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Ideias neonazistas e racistas estão infiltradas na política grega, diz imprensa francesa

A influência do grupo neonazista Aurora Dourada na política grega, o problema de liderança do presidente francês François Hollande e a polêmica sobre a abertura do comércio aos domingos são temas da imprensa francesa desta segunda-feira, 30 de setembro.

Capa dos jornais franceses L'Humanité, Le Figaro e Libération desta segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Capa dos jornais franceses L'Humanité, Le Figaro e Libération desta segunda-feira, 30 de setembro de 2013
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O comunista L'Humanité aproveita a prisão dos líderes do partido extremista Aurora Dourada para investigar a infiltração dos neonazistas no governo grego. Segundo o jornal, as ideias do partido extremista contaminaram o aparelho estatal e os deputados do partido desfrutaram de impunidade durante vários anos graças a seus aliados políticos, inclusive dentro dos mais altos escalões de poder no país.

Por muito tempo o Aurora Dourada foi uma organização marginal, mas suas ideias racistas e xenófobas sempre estiveram até mesmo dentro do governo. O regime dos coroneis caiu mas os homens da ditatura permaneceram no exército, na justiça e na Igreja Ortodoxa.

Foi preciso a morte de um militante antifascista para que os responsáveis do partido neonazista fossem detidos para responder à acusações de crimes diante da justiça, afirma o L'Humanité.

Libération questiona em sua manchete a capacidade de liderança do presidente francês François Hollande. Segundo o jornal, apesar de decidir sobre vários projetos e temas, o socialista não passa a impressão de exercer toda sua autoridade. Outro problema identificado pelo jornal: ao deixar seus ministros se expressaram abertamente, os problemas de comunicação de seu governo se amplificam.

A falta dessa autoridade lança ainda dúvidas da capacidade de Hollande de conduzir a política que definiu para a França. Um cientista político entrevistado pelo jornal afirma que o método do presidente Hollande é avançar mas sem fazer alarde.

A polêmica sobre a abertura do comércio no domingo ganhou a manchete do jornal Les Echos. O diário econômico afirma que o governo reúne vários ministros hoje para discutir e negociar diante da pressão de várias empresas que desafiaram a proibição e abriram suas portas ontem, mesmo ameaçadas de pagar multa.

Será que o governo vai intervir e promover uma evolução na lei trabalhista que impede a abertura do comércio nos domingos ? questiona o jornal. O ministro do Orçamento defende que determinadas regiões, como a de Paris, possam abrir respeitando o interesse dos consumidores.

O Le Figaro traz uma entrevista com a ministra francesa dos Esportes e a confirmação de que os clubes de futebol não vão escapar da cobrança de 75% dos impostos para os salários acima de 1 milhão de euros. Mas diante da fragilidade econômica de muitos clubes, o valor será limitado a 5% em função do faturamento, disse Valérie Fourneyron ao jornal conservador.

As medidas serão aplicadas para os salários de 2013 e 2014, de acordo com a ministra.

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