Mobilidade Sustentável
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Por Movimento Mobilidade Sustentável

Seis anos depois da assinatura do Acordo de Paris, as principais lideranças globais voltarão a se reunir para discutir as suas metas de redução de emissões na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), principal cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema, entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia. Entre as autoridades brasileiras, a grande aposta para o cumprimento das metas já estabelecidas passa pelo etanol, um combustível verde já consolidado e comprovadamente sustentável, que será apresentado como alternativa mais viável para a geração de energia em veículos híbridos — uma tendência em todo o mundo.

Nesta quinta-feira (21), durante a sua apresentação no fórum “O etanol na mobilidade sustentável do futuro”, evento realizado pelo Valor Econômico com o patrocínio da Volkswagen e do Movimento Mobilidade Sustentável, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Pereira Leite, afirmou que muita pesquisa e inovação. Se ficarmos de braços cruzados, vamos perder uma janela de oportunidade e ser levados a adotar tecnologias importadas, quando já temos a nossa, que é limpa e sustentável”, disse. A ministra ainda pontuou: “Precisamos de uma política sólida para consolidar cada vez mais o etanol como combustível do futuro”.

POLO DE DESENVOLVIMENTO

Entre as grandes montadoras, o combustível já é visto como parte da solução para o desenvolvimento de veículos sustentáveis, levando em conta o conceito “do poço à roda”, que contabiliza também as emissões provenientes da produção dos combustíveis. Na Europa, por exemplo, boa parte da energia elétrica é produzida a partir de termelétricas a gás ou carvão. Dessa forma, os ganhos em termos de redução de emissões obtidos pelos carros elétricos são reduzidos.

“É preciso olhar a cadeia completa, verificar as emissões do poço à roda, entender o etanol poderia ser uma alternativa também para outros países, trazendo ganhos ambientais, econômicos e sociais. “A solução para a redução das emissões no transporte não é tirar o acesso ao combustível, mas sim oferecer uma alternativa sustentável”, disse o ministro.

“O Artigo 2 do Acordo do Clima trata da transição para uma nova economia verde, de baixa emissão de gases de efeito estufa. Nosso desafio na COP26 vai ser trazer um pouco da nossa realidade sobre o tema. O setor terá todo o nosso apoio em Glasgow.”

Também presente no evento, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, endossou o discurso do colega, destacando que os países vêm buscando alternativas nos carros elétricos, mas que esse esforço só é válido na medida em que sejam combinados a uma matriz energética limpa, caso do etanol. “Quando falamos de veículos que usam fontes fósseis, isso é negativo. Mas no caso do etanol, não. Hoje existe como essa energia é gerada”, afirma Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina. “Nós temos o combustível do futuro”, segue o executivo, ressaltando que o etanol, mesmo quando usado em veículos a combustão, já é mais sustentável do que um similar 100% elétrico rodando no exterior.

De acordo com os seus cálculos, dependendo da fonte de energia utilizada e considerando a medição do poço à roda, um automóvel elétrico emite 133 gramas de CO2 por quilômetro rodado, enquanto um carro convencional movido a etanol lança somente 93 gramas. Não por acaso, Di Si levou o tema para o conselho global do Grupo Volkswagen, na Alemanha, transformando o Brasil no centro de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias com base no etanol e outros biocombustíveis. “Podemos exportar a tecnologia para o mundo em um prazo curto, de três a cinco anos”, garante.

Apesar das vantagens , os representantes do setor não querem criar nenhum tipo de rivalidade. Para eles, é fundamental que o etanol seja reconhecido internacionalmente como parte da solução no combate às mudanças climáticas.

“Nosso inimigo não é a tecnologia A ou a tecnologia B, mas sim o carbono”, afirma Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). “Não existe uma discussão sobre quem vai ganhar a disputa pela energia limpa; nós precisamos de uma combinação de todas as tecnologias.” De acordo com o executivo, o município de São Paulo pode ser visto como um case de mobilidade sustentável.

Com mais de 20 milhões de habitantes e 8,6 milhões de veículos, a cidade não figura nem entre as 1.200 mais poluídas ao mundo. Parte desse sucesso pode ser atribuído ao fato de mais de 50% da frota rodar somente com etanol. “O álcool não surgiu com o foco na descarbonização, mas hoje se mostra altamente eficaz”, conclui Gussi, que também estará na COP26 apresentando os benefícios do nosso combustível verde para o mundo.

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