Nos EUA, tribunal do Colorado rejeita pedido para excluir Trump das urnas
Um tribunal do Colorado rejeitou na sexta-feira (17) um pedido para excluir Donald Trump das votações nas primárias republicanas para as eleições presidenciais de 2024 neste estado do oeste americano.
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A histórica acusação do ex-presidente em 1º de agosto em nível federal e depois em 14 de agosto pelo estado da Geórgia por suas tentativas supostamente ilícitas de reverter os resultados das eleições de 2020 abriu um debate jurídico sobre a sua possível inelegibilidade, levando a recursos em vários Estados. Mas uma juíza de Denver, capital do Colorado, rejeitou o recurso, tal como fizeram anteriormente os seus pares em Minnesota e em Michigan.
O tribunal ordena às autoridades eleitorais do Colorado “que coloquem Donald J. Trump nas urnas para as primárias republicanas de 2024”, indica a decisão da juíza Sarah Wallace.
Os requerentes, o grupo de cidadãos anticorrupção Crew, acusaram Donald Trump de ter “incitado uma multidão violenta” de centenas dos seus apoiantes a invadir o Capitólio, sede do Congresso, em 6 de janeiro de 2021, a fim de impedir a certificação da vitória do seu adversário democrata Joe Biden".
Eles invocaram a 14ª Emenda à Constituição, adotada em 1868, que prevê a exclusão de qualquer responsabilidade pública de qualquer pessoa que, após prestar juramento para defender a Constituição, se envolva em atos de “rebelião”. E "Trump está envolvido na rebelião" que constitui o dia 6 de janeiro, argumentou o advogado do grupo.
"Trump agiu com a intenção específica de incitar a violência política e direcioná-la ao Capitólio com o objetivo de impedir a certificação da eleição", decidiu a juíza. No entanto, ela indeferiu o recurso por dúvidas sobre se a 14ª Emenda se aplica ao presidente.
"Prego no caixão"
A campanha de Donald Trump saudou a decisão, dizendo que representava “mais um prego no caixão dos desafios eleitorais antiamericanos”.
No mesmo dia, porém, a juíza Tanya Chutkan, que presidirá o julgamento federal do ex-presidente pelas suas tentativas de anular o resultado das eleições de 2020, negou um pedido dos advogados de Trump para retirar da acusação qualquer referência à responsabilidade do ex-presidente nos ataques ao Capitólio.
Seus advogados argumentaram que essas menções poderiam “levar os membros do júri a atribuir-lhe culpa indevidamente” quando ele não estiver sendo processado por esses eventos. Mas a juíza rejeitou o pedido, explicando na sua decisão de sexta-feira que o tribunal “não forneceria uma cópia da acusação aos jurados” e enfatizando que antes das suas deliberações, “diria a eles quais eram as acusações e as provas a serem apresentadas”.
Donald Trump, favorito nas primárias republicanas, denuncia os seus problemas jurídicos como uma "interferência eleitoral", por instigação da administração democrata, para excluí-lo da corrida à Casa Branca.
(Com informações da AFP)
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