11ef-a280-005056bfb2b6/183563-_z6d9950-bd.jpg)
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