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Esperamos uma urgente equalização que melhore o ambiente de negócios, incentive os investimentos e aumente o consumo das famílias.

19/05/2024 - Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) e primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), observa que a continuidade da Selic em 10,5% ao ano, anunciada pelo Copom nesta quarta-feira (19/06), mantém os juros brasileiros entre os cinco mais altos do mundo. “Esse fator desestimula o crédito para investimentos e o consumo, dificulta um crescimento mais expressivo da economia e limita a geração de empregos”.

Cervone pondera que as incertezas persistentes quanto ao ajuste fiscal do Governo Federal dificultam uma decisão das autoridades monetárias quanto à redução das taxas. Afinal, o desequilíbrio das contas públicas é um forte indutor da inflação. Há de se considerar, ainda, que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, decidiu este mês manter seus juros elevados, entre 5,25% e 5,50% ao ano, o que também pressiona o índice brasileiro.

“De todo modo, a área econômica do governo e o Banco Central precisam conversar mais entre si, pois a independência da instituição, como ocorre em vários países, não significa antagonismo. Eventuais diferenças políticas estão muito abaixo dos interesses maiores do Brasil, dos setores produtivos e da meta de inclusão socioeconômica”, salienta Cervone. Para ele, é crucial que as autoridades monetárias tenham uma sinalização mais segura e clara sobre as concretas possibilidades e medidas a serem adotadas ainda este ano para o equilíbrio fiscal.

 

Não podemos continuar nesse círculo vicioso de o déficit público ficar gerando riscos de inflação e da adoção de juros altos para contê-la. É premente uma equalização que melhore o ambiente de negócios, incentive os investimentos das empresas, aumente o consumo das famílias, crie empregos e amplie a capacidade do governo de financiar obras e programas públicos prioritários. Caso contrário, o Brasil seguirá na rabeira do ranking de competitividade, elaborado pelo International Institute for Management Development em parceria com a Fundação Dom Cabral, divulgado nesta terça-feira (18/06), no qual caiu duas posições em 2024, classificando-se no 62º lugar dentre 67 países”, 

Cervone também enfatiza que, com a Selic alta, o serviço da dívida do Estado fica muito mais oneroso, sobrando menos dinheiro para saúde, educação, habitação, segurança e infraestrutura. E quem vem pagando essa conta é o contribuinte dos impostos. “Já passou do tempo de mudar essa história”, conclui.

ASSESSORIA DE IMPRENSA DO CIESP
Ricardo Viveiros & Associados Oficina de Comunicação
Adriana Matiuzo Mtb PR99 4.136