Energias renováveis
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Por Marina Lang — Para o Valor, de São Paulo


Grandes consumidoras de energia, as indústrias vêm puxando a ampliação das matrizes renováveis para enquadrar suas cadeias produtivas nos protocolos internacionais que versam sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa. O segmento é o maior responsável pela adoção dessas novas fontes no Brasil, que já equivalem a quase 10% de seu consumo total, gerados por meio de fontes alternativas como a eólica, a solar, a biomassa e o hidrogênio verde em 2023, segundo projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Ministério de Minas e Energia.

A GM é uma das que alavancam esse uso. Embora a meta global seja tornar a produção integralmente fundamentada em energias renováveis até 2035, as fábricas dos Estados Unidos devem alcançá-la dentro de dois anos. Michel Goldflus, diretor de sustainable workplaces na América do Sul, diz que o objetivo também será antecipado no Brasil. A busca por fontes limpas fez com que a companhia economizasse cerca de 17 mil megawatts (MW) no último triênio. “É como um chuveiro quente, de alta potência, ligado 24 horas por dia durante 350 anos”, compara. O uso de 1.280 painéis solares na fábrica de Mogi das Cruzes (SP), por exemplo, gera 340 MWh, mesmo consumo de 285 residências. Os contratos de longo prazo da multinacional têm sido selados com base em insumos renováveis.

Já o plano da Heineken é tornar a produção 100% renovável até o fim de 2023. No Brasil há 13 anos, a cervejaria centenária aposta nas caldeiras de biomassa para geração de energia de sua plantas. “Exceto uma cervejaria em que temos abastecimento por biometano, as demais são baseadas em caldeira de biomassa, até as em construção”, diz Ornella Guzzo Vilardo, diretora de sustentabilidade do grupo. Outra ação foi um contrato de compra com a Omega Energia para abastecer a operação a partir de matrizes solar e eólica.

Com investimento de R$ 1,15 bilhão, a Hydro Alunorte investe em dois projetos de energia solar. Um deles é o Mendubim, de 531 MW, que corresponderá a 60% da energia produzida nas plantas do Pará. O outro é o Feijão, de energia eólica e solar de 586 MW, no Nordeste do Brasil. Ambos já estão em fase de construção. “Descarbonização é um desafio global e a Hydro vem investindo na geração de energias renováveis, hidrogênio verde e em baterias”, explica Carlos Neves, diretor de operações de bauxita e alumina da companhia. O objetivo da empresa é se tornar carbono neutro até 2050.

Embora o intuito da Vale seja chegar a 100% de energia renovável nas operações do Brasil em 2025, Ludmila Nascimento, diretora de energia e descarbonização, diz que o marco será antecipado neste ano. Parte disso também decorre do fornecimento hidrelétrico, principal origem do consumo brasileiro. Ainda que também seja renovável, esse tipo de geração de energia não é considerado limpo pelos ambientalistas por atingir a biodiversidade do entorno das usinas. “Em 2022, 97% da nossa produção veio de hidrelétrica e 3% da eólica. A partir de 2023 teremos também fonte solar com a entrada em operação do complexo Sol do Cerrado, que ocorreu no final de 2022.”

O complexo, situado em Jaíba (MG), teve investimento de R$ 3 bilhões. Tem potência instalada de 766 megawatts-pico, mesmo consumo de uma cidade de 800 mil habitantes. Quando estiver operando em plena capacidade, a partir do mês que vem, irá representar, segundo ela, 16% de toda a energia consumida pela Vale no Brasil, com 1,4 milhão de placas solares e área similar a 1.300 campos de futebol.

Pioneira na certificação do hidrogênio verde em escala industrial na América do Sul a partir do fornecimento de energia solar em Pernambuco, a White Martins tornou-se sócia no Complexo Solar Futura I, no município de Juazeiro, na Bahia. “Com a negociação, o complexo passa a fornecer, por 12 anos, 130 MW que representam 25% do total do nosso consumo de energia”, explica o presidente Gilney Bastos. Em junho, houve outro acordo com a Omega Energia, que vai garantir 876 mil MWh/ano de energia renovável para as operações. “A energia gerada nos dois parques será distribuída a todas as nossas 75 plantas do país”, afirma.

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