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Por , Valor — São Paulo

O dólar à vista encerrou a sessão desta sexta-feira (14) em leve alta, acompanhando o movimento externo de apreciação da moeda americana. Pela manhã, o real chegou a buscar recuperação das perdas recentes, diante de sinalizações de que o governo deve seguir em busca do equilíbrio fiscal. O bom humor, no entanto, não durou, e o câmbio acabou seguindo o caminho global. O dólar acumulou alta de 1,08% desde segunda-feira, na quarta semana seguida de avanço.

Terminadas as negociações, o dólar à vista encerrou em alta de 0,28%, a R$ 5,3819, depois de ter testado a mínima de R$ 5,3451 e encostado na máxima de R$ 5,3875. Já o euro comercial recuou 0,05%, a R$ 5,7606, mas avançou 0,18% na semana. Perto das 17h15, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,30%, aos 105,507 pontos.

Foi a quarta semana seguida em que a moeda brasileira recuou frente ao dólar, que saiu de R$ 5,10 no dia 13 de maio para o atual patamar, próximo de R$ 5,35. Em nota a clientes, o Bank of America aponta que o sentimento dos mercados emergentes continuou a deteriorar ao longo do último mês, “aparentemente digerindo novos riscos da política regional e dos dados dos EUA, o que forçou um ‘flight to cash’ [uma busca por liquidez].”

Mas não são todos os emergentes que estão sendo penalizados, ainda conforme aponta o banco americano. A redução do risco parece estar centralizada na América Latina, que por muito foi a região favorita entre os investidores. “A fraqueza da América Latina está beneficiando a Ásia e a região Eemea (Europa, Oriente Médio e África), onde as avaliações e o posicionamento melhoraram.”

O operador de câmbio de uma gestora lembra que, após as eleições no México, houve um desmonte de operações de “carry-trade”, com muitas moedas da América Latina desvalorizando na semana subsequente. “Em geral, o desmonte dessa estratégia dura um mês. Depois há uma estabilização do mercado e algum ajuste”, explica. “Mas o fator fiscal no Brasil e as dúvidas sobre a nossa política monetária configuram um panorama muito ruim para o real.”

O profissional diz que a demanda por dólar pelo investidor estrangeiro nas últimas semanas de “sell-off” do real foi equilibrada com a busca do exportador por “hedge” (proteção). “O que ouvimos, porém, é que já foram feitos 80% da média dos últimos cinco anos do hedge do exportador. Sendo que boa parte disso foi feita desde o começo de maio, conforme eles viram o real subir”, afirma. “Mesmo com exportador colocando dólar no mercado, houve essa pressão que vimos no câmbio. Por isso, como sobrou só cerca de 20% de dólar do exportador, daqui pra frente, se houver um novo estresse no nosso mercado, o movimento pode ser muito pior.”

Ainda de acordo com o operador, em nenhum dos dias de grande estresse local o dólar chegou a superar valorização de 2%. Ele ainda ressalta que a volatilidade implícita continua relativamente contida, com o indicador mensal em torno de 14%.

Entre os pares mais relevantes e líquidos da América Latina, o real é o mais desvalorizado no acumulado do ano. A apreciação do dólar contra a moeda brasileira ronda 11%.

No caso específico de hoje, o real tentou se descolar da maioria das divisas diante de sinalizações do governo sobre uma preocupação com a questão fiscal. Houve uma melhora nos ativos locais nesta sessão após declarações do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, sobre a reunião de integrantes do setor com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Sidney disse que os participantes reafirmaram apoio institucional ao ministro e que saíram convencidos de que Haddad “está determinado em buscar reequilíbrio das contas públicas”. A dinâmica de melhora do real, no entanto, se desfez ao longo da tarde.

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