Um mapa é mais que uma representação objetiva de um território. Ele carrega em si concepções do olhar, ideologias político-sociais, limitações das tecnologias do ver e dos conhecimentos técnico-científicos. A multiplicidade interpretativa da cartografia há décadas desperta o interesse de artistas contemporâneos, que utilizam o mapa como tema ou suporte de suas pesquisas. É com base neste diálogo que Agnaldo Farias desenvolveu a curadoria da exposição Mapas, Cartas, Guias e Portulanos, que pode ser visitada a partir de 09 de maio na Sala de Arte Santander, na sede do Santander em São Paulo.

A exposição abarca um conjunto de 58 obras, sendo dez delas mapas originais dos séculos 16 a 18 do núcleo de cartografia da Coleção Santander Brasil, apresentadas em diálogo com obras contemporâneas que se relacionam com questões como o mapeamento do espaço, das fronteiras, dos deslocamentos e fluxos territoriais, econômicos, culturais e subjetivos.

Dentre as peças contemporâneas, destaca-se um guache sobre papel de Fernando Zarif (1960 – 2010, São Paulo), em que o artista transforma o mapa da Europa em uma interpretação figurativa do mito que nomeou o continente. 

A mostra pode ser vista até junho de 2016. Mais informações podem ser solicitadas para o e-mail [email protected].