Em diferentes dias da semana, de modo presencial ou on-line, o MASP Escola oferece os cursos de Estudos Críticos, módulo que aborda tópicos específicos da cultura contemporânea. Cada curso tem duração mínima de 8 horas, ou quatro aulas de duas horas cada uma.
De programa intensivo, o módulo tem como objetivo ser um espaço de debate sobre as intersecções entre a arte e as questões políticas e sociais de peso na atualidade. As aulas também transitam pelos assuntos propostos pelos ciclos temáticos que pautam o programa de exposições do museu a cada ano.
A matrícula pode ser feita de maneira independente em cada um dos cursos.
Esse curso propõe discutir a emergência de um novo paradigma nas artes indígenas, o das associações e intersecções entre arte tradicional e arte contemporânea a partir da década de 1980. Para tanto, tomamos um conjunto de estudos de caso abrangendo as produções de povos indígenas das Américas do Norte e do Sul e da Austrália. Abordaremos os trânsitos e as transformações de técnicas, temas iconográficos, suportes, usos e significados simbólicos. Serão também discutidas questões institucionais, econômicas e políticas dessas artes assim como as relações de gênero nos processos artísticos.
O curso propõe uma viagem de descoberta por um universo ainda pouco explorado da música brasileira, analisando as origens de diversos subgêneros musicais que aconteciam longe dos holofotes e obras fonográficas fundamentais que são cultuadas no exterior, mas que continuam negligenciadas no Brasil. A partir daí iremos mergulhar nas trajetórias de artistas e bandas que expandiram a mente em nome da arte, no contexto da ditadura militar (1964-1985) no país. O curso tem como objetivo apresentar essas diversas facetas sonoras do Brasil e discutir os paradoxos entre a música livre, audaciosa e transgressora produzida sob a mira do preconceito.
Quem são aquelas pessoas, mulheres, homens, crianças? Por que algumas de repente nos encaram tão diretamente, e outras, absortas, parecem desviar tão resolutamente o olhar de nosso escrutínio? De surgimento recente relativamente à história mais tradicional da arte, o gênero “retrato” se oferece como ocasião privilegiada para se observar de que maneira a arte vai abrindo lugar para a indagação da subjetividade, primeiro, na exaltação de indivíduos célebres, mas, a seguir, às portas da modernidade, em um profundo questionamento acerca de quem se representa em uma pintura e do porquê tais representações se exibem, e não outras. Um passeio pelos retratos de um museu é sempre uma ocasião pública de interrogação dos problemas da representatividade em arte.